
Charge do Duke (dukechargista.com.br
Depois dessa enchente, diminuiu bastante o número de candidatos: foram oito em 1994, doze em 1998, seis em 2002, oito em 2006, nove em 2010 e onze em 2014. Agora, o número de candidatos para a sucessão em 2018 está longe do recorde, mas deve ultrapassar a marca dos 12 concorrentes de 1998.
TEMER PARTICIPA – Embora poucos acreditassem na veracidade das informações exclusivas da Tribuna da Internet sobre a decisão de Temer participar, sua campanha pela reeleição já está nas ruas, pelo novo/antigo MDB, movida pelos generosos anúncios institucionais pagos pelo governo, por estatais e pelo Sistema S, que garantiram o Feliz Natal da grande mídia.
Também não acreditaram nas notícias da TI sobre a candidatura do ministro Henrique Meirelles, que agora se concretiza, com o ministro ocupando na semana passada o horário eleitoral de seu partido, o PSD, e fazendo corpo a corpo em igrejas evangélicas de todo o país.
É curioso notar que os dois candidatos que estão no topo das pesquisas foram os primeiros a se lançar – Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido, porque o atual, PSC, vai lançar Paulo Rabello de Castro, atual presidente do IBGE e ideólogo do movimento Millenium, de extrema-direita).
MUITO TÊM CHANCES – Devido à esperada impugnação de Lula ao ter sua condenação confirmada em segunda instância, a eleição ficará embolada e ninguém sabe o que pode acontecer. O fato concreto é que muitos têm chances de passar para o segundo turno, além de Bolsonaro, que passa a ser o favorito.
Na ausência de Lula, também passam a ter boas perspectivas as candidaturas de Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos), que estão pontuando em todas as pesquisas e podem herdar votos de Lula, assim como a candidata Manuela D’Ávila (PCdoB).
Mas tudo é mera suposição, ninguém sabe como os petistas reagirão na hora da verdade, porque o partido pode lançar um substituto de Lula até 20 dias antes do primeiro turno.
DIVIDINDO VOTOS – É uma eleição tão maluca que estarão dividindo votos na direita e centro-direita Jair Bolsonaro (ainda sem partido), Geraldo Alckmin (PSDB), Michel Temer (MDB), Henrique Meirelles (PSD), o banqueiro João Amoêdo (Novo) e Paulo Rabello de Castro (PSC).
Há, ainda, outras supostas candidaturas do médico Miguel Rey Júnior, o Dr. Rey; da jornalista Valéria Monteiro, ex-apresentadora do Fantástico e Jornal Nacional; do líder sem teto Guilherme Boulos; de Luciana Genro; de José Maria Eymael, que já foi candidato pelo PSDC em 1998, 2006, 2010 e 2014; de Levy Fidelix, do PRTB, entre outros azarões.
Sem falar em outros dois candidatos muitos importantes – Joaquim Barbosa, que pode sair pelo PSB, e João Doria, que foi convidado pelo DEM e ninguém sabe se disputará as prévias tucanas com Alckmin.
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P.S. –Será uma eleição eletrizante, para decidir no “photochart”, como dizem os turfistas. Tudo pode acontecer. Mas se a votação fosse hoje, com ou sem Lula, é claro que Bolsonaro já estaria no segundo turno, restando saber quem seria o adversário dele na reta final. Mas se Joaquim Barbosa sair candidato pelo PSB, com apoio do PPS, o quadro muda de novo. E haja coração, digo, Lexotan.(C.N.)
Carlos Newton
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