"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 6 de setembro de 2015

BEBERAM? CHEIRARA? FUMARAM? DOIDÕES CERTAMENTE ESTÃO...


Culpado conforme as acusações, o petismo quebrou o Brasil e, em quatro anos levou junto o Rio Grande do Sul. Nenhum contador, auditor, economista, desconhecia aquilo que Sinara Polycarpo Figueiredo, assessora de investimentos do Santander, anunciou em circular a seus clientes em junho do ano passado.
Aliás, o referido documento afirmava obviedades antigas, que só eram desconhecidas pelos assessores da CNBB e pelos publicitários do governo. Os primeiros emitiram, na mesma época, uma Análise de Conjuntura na qual afirmavam que a inflação estava diminuindo e que uma entidade maligna chamada mercado semeava insegurança para desestabilizar o governo. Os segundos propagavam que o Brasil era e continuaria sendo uma ilha de prosperidade, pleno emprego e desenvolvimento social.
A ALMA DO NEGÓCIO
A assessora do Santander foi demitida. Os da CNBB permanecem firmes em seus postos. E os publicitários do governo? Estes aprenderam que a mentira é a própria alma de seu negócio. Afinal, é preso ao fio produzido por essas mentiras que balança e se sustenta o indescritível governo da presidente Dilma.
A irresponsabilidade fiscal, que sempre foi malvista pelo petismo, quebrou o Brasil. Levou-nos ao descrédito internacional. Pôs sob risco o grau de investimento do país. Constrangeu o governo a apresentar ao Congresso um inédito orçamento deficitário para o ano de 2016. Com isso, está obrigando o governo a buscar novas fontes de receita (leia-se “tomar-nos mais dinheiro pela via tributária”).
CORTES DE VIAGENS
Pois é nesse contexto que eu acabo de ler, no Estadão de hoje, 4 de setembro, que a “Petrobrás corta viagens e festas para poupar R$ 12 bilhões”. No conteúdo da matéria vê-se que os cortes não atingirão apenas viagens e festas, mas incluem, entre outros, aulas de idiomas, brindes, programas de visitas, uso de veículos para necessidades não operacionais, participação em congressos, seminários e fóruns. E nem uma palavra sobre as periódicas e inúteis enxurradas publicitárias que inundam os grandes meios de comunicação.
É também nesse contexto que, no mesmo jornal, lendo editorial com o título “O irrealismo do judiciário”, fiquei sabendo que o STJ e outros sete Tribunais Regionais do Trabalho encaminharam ao Conselho Nacional de Justiça anteprojetos que criam 1,5 mil cargos de natureza técnica e outro tanto em funções comissionadas!
AFUNDANDO O PAÍS
Nada diferente dos aumentos e regalias autoconcedidos. E nada diferente do ânimo criador de caso que tem levado a Câmara dos Deputados a aprovar projetos que elevam sobremaneira o gasto público. O governo, por conta própria, fez tudo que estava ao seu alcance para afundar o país. Não precisa de sugestões nem de auxílio da oposição.
Eis o que me leva ao título deste artigo. Beberam? Cheiraram? Não podem, as instituições da República, estar em seu estado normal. Poupem-nos de seu convívio. Vão se tratar e voltem quando estiverem restabelecidos.

06 de setembro de 2015
Percival Puggina

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