"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

SETOR PÚBLICO TEM ROMBO DE R$ 110,6 BILHÕES NAS CONTAS PÚBLICAS EM 2017

EM DEZEMBRO, DÉFICIT FOI DE R$ 32 BILHÕES, SEGUNDO O BANCO CENTRAL

DÍVIDA BRUTA DO SETOR PÚBLICO FOI DE 74% DO PIB EM DEZEMBRO (FOTO: EBC)

O setor público consolidado, formado pela União, estados e municípios, registrou déficit primário de R$ 110,6 bilhões nas contas públicas em 2017, informou o Banco Central, nesta quarta-feira, 31. O valor equivale a 1,69% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Este foi o quarto ano seguido com as contas no vermelho e, também, o terceiro maior rombo fiscal da série histórica do Banco Central - que teve início em 2001. Em 2016, as contas ficaram negativas em R$ 155,79 bilhões, o equivalente 2,49% - o maior rombo da história.

Apesar do rombo nas contas no ano passado, a meta fiscal foi atingida. Para todo o setor público, o objetivo foi fixado em um déficit (despesas maiores que receitas) de até R$ 163,1 bilhões.

O resultado é o menor desde 2014, quando foi registrado déficit primário de R$ 32,5 bilhões. Em 2016, o valor ficou em R$ 155,8 bilhões. A meta para o setor público consolidado era de um déficit de R$ 163,1 bilhões em 2017.

Apenas no mês de dezembro, o déficit primário – receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros – registrado foi de R$ 32,3 bilhões. Já no mesmo mês de 2016, o resultado negativo foi de R$ 70,737 bilhões.

Em 2017, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) apresentou déficit primário de R$ 118,4 bilhões, segundo o Banco Central. Os governos estaduais tiveram superávit primário de R$ 6,9 bilhões e os municipais, superávit de R$ 601 milhões. Em 2016, os municípios haviam registrado déficit primário de R$ 2,1 bilhões.

As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit primário de R$ 362 milhões no ano passado.

Somente em dezembro, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) apresentou déficit primário de R$ 22,2 bilhões. Os governos estaduais tiveram déficit primário de R$ 7,3 bilhões, e os municipais, déficit de R$ 2,4 bilhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram déficit primário de R$ 467 milhões.

Os gastos com juros nominais ficaram em R$ 400,8 bilhões em 2017, contra R$ 407 bilhões em 2016. Em 2017, esses gastos corresponderam a 6,11% do PIB. Em 2016 eram 6,5%.

O déficit nominal, formado pelo resultado primário e os resultados dos juros, atingiu R$ 511,4 bilhões,o que corresponde a 7,8 % do PIB.

Dívida pública

A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) encerrou 2017 em 51,6% do Produto Interno Bruto (PIB), aos R$ 3,383 trilhões, informou o BC. Em novembro, o porcentual da dívida líquida ante o PIB era de 51,0% e, em dezembro de 2016, de 46,2%.

A dívida bruta do governo geral – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – encerrou 2017 em R$ 4,855 trilhões, o que representa 74% do PIB. Em novembro, essa relação estava em 74,3%. Em 2016 a dívida era de R$ 4,38 trilhões, o equivalente a 70% do PIB.


31 de janeiro de 2018
diário do poder

Nenhum comentário:

Postar um comentário