"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 15 de maio de 2016

DILMA NEM ASSISTIU À VOTAÇÃO E FOI INFORMADA DO RESULTADO POR TELEFONE


O ex-presidente Lula e a presidente afastada Dilma Rousseff
Lula usa Dilma como massa de manobra para preservar o PT




















Conforme temos revelado aqui naTribuna da Internet, há mais de dois meses a presidente Dilma Rousseff deixou de ler jornais e revistas, evitando também assistir aos noticiários da televisão. Passou a ser informada apenas através de uma sinopse redigida por assessores do Planalto, que dão destaque às informações positivas (que são poucas) e tentam amaciar as notícias mais negativas (que são muitas).
Desde então, por recomendação médica, a chefe do governo vinha buscando viver num mundo à parte, enquanto a crise nacional se agravava cada vez mais. Seu distanciamento chegou a tal ponto que ela nem demonstrou interesse em acompanhar pela TV a votação no Senado que decidiria seu afastamento do governo e a abertura do processo de impeachment.
FOI PELO TELEFONE…
Reportagem de Gustavo Uribe e Marina Dias, na Folha, revela que Dilma Rousseff já estava acordada nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (dia 12) quando a informação de sua derrota no Senado chegou pelo telefone.
Na noite anterior, Dilma preferiu não assistir pela televisão à sessão no Congresso que durou mais de vinte horas. Jantou sem a companhia de ministros e assessores e foi dormir perto das 23 horas”, relata a matéria da Folha, acrescentando: “Do outro lado da linha, Dilma ouviu o resultado classificado por ela mesma como inevitável: o plenário do Senado aprovara a abertura do processo de impeachment, o que resultava em seu afastamento por até 180 dias”.
PRESSÃO IMPLACÁVEL
Além de submetida à sufocante pressão das ruas, do Congresso Nacional, das chamadas classes produtoras, da grande mídia e da  maioria da opinião pública nacional, refletida nas pesquisas de opinião que indicam sua baixíssima popularidade, a presidente Dilma Rousseff está sofrendo uma pressão muito maior, exercida pelos dirigentes do PT e pelos ministros do chamado núcleo duro, que obedecem ao comando de ex-presidente Lula da Silva e exigem que ela tome à frente uma campanha que foi planejada para fortalecer o PT.
O fato de Dilma Rousseff não ter assistido à transmissão de TV mais importante de sua vida demonstra que ele tenta se preservar desse tipo de situação estressante, ou seja, continua tendo consciência de seus problemas e procura se preservar. Mas Lula e o PT são implacáveis e pouco se importam com ela. Muito pelo contrário.
Conforme já informamos reiteradamente aqui na Tribuna da Internet, a estratégia é usar Dilma Rousseff como massa de manobra, para tentar recuperar a imagem de Lula e do PT, através da reiterada denúncia de que a presidente estaria sendo vítima de uma conspiração política e de um golpe parlamentar.
ENTREVISTA À IMPRENSA
Infelizmente, não é Dilma Rousseff quem decide o que fazer. Ela havia avisado que pretendia descansar até a próxima quarta-feira, quando retornaria a Brasília. Mas antes dela viajar para Porto Alegre, ao encontro da família e dos amigos. o núcleo duro  do PT já convocara uma entrevista a correspondentes estrangeiros. Dilma então se maquiou, enfrentou os jornalistas e voltou aos mesmos argumentos de golpe, sabotagem, conspiração das elites etc., tese já aceita por The New York Times, vejam como está decadente o jornalismo norte-americano.
Animada com  a coletiva e sem perceber a ironia de algumas perguntas, como a indagação sobre a possibilidade de se queixar ao Papa, Dilma Rousseff se atrapalhou toda. Mentiu bastante. Alegou ter sido sabotada pelo Congresso, embora se saiba que ela jamais tentou fazer um ajuste fiscal de verdade, limitando-se a propor a recriação da CPMF, sem cortar despesas nem reduzir o número de ministérios e a colossal máquina administrativa.
Sobre o fato de não haver mulheres e negros no ministério de Michel Temer, a delirante Dilma disse que isso significa um desrespeito aos “direitos humanos”, e foi ouvida respeitosamente. Outra grande sandice foi afirmar que o pré-sal é um programa de inclusão social que incomodava as elites, e os correspondentes estrangeiros nem fizeram comentários.
DENÚNCIAS VAZIAS
De início, esse tipo de argumentação pode até prosperar, como ficou demonstrado pelo ridículo e despropositado editorial do New York Times nesta sexta-feira, Mas essas falácias logo serão desmentidas e o correspondente do jornal americano ficará envergonhado de embarcar nessa onda.
O fato concreto e irrefutável é que Dilma Rousseff está sendo usada politicamente por Lula e pelo PT, embora esteja fragilizada e confusa. Na entrevista aos correspondentes estrangeiros, ela anunciou que pretende viajar pelo país e pelo exterior para denunciar o “golpe”.  Ou seja, ao invés de descansar e cuidar da saúde, vai fazer exatamente o que Lula e o PT lhe determinam.
Não há dúvida de que é uma desumanidade o que fazem com  ela, mas quem se interessa?

15 de maio de 2016
Carlos Newton

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