"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A HORA DA REJEIÇÃO




“Unidos façamos,
Nessa luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!”

Valeria à pena o retorno dos acordes da sinfonia que tempos atrás empolgou o mundo, acendendo nos trabalhadores a chama da revolta e da determinação de extinguir para sempre a opressão das elites sobre as massas, dos ricos sobre os pobres, dos arrogantes sobre os humildes.
Desafortunadamente, não se canta mais a “Internacional”, tendo sua inspiração se diluído no torvelinho das ambições, injustiças e desacertos promovidos pelo pior dos períodos jamais vividos pela Humanidade, o atual.
Porque mais solerte do que os tempos da barbárie, da Inquisição e do colonialismo, das guerras de conquista e da prevalência dos privilegiados sobre os valores da pessoa humana, prevalece hoje a acomodação dos povos diante dessa praga que marcou a passagem do Século XX para uma época condenada a transformar-se na fogueira que consumirá o planeta.

Em poucos anos, por falta de reação, estaremos condenados tanto à fome, à miséria e à doença, mas em especial a essa muito mais nefasta verdade absoluta de que devemos continuar cedendo, por força da dominação mais intensa das minorias absolutistas sobre as massas inertes, insossas e inodoras em que nos transformamos. Não obstante as ilusões impostas pelo avanço tecnológico que nos confunde, a verdade é que perdemos todos os dias um pouco mais da noção de importância, de independência e de liberdade devidas a quantos nasceram irmanados pela condição inerente a todos, da igualdade.

É este o nó que precisamos desatar acima de embustes e velhacarias. O trabalhador, ou seja, o ser humano, precisa livrar-se de seus falsos dominadores, estejam nas engrenagens do Estado que criaram, nas estruturas da economia por eles desenvolvida ou mesmo nas fantasias de que necessitamos sofrer e servir nesta vida para auferirmos as benesses de uma outra, duvidosa e ilusória.

Traduzindo toda essa confusa introdução, torna-se necessário um grito de revolta contra a empulhação a que somos submetidos. Acima e além de Dilmas, Aécios e Marinas, a hora é da sublevação contra a ordem estabelecida pelos dominadores.
Nada de destruir para construir depois, fórmula que tem dado errado através dos séculos. Simplesmente, rejeitar. Não compactuar. Deixá-los sentir a própria fraqueza. Sem o trabalhador para obedecer, desmontaria-se o castelo de cartas erigido sobre seus ombros. “Unidos façamos, nessa luta final, uma terra sem amos. A Internacional.”

10 de outubro de 2014
Carlos Chagas

Nenhum comentário:

Postar um comentário