"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 29 de maio de 2018

CIRO GOMES DEFENDE A DEMISSÃO DE PEDRO PARENTE, CHAMANDO-O DE "APÁTRIDA"

Ciro demonstrou conhecimento dos problemas do país 
O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT), em entrevista concedida na noite desta segunda-feira (28) a jornalistas da bancada do “Roda Viva”, da TV Cultura, começou o programa pedindo a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente. “Não adianta a gente aceitar que essa greve acabe nas demandas atendidas por associações e sindicatos. Eu peço publicamente a demissão deste entreguista, apátrida, que é o senhor Pedro Parente, e trocar a política de preços da Petrobras. O resto é paliativo”, disparou.
Entre críticas à política de preços da estatal e o tipo de relação que o governo brasileiro mantém, atualmente, com o mercado internacional, o ex-ministro disparou ainda, diretamente, contra o presidente Michel Temer.
TRINCAR OS DENTES – Quando perguntado sobre a atual crise, tanto econômica quanto política, e os pedidos de intervenção militar que começaram a surgir, Ciro foi direto. “Agora é trincar os dentes e segurar até a eleição. Temer é o fundo do poço, um escroque que usurpou a presidência da República. Eu conheço de perto”, afirmou. “A canalhice não tem limites. Estão ferrando nossa pátria”, disse na sequência.
Sobre as alianças que fará para as eleições, Ciro afirmou que buscará, em um primeiro momento, uma proximidade com o PSB e, em um eventual segundo turno, com o PCdoB.
Em outro momento da entrevista, o pré-candidato voltou a defender, como fez no primeiro bloco do programa, uma reforma tributária que alivie os altos impostos pagos pelos mais pobres. “O Brasil precisa sair da caixinha conservadora. Reduzir tributação sobre os mais pobres. É muito mais alta que a dos mais ricos”.
MERCADO – Entre uma pergunta e outra, o ex-ministro criticou o tipo de relação que o Brasil mantém atualmente com o mercado financeiro. “O mercado, essa entidade fantasmagórica, atribuiu um poder a si próprio de tutelar a democracia. Eu não aceito isso”, disparou.
Ciro prometeu ainda que, se for eleito presidente da República, revogará a lei do teto de gastos, que impõe um congelamento do orçamento para áreas importantes pelos próximos 20 anos. “Isso não tem precedente em lugar nenhum no mundo. Se eu congelo por 20 anos investimentos em saúde, quem vai cuidar das crianças?”, questionou.
“No final do primeiro bloco, o pré-candidato ainda apresentou outra promessa caso seja eleito: cobrar imposto sobre lucros e dividendos. “Só Brasil e Estônia não cobram. Farei isso para diminuir o imposto sobre os trabalhadores”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Ciro Gomes se saiu muito bem, mostrando dominar os assuntos, com um conhecimento impressionante. Só vacilou uma vez, ao criticar a prisão após segunda instância, para agradar ao PT. É o mesmo caso do imposto, pois só o Brasil e um outro país ainda não prendiam após segunda instância. No resto, foi magistral. (C.N.)


29 de maio de 2018
Deu na revista Fórum

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