"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A ESCÓRIA AINDA RESISTE HUMILHANDO O POVO

Brasília – Nunca antes na história desse pais um governo foi tão recalcitrante, aético e amoral como este da Dilma. A imoralidade bateu às portas do Palácio do Planalto e ali fez sua moradia permanente. É, na verdade, uma casa de esquizofrênicos. É também uma casa onde a corrupção fez o seu ninho mais fértil desde que o Lula botou os pés lá dentro e o seu principal ministro, José Dirceu, saiu algemado para o presídio da Papuda.

O sindicalismo, que deu origem ao PT, apodreceu, esfacelou-se nos sucessivos escândalos do mensalão e da lava jato. Não à toa, dois dos seus principais homens de finanças foram flagrados roubando os cofres públicos. Delúbio Soares, o primeiro tesoureiro, vive com uma tornozeleira eletrônica, vigiado dia e noite como um bandido comum. O segundo, João Vaccari Neto, está recolhido à penitenciária. Pesam contra ele acusações seríssimas: a de roubar a Petrobrás e acharcar empresários para manter o PT do Lula no poder.

A orgia financeira, porém, não acaba aí. Ao lado do gabinete da Dilma, numa sala decorada de estrelas vermelhas, um senhor de barba rala, com cara de assustado, como se estivesse a qualquer momento esperando para ser algemado, é o terceiro tesoureiro da quadrilha. Trata-se de Edinho da Silva, um ex-deputado estadual por São Paulo, inexpressivo na política e na vida social, já denunciado na Lava Jato. De comum entre os três, apenas o fato de não serem expoentes do partido, razão pela qual foram escolhidos a dedo por Lula como boi de piranha para intermediar o assalto às empresas públicas.

Os brasileiros vivem hoje uma situação vergonhosa, calamitosa, desastrosa. Os ministros e os ex-ministros do PT são vaiados e até ameaçados. Não podem sair às ruas sem escoltas com medo de serem agredidos ou insultados pela população. A Dilma, empoleirada dentro de um gabinete, só sai de lá para entregar as casas inacabadas do “Minha Casa, Minha vida”, um programa assistencialista adotado por políticos fisiológicos em troca de voto.

O Brasil parou. E a presidente, sem iniciativa, entrega ao Congresso Nacional um orçamento que já prevê um déficit de mais de 30 bilhões reais. A Lei de Responsabilidade Fiscal foi jogada no lixo pelo Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento, com o argumento cínico de que ela é omissa quando se refere a um orçamento aleijado como o que eles apresentaram ao Senado Federal. O que se pode entender desse descalabro econômico? Que a Dilma deixou de governar, que não tem paciência para administrar o país, que a lama despejada dentro do Palácio do Planalto já chegou à sua sala. E o pior: vive cercada de ministros corruptos envolvidos na Lava Jato. A Dilma, com a sua incompetência, desmantelou uma geração de brasileiros que até há pouco tempo vivia gritando em manifestações e estádios de futebol, o slogan ufanista: “Sou brasileiro, com muito orgulho...”

No início desta semana três fatos marcaram a política brasileira que dão bem a dimensão do descaminho político do Brasil: Zé Dirceu sendo inquirido pelos próprios petistas na CPI da Lava Jato, silencioso, com cara de presidiário; o pedido de impeachment da Dilma feito pelo jurista, Hélio Bicudo, 93 anos, um dos fundadores do PT; e a denuncia feita pelo Ministério Público ao primeiro bando da operação Lava Jato que incluem, entre outros personagens, o próprio Dirceu e João Vacari Neto, ex-tesoureiro do PT, que sempre viveu à sombra do Lula. E a julgar pelas palavras do Juiz Sergio Moro, a operação Lava Jato ainda vai chegar ao chefão.



02 de setembro de 2015
Jorge Oliveira

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