"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 25 de agosto de 2018

EVANGÉLICOS AVANÇAM NA POLÍTICA E 521 CANDIDATOS USAM TÍTULOS DE PASTOR OU BISPO

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Charge do Latuff (Arquivo Google)
Ao menos 521 candidatos nestas eleições utilizam títulos religiosos no nome de urna, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O levantamento feito pelo G1 leva em conta os pedidos de registro, atualizados até a tarde desta sexta-feira (17). Em 2014, foram 489 pedidos de candidatura, de acordo com o levantamento.
O nome de urna é uma das principais formas usadas pelos candidatos para chegar ao eleitor, sendo utilizado durante toda a campanha. Todos os candidatos devem indicar um nome de urna no pedido de registro.
30 CARACTERES – Segundo o TSE, o nome de urna pode ser um “prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual o candidato é mais conhecido” e deve ter no máximo 30 caracteres. Além disso, ele não pode deixar dúvida sobre a identidade do candidato nem atentar contra o pudor, ser ridículo ou irreverente.
Gabriela Figueiredo Netto, doutoranda em ciência política na USP, explica que essa prática faz com que eleitores de uma determinada religião possam “identificar um candidato da mesma religião, produzindo um efeito de identidade de grupo”. “Teoricamente ambos se aproximam das mesmas ideias e dos mesmos interesses.”
PASTOR/PASTORA – O principal título religioso utilizado nos pedidos de registro de 2018 é o de “pastor” ou “pastora”, em 313 casos, seguido por “irmã” ou “irmão” (97) e “missionário” ou “missionária” (40). Há também bispo ou bispa, padre, pai/mãe (de santo), apóstolo, frei, reverendo e presbítero.
A pesquisadora da USP aponta três hipóteses para candidatos que possuem religião, mas não a incluem no nome de urna: candidatos deixariam a religião como fator pessoal, sem incluí-la na política; alguns possuiriam reconhecimento político suficiente e não necessitariam mobilizar o eleitorado da religião; e outros evitariam incluir essa informação no nome de urna para evitar rejeição.
Os dados levam em conta pedidos de candidaturas para todos os cargos em disputa nesta eleição – presidente e vice, governador e vice, senador e suplente, deputado federal e deputado (distrital, estadual e federal), excluindo candidatos que tenham feito mais de um pedido. Este número ainda pode aumentar, pois o balanço é parcial.

25 de agosto de 2018
Lucas Gelape e Rafaela Putini
G1 Brasília

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