O Jornal Nacional trouxe ontem uma reportagem com as curiosidades do pagamento do dinheiro roubado dos cofres públicos pelas quadrilhas que atuavam no governo do PT. Além de ser curioso o medo que os envolvidos tinham de serem assaltados nas ruas ao transportar o dinheiro, chama atenção o caso de Jacques Wagner, que recebeu pagamentos de propina na casa de sua mãe, Cypa Perla Wagner, imigrante judia de 93 anos que veio da Polônia.
A delação de Hilberto Mascarenhas explica:
Esse valor não era possível ser pago em Salvador porque não existia quem tivesse essa moeda disponível nesse nível. Os doleiros de Salvador não têm volumes que atinjam isso. Então eu propus ao pedinte, na época o Benedicto Junior [diretor da construtora], que pagasse em São Paulo ou no Rio. E foi pago 50% no Rio de Janeiro, se não me engano na casa da mãe do governador na época, foi pago R$ 500 mil lá.
Depois disso, começaram a ter problemas com esse pagamento. O Jornal Nacional relatou assim:
Teve até pagamento de propina na casa de mãe. Hilberto Mascarenhas confirmou que foram pagos R$ 500 mil para o então governador da Bahia Jaques Wagner na casa da mãe dele, no Rio de Janeiro.
Mascarenhas: Ele teve algum problema lá com a mãe dele e não queria mais que fosse usada a casa da mãe dele para fazer esse pagamento. Ele pediu, nós fizemos um esforço grande e conseguimos pagar em Salvador.
Jacques Wagner teve duas petições encaminhadas ao juizado federal de primeira instância após as delações da Odebrecht:
Petição 6.662
Trata-se de petição instaurada com lastro nas declarações dos colaboradores Cláudio Melo Filho (Termo de Depoimento n. 18) e Emílio Alves Odebrecht (Termo de Depoimento n. 15), os quais relatam tratativas entre o Grupo Odebrecht, o ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o então Ministro Jacques Wagner para a edição de legislação que possibilitasse a celebração de acordo de leniência entre o Poder Executivo e pessoas jurídicas envolvidas em infrações sem contar com a intervenção do Ministério Público. Tais negociações teriam resultado na edição da MP 703/15.
Petição 6.805
Trata-se de petição instaurada com lastro nos termos de depoimento dos colaboradores Carlos José Fadigas de Souza Filho (Termo de Depoimento n. 9), Marcelo Bahia Odebrecht (Termo de Depoimento n. 30), Cláudio Melo Filho (Termos de Depoimento n. 16 e 17), Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho (Termo de Depoimento n. 8), André Vital Pessoa de Melo (Termo de Depoimento n. 1) e Benedicto Barbosa da Silva Júnior (Termo de Depoimento n. 60).
Segundo o Ministério Público, os colaboradores relatam a ocorrência de pagamento de vantagens indevidas, no valor de US$ 12.000.000,00 (doze milhões de dólares), a pretexto de contribuição à campanha eleitoral, em favor do então Governador do Estado da Bahia Jacques Wagner. Tais pagamentos teriam sido motivados pela concessão de benefícios fiscais associados ao ICMS que teriam favorecido o Grupo Odebrecht. Narra-se ainda que, em 2010, o então Governador do Estado da Bahia Jacques Wagner teria recebido, a título de presente, um relógio no valor de US$ 20.000,00 (vinte mil dólares). Ainda, no contexto das eleições do ano de 2014, o grupo teria repassado a Jacques Wagner, também a pretexto de contribuição eleitoral, R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), valores devidos em razão de dívida da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (CERB)
23 de abril de 2017
reaçablog
A delação de Hilberto Mascarenhas explica:
Esse valor não era possível ser pago em Salvador porque não existia quem tivesse essa moeda disponível nesse nível. Os doleiros de Salvador não têm volumes que atinjam isso. Então eu propus ao pedinte, na época o Benedicto Junior [diretor da construtora], que pagasse em São Paulo ou no Rio. E foi pago 50% no Rio de Janeiro, se não me engano na casa da mãe do governador na época, foi pago R$ 500 mil lá.
Depois disso, começaram a ter problemas com esse pagamento. O Jornal Nacional relatou assim:
Teve até pagamento de propina na casa de mãe. Hilberto Mascarenhas confirmou que foram pagos R$ 500 mil para o então governador da Bahia Jaques Wagner na casa da mãe dele, no Rio de Janeiro.
Mascarenhas: Ele teve algum problema lá com a mãe dele e não queria mais que fosse usada a casa da mãe dele para fazer esse pagamento. Ele pediu, nós fizemos um esforço grande e conseguimos pagar em Salvador.
Jacques Wagner teve duas petições encaminhadas ao juizado federal de primeira instância após as delações da Odebrecht:
Petição 6.662
Trata-se de petição instaurada com lastro nas declarações dos colaboradores Cláudio Melo Filho (Termo de Depoimento n. 18) e Emílio Alves Odebrecht (Termo de Depoimento n. 15), os quais relatam tratativas entre o Grupo Odebrecht, o ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o então Ministro Jacques Wagner para a edição de legislação que possibilitasse a celebração de acordo de leniência entre o Poder Executivo e pessoas jurídicas envolvidas em infrações sem contar com a intervenção do Ministério Público. Tais negociações teriam resultado na edição da MP 703/15.
Petição 6.805
Trata-se de petição instaurada com lastro nos termos de depoimento dos colaboradores Carlos José Fadigas de Souza Filho (Termo de Depoimento n. 9), Marcelo Bahia Odebrecht (Termo de Depoimento n. 30), Cláudio Melo Filho (Termos de Depoimento n. 16 e 17), Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho (Termo de Depoimento n. 8), André Vital Pessoa de Melo (Termo de Depoimento n. 1) e Benedicto Barbosa da Silva Júnior (Termo de Depoimento n. 60).
Segundo o Ministério Público, os colaboradores relatam a ocorrência de pagamento de vantagens indevidas, no valor de US$ 12.000.000,00 (doze milhões de dólares), a pretexto de contribuição à campanha eleitoral, em favor do então Governador do Estado da Bahia Jacques Wagner. Tais pagamentos teriam sido motivados pela concessão de benefícios fiscais associados ao ICMS que teriam favorecido o Grupo Odebrecht. Narra-se ainda que, em 2010, o então Governador do Estado da Bahia Jacques Wagner teria recebido, a título de presente, um relógio no valor de US$ 20.000,00 (vinte mil dólares). Ainda, no contexto das eleições do ano de 2014, o grupo teria repassado a Jacques Wagner, também a pretexto de contribuição eleitoral, R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), valores devidos em razão de dívida da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (CERB)
23 de abril de 2017
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