"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 29 de janeiro de 2017

QUANDO FOI ALVO DA POLÍCIA EM 2008, EIKE TAMBÉM FOI "INFORMADO" ANTES E VIAJOU


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O delegado Romero Menezes chegou a ser preso em 2008
Não foi a primeira vez que agentes da Polícia Federal (PF) bateram à porta do empresário Eike Batista e descobriram que ele estava em uma viagem ao exterior. Em julho de 2008, ele foi alvo de mandados de busca e apreensão (mas não de prisão preventiva, como agora) em sua residência na operação Toque de Midas, que investigava fraudes na licitação da Estrada de Ferro do Amapá, que fora concedida à MMX, a mineradora do grupo EBX.
VAZAMENTO INVESTIGADO – Na ocasião, a PF abriu um procedimento para apurar um possível vazamento de informações com base em dois fatos — advogados da EBX foram à Justiça buscar informações sobre o caso uma semana antes da deflagração e Eike se encontrava em Nova York na data que os agentes saíram às ruas.
Quase nove anos depois, Eike voltou a ser alvo da Polícia Federal, desta vez pela acusação de ter pagado propina ao ex-governador Sérgio Cabral na Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato no Rio. E ele novamente estava em Nova York, para onde teria viajado na última terça-feira. A PF já o considera como foragido e incluiu o seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol. E mais uma vez informou que irá apurar o vazamento de informações.
DIRETOR PRESO – Em relação ao caso de 2008, a PF acabou prendendo o diretor-executivo do órgão Romero Menezes sob a suspeita de ser o autor dos vazamentos. Depois, ele foi liberado.
Mais um ponto em comum entre as duas investigações. O então vice-diretor da MMX, Flávio Godinho, também foi alvo de buscas e – olha só – ele também estava nos Estados Unidos, mais precisamente em Miami. Nesta quinta-feira, o ex-executivo da EBX que hoje era vice-presidente de futebol do Flamengo não teve tanta “sorte” e foi detido na Eficiência, acusado de envolvimento na ocultação de propina que era paga pelas empreiteiras a Sérgio Cabral.
OUTROS PROCESSOS – Eike Batista também já é réu em uma ação penal que tramita na Justiça Federal do Rio de Janeiro por crimes contra o mercado de capitais. Segundo a denúncia que é originária do Ministério Público Federal de São Paulo, ele é acusado de manipulação de mercado e uso de informação privilegiada na negociação de ações da OSX, sua empresa de construção naval. Em outro processo, Eike foi absolvido dos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica e crimes contra a economia, em março de 2016.
Por esses e outros casos, o empresário já teve os bens bloqueados pela Justiça em pelo menos duas ocasiões, o que contribuiu para a desidratação da sua fortuna que já foi uma das maiores do país. O último bloqueio às suas contas foi decretado pela Justiça das Ilhas Cayman no valor de 63 milhões de dólares. A informação data de outubro do ano passado, mas foi divulgada nesta terça-feira.

29 de janeiro de 2017
Eduardo Gonçalves
Veja

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