"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

IMPEACHMENT NÃO É GOLPE E TEM DE SER FEITO NA FORMA DA LEI


O ministro de Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, comete uma blasfêmia quando iguala a oposição à presidente Dilma Roussef aos golpistas da UDN que levaram o presidente Getúlio Vargas ao suicídio, que tentaram impedir a posse do presidente Juscelino Kubitschek e que apoiaram o golpe militar de 1964.
Não. Não são as mesmas forças políticas de outrora que ora se opõem à presidente Dilma, e a oposição à presidente Dilma Roussef segue um rito constitucional e republicano, ao contrário dos golpistas da UDN e do passado. Patrus precisa dar outra entrevista e pedir perdão à oposição atual pelas blasfêmias que fez nesta entrevista.
Ninguém está pleiteando um processo de impeachment sem que se prove que a presidente Dilma esteja ativa e diretamente implicada na roubalheira. Tudo indica que sim, mas são necessárias provas. Havendo provas, todos concordam que “corrupção é crime com o qual não se deve ter contemplação, e aí o impeachment é o mínimo que se espera”.
NEM PRECISA IMPEACHMENT
Se houver provas de envolvimento da presidente Dilma nos ilícitos, nem será preciso de impeachment, conforme explicou o jurista Jorge Beja neste blog, em seu artigo “Lei eleitoral determina que a presidente Dilma seja cassada”. No caso, basta que o Tribunal Superior Eleitoral exerça sua ação constitucional e republicana e cumpra a Lei.
Por outra parte, embora seja isso um detalhe, sabe-se que a maioria dos eleitores da presidente Dilma não é a parcela “alfabetizada e vacinada’ da população, ao contrário do que afirmou a jornalista Cora Rónai em artigo no site de O Globo, cá entre nós!… Mesmo esses eleitores, ou boa parte deles, já mudaram de opinião, de acordo com as últimas pesquisas do Ibope.
Também não procede o medo de Cora Rónai de que, defenestrada a presidente, seu sucessor legal vá ser sacrificado pelo legado maldito que os doze anos de PT deixaram. O que não pode continuar é um presidente ou uma presidenta incompetente. Aí iremos mesmo para o buraco.
Impeachment não é golpe. Mas tudo tem de ser feito dentro da lei e com todo respeito às instituições democráticas e republicanas.

21 de fevereiro de 2015
Ednei Freitas

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