"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

O SOCIALISTA FERNANDO HENRIQUE CARDOSO CONFESSA TER MEDO DE JAIR BOLSONARO



Em entrevista concedida ontem ao jornal O Estado de São Paulo, o socialista e líder dos tucanos Fernando Henrique Cardoso confessou ter medo de Jair Bolsonaro. O ex-presidente tucano expressou esse medo usando os mesmos argumentos e elementos de análise de seu amigo e camarada e também ex-presidente, Luis Inácio Lula da Silva, para descrever a situação política do país. Ambos usam da mesma falácia de estabelecer um paralelo puramente formal entre a Operação Mãos Limpas, da Itália, e a Operação Lava Jato, para daí concluir por meio de um sofisma que Jair Bolsonaro seria o equivalente brasileiro do italiano Sílvio Berlusconi.

A desonestidade intelectual empregada tanto pelo sociólogo socialdemocrata tucano quanto pelo semianalfabeto petista condenado pela justiça para, indiretamente, atacar a Lava Jato e comparar Bolsonaro a Berlusconi indica o quanto ambos eles, Fernando Henrique e Lula, têm de comum: o desprezo pela índole conservadora da maioria dos brasileiros e o temor, agora confessado pelo líder tucano, de que essa índole conservadora venha a traduzir-se em votos e na vitória do candidato da direita nas próximas eleições. Uma vitória que irá pôr um fim a duas décadas de uma parceria entre tucanos e petistas, que tanto mal trouxe ao país.

Uma acusação grave que precisa ser investigada
Na entrevista, Fernando Henrique Cardoso afirma que haveria um “debate sério” entre juízes da Operação Lava Jato, que estariam avaliando as consequências políticas da operação. Se esta afirmação do ex-presidente for verdadeira, ele tem a obrigação de vir a público dizer quem e quais são os magistrados que estariam fazendo tal debate, ou então esses magistrados têm que desmentir categoricamente as declarações do ex-presidente socialista.

Afinal, não cabe a um integrante do judiciário fazer ilações sobre as consequências políticas de suas decisões, que devem pautar-se unicamente pela observância da lei. Ou Fernando Henrique Cardoso prova que existem tais “debates sérios”, ou seremos obrigados a dizer que a afirmação do ex-presidente não passa de uma leviandade e de um uso indevido da Operação Lava Jato para fins de disputa política, envolvendo até mesmo integrantes do judiciário.

Um defensor confesso do petismo
Ainda na entrevista, o ex-presidente confessa aquilo que todos já sabem: que ele e seu partido demoraram a apoiar o processo de impeachment da ex-presidente petista, mas sem mencionar as razões para essa demora, razões estas que hoje são conhecidas pela maioria dos brasileiros: tucanos e petistas sempre foram aliados ideológicos e a suposta oposição que um faz ao outro nunca passou de um jogo de cena dentro de uma estratégia usada pela esquerda no mundo inteiro, que é conhecida como estratégia das tesouras.

Ao final, o ex-presidente socialista faz uma afirmação que é verdadeira, ainda que seja uma obviedade: a de que o próximo presidente eleito será aquele que expressar as aspirações da população. Nisso ele está correto, e é exatamente aí que reside seu temor confesso: Fernando Henrique Cardoso sabe que as reais aspirações da maioria da população hoje estão na contramão das políticas socialistas de esquerda que ele e seu partido, e seus parceiros petistas e dos demais partidos comunistas e socialistas, implementaram no país nas últimas décadas.

O líder socialista tucano sabe que as aspirações verdadeiras do povo brasileiro hoje encontram eco no campo conservador e de direita, especialmente na figura de Jair Bolsonaro, de quem o velho socialista tucano confessa ter muito medo


21 de novembro de 2017
Paulo Enéas
crítica nacional

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