Vice-presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (RR), afirmou que o vice-presidente Michel Temer, ao dizer que a presidente Dilma Rousseff não tem condições de chegar ao fim do mandato se permanecer com índices tão baixos de popularidade, fez uma avaliação verdadeira e que já é feita por todos sobre a continuidade do atual governo.
“O presidente Michel respondeu a uma pergunta e falou a verdade. Ele fez um diagnóstico e esse diagnóstico que ele fez é que todo economista está fazendo. É o que todos os setores responsáveis estão fazendo”, afirmou Jucá.
Para o peemedebista, ao enfrentar uma crise política e não conseguir dar uma expectativa de tempo para que a economia recupere seu crescimento, o governo acaba por se enfraquecer ao ponto de, eventualmente, não conseguir resistir com tão baixa popularidade.
FALTA UM RUMO
Em caráter reservado, peemedebistas afirmam que o vice-presidente está cansado dos erros do governo mas que não avalia deixá-lo. Para eles, a cúpula do Planalto precisa encontrar, rapidamente, um rumo para seguir, tanto na área política quanto na econômica, caso contrário, a presidente não resistirá por mais três anos de fato.
Para o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), Temer tem a “obrigação de ser sincero perante a sociedade mesmo que defenda o governo”. “Na medida em que Temer fala o que falou, ele está dando guarida sim à credibilidade [do governo] que ele quer ver recuperada”, disse.
Já para o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), Temer “disse o óbvio”. “Não é possível Temer ficar numa posição cômoda, uma hora dizer que é preciso alguém para reunificar e outra falar o que o Brasil já sabe. É igual ao médico não tratar e só dizer ao paciente com dor que se continuar assim ele vai morrer. É preciso fazer algo além do jogo de cena”, disse.
06 de setembro de 2015
Mariana Haubert
Folha
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