"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

FUX QUER OUVIR ROMÁRIO ANTES DE DECIDIR SE O SUPREMO ABRE INQUERITO CONTRA ELE


Romário é candidato e está de olho no lance



















O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, pediu informações ao senador Romário (PSB-RJ) e ao empresário Marcelo Odebrecht, dono da construtora Odebrecht, antes de decidir se abre o inquérito pedido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o parlamentar. Romário é suspeito de ter recebido R$ 100 mil da Odebrecht na campanha de 2014. O dinheiro não teria sido contabilizado na prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral.
Romário foi citado em uma troca de mensagens entre Marcelo Odebrecht e um executivo da empresa, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, logo depois da eleição de 2014. A conversa foi descoberta no ano passado, quando Marcelo Odebrecht foi preso na Operação Lava-Jato. Na petição ao STF, Janot diz que a conversa entre os dois executivos é um indício da “prática habitual e sistemática de pagamento de propina”, segundo revelou O Globo.
CAIXA DOIS – Embora os indícios tenham surgido a partir da Operação Lava-Jato, o pedido de inquérito seguirá independente, porque o indício é da prática de caixa dois, sem ligação direta com os desvios da Petrobras. Fux quer saber agora o que alegam o empreiteiro e Romário sobre o episódio. Normalmente, o STF abre os inquéritos pedidos pelo procurador-geral. Mas há a possibilidade de negar o pedido, se ficar demonstrado que os indícios não são fortes o suficiente.
Por meio de nota divulgada há duas semanas, a assessoria de imprensa de Romário negou que o parlamentar tenha recebido doações da empreiteira.
“O senador Romário não recebeu qualquer doação da Odebrecht, nem intermediou qualquer doação a outras campanhas. Todas as doações recebidas foram legais e registradas na prestação de contas da campanha de 2014. Romário nunca conversou com Marcelo Odebrecht ou com qualquer pessoa que tenha se identificado como seu emissário. Enquanto candidato, ele também não autorizou qualquer pessoa a falar em seu nome”, diz a nota.

24 de junho de 2016
Carolina Brígido
O Globo

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