"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

FATIAMENTO DE PROCESSOS DA LAVA JATO NÃO SIGNIFICA MUTRETA




Muita gente se decepcionou com a decisão do Supremo Tribunal Federal, quarta-feira, 23, de “fatiar” um dos desdobramentos da Lava Jato, o envolvimento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) em suspeita de fraude no Ministério do Planejamento. 
A maioria dos ministros entendeu que a investigação não deve ficar somente sob relatoria do ministro Teori Zavascki, responsável pelo caso na Corte, e sob os cuidados do juiz Sérgio Moro, que conduz a operação na primeira instância, em Curitiba.
APARTADO
O STF analisou e decidiu que o caso deve ser “apartado” das investigações da Lava Jato, operação que tem como principal foco o esquema de corrupção na Petrobrás. 
Com a decisão, as apurações sobre a senadora petista ficarão com o ministro Dias Toffoli e a parte que cita o ex-vereador do PT Alexandre Romano, que não tem foro privilegiado, será encaminhada à Justiça Federal de São Paulo.
Há quem veja no episódio uma manobra do Supremo para esvaziar a operação Lava Jato. 
O jornal O Globo deu manchete sobre isso. Pessoalmente, considero exagerada esta conclusão.
O fato de investigações correrem em separado não significa nenhuma aberração jurídica e não sobrecarrega o juiz Sérgio Moro e a equipe da força tarefa, que já cuida de inquéritos e processos demais. 
É claro que dá margem para que advogados de defesa tentem tirar das mãos do juiz Moro outros braços da Lava Jato que, segundo eles, não têm relação com o núcleo central do esquema originalmente investigado, como o setor elétrico. 
Mas o futuro é que nos dirá. Vamos guardar.

24 de setembro de 2015
Carlos Newton

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