"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 24 de maio de 2016

NOVA OPERAÇÃO DA LAVA JATO BUSCA PRENDER MAIS DOIS NO ESQUEMA DE PETROBRAS




Foto: Jose Lucena/Futura Press
Operação Vício envolve cotas de corrupção do PT, PT e PMDB

















A Polícia Federal juntamente com a Receita Federal deflagrou nesta manhã a 30ª fase da Lava Jato, chamada Operação Vício. Cerca de 50 Policiais Federais e 10 servidores da Receita Federal cumprem 28 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de condução coercitiva nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
As investigações têm objetivo de complementar a devassa do já revelado esquema de corrupção e lavagem de dinheiro decorrentes de contratos firmados com a Petrobrás.
Investigadores miram contratos de três grupos de empresas com as diretorias de Serviços e de Abastecimento, cotas do PT e PP, e também pagamentos a um executivo da área internacional da Petrobrás, cota do PMDB no esquema.
COTAS DO PT E PP
Nesta etapa, três grupos de empresas são investigados por terem se utilizado de operadores e de contratos fictícios de prestação de serviços para repassar, notadamente, à Diretoria de Serviços e Engenharia e Diretoria de Abastecimento da Petrobrás, respectivamente cotas do PT e do PP no esquema de corrupção da estatal.
Aos investigados estão sendo atribuídos, dentre outros, crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A menção ao termo Vício remete à sistemática, repetida e aparentemente dependente, prática de corrupção por determinados funcionários da estatal e agentes políticos. O termo ainda remete à ideia de que alguns setores do Estado precisam passar por um processo de desintoxicação do modo corrupto de contratar.
NA COTA DO PMDB
Em outro procedimento estão sendo cumpridos mandados que buscam a apuração de pagamentos indevidos a um executivo da área internacional da Petrobrás, cota do PMDB no esquema, em contratos firmados para aquisição de navios-sondas.
Os presos e o material apreendido devem ser levados ainda hoje para a PF em Curitiba.
As propinas em contratações de navios-sonda pela estatal já renderam a primeira ação penal contra um político na operação, o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perante o Supremo Tribunal Federal. O peemedebista é acusado de receber ao menos US$ 5 milhões em propinas pelo afretamento de dois navios-sonda, o que ela nega veementemente.
BUMLAI E VACCARI
Em primeira instância já foram denunciados também os executivos do Grupo Schahin, o pecuarista José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto por um empréstimo de R$ 12 milhões do banco Schahin ao PT, via Bumlai, que “compensado” por meio da contratação da Schahin para a operação de um navio-sonda da Petrobrás. O processo já está em sua etapa final.

24 de maio de 2016
Fausto Macedo, Andreza Matais e Mateus Coutinho
Estadão

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