"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 15 de maio de 2016

SERRA RESGATA A IMPORTÂNCIA POLÍTICA DO ITAMARATY



José Serra foi logo colocando Maduro no seu devido lugar




















Na falta de anúncios concretos na economia, o maior gol do primeiro dia de interinidade de Michel Temer foram as notas claras e afirmativas do Itamaraty contra a petulância e a ingerência externa do presidente da Unasul e dos tais países bolivarianos em questões internas do Brasil. Em resumo, as duas notas querem dizer o seguinte: não vem que não tem.
Essa resposta à altura à acusação, ou insinuação, de que há um golpe no Brasil marca uma guinada importante na política externa brasileira, que passou em branco e amarelou nos últimos cinco anos, menos por culpa dos três chanceleres do período e mais pela contaminação ideológica emanada do Palácio do Planalto de Dilma Rousseff.
O novo ministro, José Serra, agiu com firmeza e tempestivamente. 
Chega de ouvir desaforos de países que não têm a menor autoridade moral para questionar a força e a saúde das instituições no Brasil, maior e mais rico país da região.

Quem são Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia e Nicarágua para ensinar o que é democracia?! Cuba?! Venezuela?!
CAOS NA VENEZUELA
Quanto à Unasul: gastaria muito melhor sua energia investigando e agindo sobre o caos político, econômico e social que assola a vida dos venezuelanos, que não têm nem o que comprar em meio a uma recessão desesperadora. 

Se há alguma população sufocada pela falta de democracia no Cone Sul é a da Venezuela. A do Brasil está sofrendo por motivos diferentes: risco de três anos consecutivos de recessão, 11 milhões de desempregados. Mas isso tende a ser corrigido.

Se essa turma aí quiser confrontar o Brasil, pior para eles. Bem fará o Brasil se se unir à nova Argentina e ao novo Paraguai para se aproximar do bloco que dá certo e que mantém suas economias sob controle, como o Peru e a Colômbia.
Eles tentaram emparedar o Brasil, mas descobriram que José Serra não vai se pautar por ideologias e vai reunir os grandes quadros da nossa diplomacia para lutar pela imagem, pelos interesses, pela soberania e pela imensa capacidade comercial do Brasil no mundo. 
Ele não tem nada a ver com punhos de renda, é um osso duro de roer.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em poucas linhas, mas diplomaticamente, Serra bateu pesado nos países que se arvoraram no direito de denunciar que está havendo um golpe no Brasil. 
O governante mais afoito, Nicolas Maduro, que tinha dado uma de machão e chamara de volta a Caracas o embaixador venezuelano, imediatamente colocou o galho dentro, como se dizia antigamente. 
Tem hora que esse negócio de punho de renda tem de ser substituído por um tamanco lusitano.  (C.N.)

15 de maio de 2016
Eliane Cantanhêde
Estadão

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