"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

O QUE HÁ DE NOVO?

Com as campanhas políticas correndo frouxas, cada um dos interessados em mandatos eletivos faz de tudo para aparecer aos eleitores. Os cabos eleitorais e líderes de currais já oferecem votos a preços de liquidação. Não será difícil, com a falta de grana, que o “black Friday” seja a novidade para adquirir uns votinhos que possam levar o pré-candidato ao poder. Não será fácil, mas, pelo menos, é uma novidade. É visível ainda a busca dos eleitores que têm fé em Deus e podem tornar o mundo melhor com as bênçãos divinas.

Felizmente, o Poder Judiciário já constatou a quebra dos compromissos partidários e está impedindo publicidade gratuita levadas ao ar por pretensos candidatos que não renovam nada, só destacam as suas atuações ou os defeitos dos adversários.

De novo mesmo é o renascimento do trabalhismo com a propaganda partidária do Partido dos Trabalhadores; não o partido do Lula, devastado pelas descobertas de liderar falcatruas. Não, a propaganda é do Partido Trabalhista Brasileiro. E a novidade foi a participação brilhante e inconfundível do Jefferson. Não o americano ou o goleiro, e sim, Roberto Jefferson, político de discurso firme, didático, e com profundo conhecimento da realidade brasileira.

Roberto Jefferson, desde a juventude, se destacou pela desenvoltura e liderança em qualquer campo de atuação de que participou. Inteligente, culto, amigo incondicional, sem dificuldades financeiras e, acima de tudo, um nacionalista.

Com o seu discurso implacável, desnudou a corrupção do sistema político nacional e cumpriu, sem reclamar, as penas a que foi condenado por ter se envolvido nas malhas das tramóias do trabalhador que nos enganou durante tantos anos. Enquanto condenado, manteve-se à distância da mídia, enfrentou um câncer, espancou o seu saco de treino com vigor, e saiu da cadeia como entrou, de cabeça erguida, como se tivesse sido defendido por ele mesmo, hábil criminalista.

Quando decidiu avisar ao presidente as trapaças de seus mais íntimos auxiliares, o fez com fidelidade e transparência. Lula fingiu não acreditar que por trás de uma ninharia recebida por um indicado de Roberto que, afinal, desbaratou a quadrilha que comandava o país com várias ramificações e, até hoje, sem fim.

A fala de Jefferson no programa partidário não descambou para mostrar defeitos. Tratou do passado como tempos idos que não devem voltar mais e propôs soluções práticas que podem ser aplicadas ainda no governo Temer. Todos reconhecem a necessidade da reforma trabalhista, da reforma da previdência e da volta da probidade administrativa em todos os setores.

Os salários abusivos, os penduricalhos, os privilégios, o foro especial para autoridades, a matança de inocentes, de criminosos e de policiais, o abandono das crianças e da juventude, a violência rural praticadas por facções armadas, as milícias, as prisões medievais, as discussões fratricidas sobre gêneros, raças, sexos, limites, assédios, e tudo o mais que não deveriam ser tratados de forma tão grosseira e desleal, mas que aí estão, diariamente, acabando com reputações, levando inocentes ao suicídio e deixando de lado as verdadeiras mudanças de que o país necessita.

Roberto Jefferson, em áudio divulgado nas redes sociais, enfrenta o senador Roberto Requião que, na senectude, mas com discurso juvenil, tenta se manter visível, mas não transparente.

Jefferson tem sucessora na vida pública; pois sua filha, deputada Cristiane Brasil, distante das facilidades do poder, segue a carreira que seu pai não concluiu, atingido que foi pelas denúncias que fez.

O que há de novo? Quase nada, e Jefferson não deve ser candidato a nada, mas prestou, novamente, um grande serviço aos brasileiros; sem papas na língua.


21 de novembro de 2017
Paulo Castelo Branco

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