"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 11 de janeiro de 2015

MARTA SUPLICY: LULA ESTÁ FORA DO GOVERNO E FOI TRAÍDO

Ex-ministra da Cultura e ex-prefeita de São Paulo, a polêmica senadora Marta Suplicy (PT-SP) afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participará do segundo governo da presidente Dilma Rousseff: “Lula está totalmente fora”.

Apoiadora oficial do movimento “Volta, Lula”, Marta, em entrevista concedida a Eliane Cantanhêde, do Estado de S. Paulo, revela o que ninguém assume publicamente: Lula está insatisfeito com afilhada política, a quem ajudou a eleger duas vezes.

Na entrevista, a senadora faz dura crítica ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e ao presidente nacional do PT, Rui Falcão.
 
“O Mercadante é inimigo, o Rui traiu o partido e o projeto do PT, e o partido se acovardou”, disparou. Mercadante, segundo Marta, é candidatíssimo a presidente da República em 2018, mas “vai ter contra si a arrogância e o autoritarismo”.

Marta, que rompeu com o governo, diz que os desafios são enormes. E diz que não foram adotadas ações necessárias quando se percebeu o fracasso da política econômica de Dilma.
Sobre a nova equipe econômica, ela a considera qualificada, mas acredita que o futuro das finanças do país está diretamente relacionado à independência do Ministério da Fazenda.

“É preciso ter humildade e a forma de reconhecer os erros a esta altura é deixar a equipe trabalhar. Mas ela (Dilma) não reconheceu na campanha, não reconheceu no discurso de posse”, afirma Marta, que não crê em mudança na postura centralizadora de Dilma.

Mostrando que está completamente desalinhada com o governo, a senadora defende a demissão da presidente da Petrobras, Graça Foster, e se diz estarrecida com a enxurrada de desmandos. Ela não descarta nem mesmo abandonar o partido que ajudou a criar.
Diante de tantas denúncias de corrupção e da economia em frangalhos, Marta dá o ultimato: “Ou o PT muda ou acaba”.
Marta Suplicy (Foto: Agência EFE)
Marta Suplicy (Imagem: Agência EFE)

11 de janeiro de 2015
Gabriel Garcia

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