"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

BC APONTA QUEDA MAIOR DO PIB E INFLAÇÃO 2015 EM 9.99%

IBGE JÁ CONFIRMOU QUEDA DE 2,6% NO PIB DO SEGUNDO TRIMESTRE

PREVISÃO DE RETRAÇÃO PASSOU DE -2,97% PARA -3,1% EM MENOS DE UM MÊS. FOTO: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO


O Relatório de Mercado Focus trouxe nova rodada de deterioração para o Produto Interno Bruto (PIB) deste e do próximo ano. De acordo com o documento divulgado na manhã desta segunda-feira, 9, pelo Banco Central, a perspectiva de retração da economia este ano passou de 3,05% para 3,10% - um mês antes estava em queda de 2,97%. Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,51% para -1,90%. Quatro semanas atrás estava negativa em 1,20%.

Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.

No caso da produção industrial, a mediana das expectativas para 2015 saiu de baixa de 7,00% para -7,40% agora - um mês antes estava em -7,00%. Para 2016, continuou em -2,00%. Há quatro semanas, estava em -1,00%.

Já na relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas foi mantida em 35,80% para 2015 - quatro edições antes estava em 35,90%. Para 2016, a taxa subiu de 39,30% para 39,60% - um mês antes estava em 39,50%.

Inflação

As previsões para a inflação de 2015 bateram na trave dos dois dígitos no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 9, pelo Banco Central. A mediana avançou de 9,91% para 9,99%. Esta é a oitava semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta variável.

Há quatro edições do documento, a mediana estava em 9,70%. No caso do Top 5 de 2015, o ponto central da pesquisa já havia atingido dois dígitos na semana passada e agora avançou mais, passando de 10,03% para 10,16%. Há quatro semanas, essa mediana estava em 9,61%.

Para 2016, a mediana das previsões também disparou: passou de 6,29% para 6,47% na 14ª vez seguida de elevação. Há quatro edições, o ponto central da pesquisa era de 6,05%. No caso da elite dos economistas que mais acertam as previsões para a inflação no médio prazo, denominada Top 5, houve queda, de 7,33% para 6,98%. Esta é a primeira vez que o novo grupo apontado pelo BC apresenta suas estimativas depois da divulgação do IPCA de outubro. Quatro edições atrás estava em 6,72%. A meta de inflação de 2015 e 2016 é de 4,5% com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% para este ano tanto no cenário de referência quanto no de mercado. Pelos cálculos da instituição revelados no RTI, o IPCA para 2016 subiu de 4,8% para 5,3% no cenário de referência e passou de 5,1% para 5,4% no de mercado. Na ata do Copom mais recente, o BC informou que suas projeções subiram ainda mais tanto no cenário de mercado quanto no de referência.

Para a inflação de curto prazo, a estimativa para novembro subiu de 0,60% para 0,62% de uma semana para outra ante taxa de 0,57% verificada há um mês. No caso de dezembro, que aparece pela primeira vez na Focus, a taxa passou de 0,70% para 0,71%. Quatro semanas atrás estava em 0,67%.

Depois de terem caído na semana passada, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente também voltaram a ultrapassar o teto da meta, saindo de 6,47% para 6,70% - quatro edições atrás estavam em 6,24%.

Preços administrados

Apontados pelo Banco Central como principais responsáveis pela extensão da busca da meta de inflação apenas em 2017, os preços administrados voltaram a subir. Segundo o relatório, a mediana das previsões para esse conjunto de itens no ano que vem saltou de 6,75% para 6,95%. Há quatro semanas, estava em 6,27%.

Para 2015, as estimativas do mercado financeiro para os preços administrados saiu de 16,50% para 17,00% de uma semana para outra - um mês atrás, a mediana das estimativas era de 16,00%. (AE)



09 de novembro de 2015
diário do poder

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