"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 25 de agosto de 2018

EM PERNAMBUCO, ALCKMIN ENFRENTA MAIS UM CASO DE TRAIÇÃO DENTRO DE SUA ALIANÇA


Alckmin fez uma gravação de TV às margens do São Francisco
A ampla aliança de nove partidos em torno do candidato do PSDB à Presidência, GeraldoAlckmin, ainda não se converteu em apoios regionais no Nordeste. Alckmin esteve nesta quinta-feira em Petrolina, no sertão de Pernambuco, mas não contou com a presença do candidato do PTB ao governo, senador Armando Monteiro. A legenda, comandada pelo ex-deputado Roberto Jefferson, é uma das siglas que apoiam o tucano em nível nacional.
Na ausência do candidato a governador, que já declarou voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin teve de ser recebido pelos deputados Mendonça Filho (DEM-PE) e Bruno Araújo (PSDB-PE), ambos candidatos ao Senado na chapa de Armando. O candidato do PTB ao Palácio do Campo das Princesas já esteve com Alckmin no passado. Por enquanto, porém, declarou que vota em Lula, se ele for candidato, sem compromisso com o PT fora deste cenário. Armando até visitou Lula em Curitiba.
VELHO CHICO – Em Petrolina, o tucano esteve nas margens do rio São Francisco onde gravou cenas para a sua propaganda eleitoral. A agenda foi organizada pelo prefeito da cidade, Miguel Coelho, que é filho do senador e ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
— Nosso compromisso é primeiro com a salvação do São Francisco, um grande projeto para recuperar nascentes, matas ciliares, tratar esgoto em 115 municípios e o desassoreamento e depois ampliar os canais, adutoras, complementar as obras para ter mais área irrigada. Estamos falando de emprego direto, muito emprego na região. Promover o desenvolvimento da região — disse Alckmin.
A traição do candidato ao governo de Pernambuco não foi a primeira vivida pelo tucano. Alckmin já havia passado pelo constrangimento de não ter a presença de Eduardo Paes, que disputa o governo do Rio de Janeiro pelo DEM, num evento na capital fluminense na terça-feira.
PP COM LULA – O caso mais emblemático, no entanto, foi do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que concorre novamente ao Senado e apareceu em caminhada em Teresina ao lado do petista Fernando Haddad, indicado a vice de Lula na chapa do PT. Presidente do partido de Ana Amélia Lemos, a vice de Alckmin, Ciro não se furtou em fazer o “L” de Lula com a mão durante a caminhada de campanha do governador Wellington Dias (PT).
O coordenador da campanha em nome do centrão, ACM Neto, diz que comportamentos como de Ciro Nogueira, presidente do PP, já eram esperados e que não são surpresa para a campanha. Prefeito de Salvador, ACM Neto, disse que não se pode usar o termo “traição”.
SEM SURPRESA – “Esses casos, como de Ciro Nogueira, já eram conhecidos e, portanto, não são nenhuma surpresa para a campanha — disse ACM Neto ao Globo.
A justificativa é de que o mais importante para Alckmin é ter a aliança que garanta, acima de tudo, o maior tempo da propaganda eleitoral. O tucano tem uma aliança dos seguintes partidos: PSDB, DEM, PP, PRB, PR, PTB, PPS, PSD e Solidariedade.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Não há de faltar desculpas, mas a realidade é que se trata de um apoio fake, que vale, mas não vale muito. E se tempo de televisão vencesse eleição, Ulysses Guimarães teria sido eleito em 1989, mas quem venceu foi Fernando Collor, que era de um partido nanico, o PRN, hoje chamado de PTC. (C.N.)


25 de agosto de 2018
Cristiane Jungblut
O Globo

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