O delegado Cleyber Lopes, que preside o inquérito que investiga se um decreto assinado pelo presidente Michel Temer beneficiou a Rodrimar, que atua no Porto de Santos (SP), também atuou na investigação que encontrou indícios de formação de organização criminosa envolvendo Temer e políticos do PMDB.
O relatório final sobre o inquérito, que ficou conhecido nos bastidores como investigação sobre o “quadrilhão do PMDB”, apontou que, além de Temer, atuaram com indícios de organização criminosa os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Alves, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil), todos do PMDB.
RETALIAÇÃO – Cleyber Lopes auxiliou, nessa investigação, o delegado Marlon Cajado. Nesse relatório, a PF imputou a Michel Temer e a aliados suspeitas de participação na organização criminosa.
Delegados ouvidos pela TV Globo avaliam, nos bastidores, que o “incômodo” de Temer com Cleyber Lopes começou a partir daí. E aí, quando Cleyber assumiu sozinho o inquérito da Rodrimar, essa insatisfação cresceu.
Na avaliação desses mesmos investigadores, já se esperava na investigação da Rodrimar uma apuração que poderia comprometer Temer.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em nota conjunta, o sindicato e a associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, assim como o Sindicato dos Delegados Federais de SP, afirmaram que Cleyber Lopes agiu – e age – respaldado pela mais absoluta legalidade. “Entendemos que qualquer espécie de ameaça às prerrogativas de um delegado de polícia, previstas na Constituição Federal, deve ser rechaçada imediatamente a fim de que se preserve a função fundamental desse agente público, que é a de buscar a verdade de forma incansável e legalista para que sua decisão seja a mais justa possível não só para o investigado como para toda a sociedade”, dizem as entidades. É por aí que a banda toca, como se dizia antigamente. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em nota conjunta, o sindicato e a associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, assim como o Sindicato dos Delegados Federais de SP, afirmaram que Cleyber Lopes agiu – e age – respaldado pela mais absoluta legalidade. “Entendemos que qualquer espécie de ameaça às prerrogativas de um delegado de polícia, previstas na Constituição Federal, deve ser rechaçada imediatamente a fim de que se preserve a função fundamental desse agente público, que é a de buscar a verdade de forma incansável e legalista para que sua decisão seja a mais justa possível não só para o investigado como para toda a sociedade”, dizem as entidades. É por aí que a banda toca, como se dizia antigamente. (C.N.)
12 de fevereiro de 2018
Por Camila Bomfim, TV Globo
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