O empresário Joesley Batista, da JBS, estava desesperado. Ele decidiu pela delação em dezembro passado, mas os procuradores da Lava Jato se recusaram a recebê-lo. O “gelo” pesou em sua decisão de gravar a conversa com Michel Temer. Os procuradores só receberam Joesley em março.
A primeira proposta de delação de Joesley Batista era de uma ousadia ímpar. Ele queria fazer uma ação controlada de longo prazo: gravaria por dois anos todos os crimes que cometesse, tamanha era sua resistência a revelar o passado. Os procuradores recusaram a proposta, por ser ilegal.
OUTRA GRAVAÇÃO – Existe, sim, um áudio inédito entregue por Joesley Batista, da JBS, capaz de complicar a situação do presidente Michel Temer. A gravação é mantida em segredo pela Procuradoria-Geral da República. Os investigadores não sabem ainda em que momento o material será usado.
Não só o presidente Michel Temer deve se preocupar. A JBS contratou uma empresa de auditoria para levantar todos os favores que fez a políticos nos últimos anos. O objetivo é aprofundar o que entregou em sua delação premiada ou até ampliar o escopo.
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NOVOS CRIMES AMEAÇAM OS IRMÃOS BATISTA
Aguirre Talento
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Aguirre Talento
Procuradores que acompanham a delação premiada da holding J&F avaliam que as provas apresentadas pelo grupo contra políticos e outras autoridades vão continuar válidas, mas a nova frente de investigação pode derrubar a imunidade penal dos irmãos Joesley e Wesley Batista, além de executivos da holding. A imunidade prevista no acordo era para os fatos delatados por eles. Agora, como há a possibilidade de cometimento de novos crimes, seria possível oferecimento de denúncia e eventual condenação.
A JBS, uma das empresas da holding, foi alvo da Operação Tendão de Aquiles, deflagrada nesta sexta-feira (dia 9) pela Polícia Federal. A ação é coordenada com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e tem como foco operações financeiras realizadas pelos investigados em meio à negociação do acordo com o Ministério Público.
11 de junho de 2017
Diego Escosteguy
Época
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