"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

NÚMEROS DE IBOPE E DATAFOLHA PARECEM IGUAIS, MAS DIVERGEM NOS DETALHES



 
Depois do fracasso das previsões no primeiro turno, as pesquisas eleitorais estão no alvo das críticas. Por isso, o fato de Ibope e Datafolha terem dado números exatamente idênticos na primeira análise de segundo turno fez com que os responsáveis pelos institutos pudessem respirar aliviados.

Mas se os números são rigorosamente iguais no cômputo geral, mostrando Aécio com 46% dos votos totais e Dilma com 44% deles (51% a 49% nos válidos), as pesquisas deixam de ser iguais quando é feita uma análise mais aprofundada, na divisão por região, idade, ou porte dos municípios, por exemplo.
A partir daí, Ibope e Datafolha divergem muito, o que dá ensejo, mais uma vez, às análises de que um dos dois, ou os dois, erraram novamente a previsão.

Os casos mais flagrantes de divergência nos números se dá na análise regional. Enquanto Datafolha aponta uma vitória de Aécio por 55% a 34% no Sudeste, o Ibope diz que o placar seria 48% a 38%. Assim, a vantagem tucana varia de 10 a 21 pontos a depender do instituto.

OUTRA CONTRADIÇÃO NO SUL

No Sul, os números se contrariam ainda mais. No Datafolha, Aécio vence por 50% a 41% dos votos totais. No Ibope, por outro lado, a vitória é por 61% a 33%. Com isso, o tucano teria nove pontos de vantagem em um instituto, e 28 pontos no outro.

No Nordeste, os institutos concordam, dentro da margem de erro, que é de dois pontos para mais ou para menos nos dois levantamentos. Aécio varia de 31% no Datafolha para 32% no Ibope. Dilma, de 60% no Datafolha para 59% no Ibope. No Norte e no Centro-Oeste a comparação não é possível pois, enquanto o Datafolha separa as duas regiões, o Ibope soma seus percentuais.

Na avaliação por idade, as divergências também aparecem. Entre os eleitores que possuem de 25 a 34 anos, Dilma vence numericamente no Datafolha, por um placar de 47% a 45%, embora empatados na margem de erro. Já no Ibope, o tucano é quem vence: 48% a 42% sobre a petista.

Quando considerado o porte dos municípios, outra divergência nítida. Nas cidades com mais de 500 mil habitantes, Aécio soma 48%, contra 38% de Dilma no Datafolha. No Ibope, o tucano vence por 44% a 42%. A diferença, portanto, varia 10 pontos para apenas dois.
14 de outubro de 2014
Ricardo Corrêa
iG Minas Gerais

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