"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

PF FAZ OPERAÇÃO CONTRA PREFEITO LIBERTADO POR HABEAS CORPUS DO SUPREMO

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Prefeito Ney Santos tem uma longa folha corrida
A Polícia Federal cumpre cerca de 120 mandados de busca e apreensão em municípios de São Paulo, incluindo a capital. A operação tem como objetivo combater fraudes em licitações nas quais há uso de recursos federais. Um dos alvos é a casa do prefeito Ney Santos (PRB), de Embu das Artes, na Grande São Paulo, que administra a cidade devido a um habeas corpus que suspendeu sua prisão.
Santos já foi acusado ligação com o tráfico de drogas e de usar uma rede de postos de combustíveis para lavar o dinheiro. O prefeito nega.
ESTÁ EM LIBERDADE – O habeas corpus foi concedido pelo Supremo Tribunal Federal pelos ministros Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes, que já foi secretário da Segurança Pública de São Paulo e ministro da Justiça do presidente Michel Temer. Dois ministros votaram contra — em caso de empate, a decisão é favorável ao réu.
Acusado de adulteração de combustível, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha, além da suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital, o PCC, Ney Santos exerce o cargo graças a um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Melo, no início de 2017.
De acordo com os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público paulista, Ney Santos usava uma rede de postos de combustíveis para lavar o dinheiro do crime organizado.
FICOU FORAGIDO – Eleito em 2016, ele desapareceu logo depois do pleito, assim que a Justiça determinou sua prisão preventiva em 9 de dezembro daquele ano. Ficou foragido por dois meses e foi diplomado no cargo por meio de uma procuração. Só tomou posse depois do habeas corpus de Marco Aurélio, que suspendeu a prisão alegando falta de fundamentos para o encarceramento.
Antes de se lançar político, Ney Santos, era conhecido como Ney Gordo e já possuía uma ficha criminal extensa, o que, segundo o MP, reforça as suspeitas de seu envolvimento com organização criminosa. Aos 19 anos, em 1999, foi preso por receptação e formação de quadrilha. Em 2003, foi flagrado em assalto a mão armada a um carro-forte. Condenado em primeira instância, ficou preso até 2006, quando foi absolvido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Aos moradores de Embu das Artes, o prefeito afirma que as acusações recentes são ataques de adversários. Afirma que “os opositores aliados a alguns maus profissionais de imprensa” tentam atrapalhar seu trabalho.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É impressionante a rotina da Justiça à brasileira. A Polícia Federal investiga e prende, com apoio do Ministério Público e da Receita, mas quando o caso chega ao Supremo, surge a liberdade ainda que tardia, digamos assim. E ainda dizem que as instituições estão funcionando…(C.N.)


11 de maio de 2018
Deu em O Globo

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