"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

PRESTÍGIO INTERNACIONAL

LE MONDE CHAMA MORO DE ELIOT NESS, AGENTE QUE ANIQUILOU AL CAPONE
JORNAL FRANCÊS COMPARA JUIZ AO CÉLEBRE AGENTE FEDERAL AMERICANO


"SERGIO MORO SABE QUE TEM ENTRE AS MÃOS O PROCESSO DA SUA VIDA. O ESCÂNDALO PODE TRANSFORMAR SEU PAÍS", DIZ PUBLICAÇÃO (FOTO: FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR)

O jornal francês Le Monde traz em sua edição desta quinta-feira, 17, um perfil do juiz federal Sérgio Moro. Ele é descrito pela jornalista Claire Gatinois como ‘um pequeno juiz de província’, ‘moreno de queixo quadrado’, ‘odiado e temido por políticos’, mas ‘adulado pelos cidadãos brasileiros’.

O texto compara Moro a Eliot Ness, famoso agente federal americano que aniquilou Al Capone, o poderoso contrabandista de bebidas que desafiou a lei seca implantada a ferro e fogo na Chicago dos anos 1930. Eliot Ness virou herói no filme Os Intocáveis, no papel do ator Kevin Costner.

“É a partir do seu escritório em Curitiba, capital do Estado do Paraná, no sul do Brasil, que o quarentão com ar de agente de filmes B faz tremer os tenores da política em Brasília e os alto executivos de São Paulo e identificando, semana após semana, há mais de um ano, os suspeitos, culpados, testemunhas e futuros denunciadores do escândalo Petrobrás”, escreveu a jornalista.

“Esse caso de corrupção onde grandes grupos do setor da construção e trabalhos públicos se organizaram em cartel para vencer sucessivamente as licitações propostas pela empresa pública, comprando a cumplicidade de políticos de todas as tendências e a indulgência da direção do grupo petrolífero, revelou que cerca de 42 bilhões de reais foram desviados, e resultou até agora em 15 sentenças, 58 condenações e um total de 700 anos de prisão já impostas.”

“Às vezes ele se sente desencorajado, desgastado por esse trabalho de Sísifo, cansado de ‘pregar no deserto’, como confessou recentemente. Mas se mantém. Sergio Moro sabe que tem entre as mãos o processo da sua vida. O escândalo pode transformar seu país.”

O Le Monde cita ainda a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e destaca que Moro já descreveu uma ‘corrupção sistêmica, cuja última presa, Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado e pertencente ao Partido dos Trabalhadores, foi colocado em prisão preventiva em fins de novembro, o que provocou reviravoltas no processo’.



18 de dezembro de 2015
diário do poder

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