"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

COM PSB RACHADO, JOAQUIM BARBOSA NÃO SERÁ CANDIDATO E ALCKMIN COMEMORA

Estamos de volta para o futuro, porque esta eleição lembra muito a disputa travada em 1989, que teve 22 candidatos e poderia ter 24, se Jânio Quadros não tivesse desistido de concorrer e Silvio Santos não tivesse a candidatura impugnada pelo TSE. Agora, devemos ter por volta de 13 concorrentes, mas tudo ainda está no ar, devido à condenação de Lula e ao impasse envolvendo Joaquim Barbosa, que seria um forte concorrente, já que aparece com 5 pontos, sem ser candidato, e a confirmação de que Michel Temer vai disputar pelo MDB.

Aliás, candidatura de Temer está mais do que certa e o Planalto comemorou a pesquisa Ibope, por confirmar o apoio de 6% ao governo (“bom/ótimo”), com mais 22% que o consideram “regular”.

TEMER E BARBOSA – Nas contas de Temer, sua candidatura estaria em alta, porque o número de simpatizantes subiu de 25% para 28%. Traduzindo: ele conta como votos certos os 6% do “bom/ótimo” e acha que pode atrair boa parte dos 22% que consideram o governo “regular”.

Enquanto Temer está dentro, Joaquim Barbosa está praticamente fora. O ex-presidente do Supremo tem um temperamento forte e já avisou que só aceita a candidatura se tiver apoio unânime do PSB. Como o partido está totalmente rachado, a tendência é de que desista.

Além de Temer, outros presidenciáveis estão animados do a pesquisa. O tucano Geraldo Alckmin, por exemplo, embora esteja estacionado em 7%, quando Lula está fora sobre para 11%. Por isso, Alckmin julga que está em alta e acha que vai herdar os 5% de Barbosa. Bem, sonhar ainda não é proibido nem paga imposto.

CIRO E ALVARO – Outros dois candidatos azarões, Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos) também estão animados. Sem Lula na disputa, Ciro fica em terceiro e já encostando em Marina Silva (Rede). E Alvaro Dias (Podemos) está sempre pontuando bem, embora ainda nem tenha efetivamente começado a campanha. O mais interessante é que ele tem a menor rejeição, com apenas 13%. Neste quesito negativo, Alvaro Dias só perde para Manuela D’Ávila (PCdoB), que tem apenas 12% de rejeição.

Aliás, a listagem da rejeição é desanimadora para Temer, que tem 60%, seguido de Fernando Collor (PTC), com 44%; Lula da Silva (PT), 40%; Jair Bolsonaro (PLS), 29%; Geraldo Alkmin (PSDB), 26%; e Marina Silva (Rede), 23%.

ESPAÇO NA TV – As pesquisas são importantes, é claro. Porém, a maior preocupação dos candidatos é fechar coligações e aumentar o tempo disponível na campanha pela TV. Sem fazer alianças, concorrentes como Bolsonaro, Ciro, Marina, Alvaro, Manuela e Collor não tem chance de conquistar eleitores.

Quatro partidos de médio porte podem ficar disponíveis para receberem propostas indecorosas – DEM, PSB, PDS e PT. Fazer coligações vai ser uma briga de foice, que deve custar caro, muito caro.

01 de fevereiro de 2018
Carlos Newton

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