"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

DANTE ESCREVEU A "DIVINA COMÉDIA" OU USOU OS ANTIGOS TEXTOS MUÇULMANOS?

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Jamais houve dúvida sobre a autoria do poema clássico “A Divina Comédia”. Mas agora há quem afirme que o grande Dante Alighieri apenas copidescou o famoso texto. O verbo copidescar vem dos antigos gráficos como eu, revisor em priscas eras da máquina de linotipo. “Copy desk” é como chamamos o redator final do texto.
O fato concreto é que a “Divina Comédia” é uma das belezas da Literatura Universal. Mas vez por outra nos surpreendemos e descobrimos verdadeiras preciosidades sobre os textos literários. No caso da “Divina Comédia”, agora há o debate saudável sobre as origens da obra-prima, que teria sido inspirada na literatura muçulmana. Com a palavra, os estudiosos, os especialistas e outros que tais… eu sou apenas um aprendiz.
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“MUNDO ÁRABE – BERÇO DA CIVILIZAÇÃO”
Compilação de Ricardo Roman Blanco
“Simplesmente de pasmar as descobertas sensacionais que a alta pesquisa histórica moderna está realizando no campo das instituições e quanto à autoria das grandes epopeias da humanidade; por exemplo: as instituições do Salteo ou dos Alfaqueques, ambas por nós descobertas e, por incrível que pareça, a autoria da própria “Divina Comédia” atribuída a Dante Alighieri.
Pois bem, saibam todos que a maior epopeia do renascimento não é de Dante Alighieri, como até agora estudávamos e ensinávamos: ela é cópia quase literal dos ensinamentos da escola mística muçulmana-espanhola de Ibn-Massarra, como prova de maneira irrefutável o grande arabista espanhol, professor Assim Palácios, na sua imortal obra intitulada “La Escatologia Muçulmana en la Divina Comedia”, que, por incrível luxo de detalhes, prova extremos tão curiosos como os conhecimentos da gíria siciliana por parte de Dante Alighieri.
Por exemplo: existem na Divina Comédia dois versos que ninguém até hoje soube traduzir. E sabem o que esses versos dizem? Pois pasmem: são dois solenes palavrões utilizados na gíria árabe da Universidade Siciliana de Palermo, onde reinava Frederico II, íntimo amigo e protetor de Dante Alighieri e tão arabizado, apesar de ser cristão caudatário do Papa, que até harém possuía; e que, como diz o velho ditado espanhol: “Lo cortés no quita lo valiente” (cortesia não é sinal de fraqueza).
Nem o famoso intelectual Bartolomeu Mitre, presidente da República Argentina, foi capaz de traduzir os ditos versos na sua versão espanhola da “Divina Comédia”. E o autor de tão hilariante descoberta foi nada mais nada menos que o nosso modesto e despretensioso professor Taufik Kurban, recentemente falecido, nesta mesma metrópole paulistana”.
(trecho do livro “Mundo Árabe Berço da Civilização”, editora Fearab – Brasil – Confederação de Entidades Árabe-Brasileiras, 2006, p. 37 e 38).

15 de fevereiro de 2019
Antonio Rocha

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