"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

CONTA DE TIAGO CEDRAZ, FILHO DO EX-PRESIDENTE DO TCU SÓ TINHA R$ 1,8 MILHÃO


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Tiago Cedraz fez carreira meteórica na corrupção
O Banco Central do Brasil (Bacen) bloqueou R$ 1,8 milhão de contas e investimentos bancários de Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU). Tiago Cedraz foi um dos alvos de busca e apreensão da 45ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em 23 de agosto. *Confira abaixo as principais suspeitas. O juiz federal Sérgio Moro – responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância – havia pedido o bloqueio de até R$ 6 milhões de Tiago Cedraz. O Bacen explicou que a determinação foi “cumprida parcialmente por insuficiência de saldo”.
O documento do bloqueio, realizado no dia 24 de agosto, foi juntado ao processo eletrônico da Justiça Federal do Paraná na terça-feira (dia 29).
“COMISSÃO” – Conforme o juiz Sérgio Moro, o valor ordenado nos bloqueios corresponde, aproximadamente, ao total pago pela empresa norte-americana Sargeant Marine, que forneceu asfalto para a Petrobras, entre 2010 e 2013, a título de comissão.
“Observo que a medida ora determinada apenas gera o bloqueio do saldo do dia constante nas contas ou nos investimentos, não impedindo, portanto, continuidade das atividades das empresas ou entidades, considerando aquelas que eventualmente exerçam atividade econômica real”, explicou o juiz federal no despacho que autorizou o cumprimento dos mandados e os bloqueios.
No dia da deflagração da última etapa da Lava Jato, Tiago Cedraz divulgou nota reiterando “sua tranquilidade quanto aos fatos apurados por jamais ter participado de qualquer conduta ilícita”. Ele afirmou que “confia na apuração conduzida pela Força Tarefa da Lava Jato e permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários”.
OUTRO BLOQUEIO – Sérgio Moro também tinha determinado o bloqueio de até R$ 6 milhões das contas de Sergio Tourinho Dantas, outro alvo de busca e apreensão da 45ª fase da operação. Das contas de Sergio Tourinho Dantas, que é advogado, o Bacen bloqueou R$ 301.162,40, com a mesma justificativa de que a ordem foi “cumprida parcialmente por insuficiência de saldo”.
Em petição protocolada no sistema eletrônico da Justiça Federal, a defesa de Dantas afirmou, à época da deflagração, que o cliente foi surpreendido com a “desnecessária” busca e apreensão na casa dele e que está à disposição do juiz, das autoridades policiais e do Ministério Público para prestar esclarecimento.
PRINCIPAIS SUSPEITAS – A Operação Abate II apura a participação de 2 advogados em esquema de propina na Petrobras. A ação é uma continuação da Abate I, que investiga irregularidades na contratação da Sargeant Marine pela Petrobras.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, a Sargeant pagou US$ 500 mil ao PT, ao ex-deputado Cândido Vaccarezza e a funcionários da Petrobras para fornecer asfalto à estatal.
A Abate II indica que Cedraz e outro advogado receberam comissões em contas na Suíça para facilitar a contratação da Sargeant pela Petrobras.
O lobista Jorge Luz, que está preso em Curitiba, disse em depoimento que o advogado Tiago Cedraz intermediou conversas entre a empresa norte-americana Sargeant Marine e a Petrobras e que ele teria recebido US$ 20 mil em propina por isso. Tiago Cedraz recebeu os recursos em contas mantidas na Suíça em nome de offshores, de acordo com as investigações.
SEMPRE CITADO – Nos últimos anos, Tiago Cedraz se tornou um nome recorrente na Lava Jato. Em julho de 2015, o advogado já havia sido alvo de mandado de busca e apreensão em seu escritório de advocacia, o Cedraz Advogados.
Delatores da Lava Jato – como Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, e executivos e ex-dirigentes da Odebtrech – também citaram Tiago Cedraz em depoimentos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – No caso, confirma-se o ditado “tal pai, tal filho”, jogando na lama o nome da famiglia Cedraz. No TCU e nos Tribunais de Contas dos Estados, a situação é a mesma – lama e mais lama(C.N.)


31 de agosto de 2017
Thais Kaniak
G1 PR, Curitiba

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