"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

EM VÍDEO, GRAÇA SALGUEIRO EXPLICA O FORO DE SÃO PAULO


SE VOCÊ QUER SABER O QUE AS FARC REPRESENTAM PARA O POVO COLOMBIANO,

SE VOCÊ QUER SABER TUDO SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE FARC E PT,

SE VOCÊ DESCONHECE AS METAS DO FORO DE SÃO PAULO, 

SE VOCÊ NUNCA OUVIU FALAR QUE LULA E FIDEL SÃO OS PAIS DO FORO DE SÃO PAULO,

ENTÃO ESTÁ NA HORA DE OUVIR GRAÇA SALGUEIRO.

GRAÇA ESTUDA O ASSUNTO HÁ MAIS DE
VINTE ANOS. 

https://www.youtube.com/watch?v=n9VxhtbynQg&feature=player_embedded

31 de julho de 2014

 

LULA E A BAIXARIA DIGNA DA SARJETA MORAL: "ANALISTA DO SANTANDER NÃO ENTENDE P... NENHUMA!"

Artigos - Governo do PT
Lula não tem jeito mesmo! Quando ele discursa metido a bravo contra adversários, parece que estamos assistindo a baixarias de botequim, principalmente quando todo mundo está de cara cheia.
Agora é a vez dele baixar o nível contra a analista do Santander que emitiu a nota dizendo o óbvio: o mercado sobe quando Dilma desce, e cai quando Dilma sobe. E como é que os petistas queriam que fosse diferente? Um governo que usa seu poder de pressão financeira para chantagear empresas é evidentemente um perigo para toda a iniciativa privada.
Mas socialistas vivem brigando com a realidade e se rasgam de ódio quando alguém lhes mostra os fatos. como diria Glenn Beck, Por isso, a cúpula petista pressionou o Santander para voltar atrás e demitir sua funcionária. Por parte do PT, uma mistura de rancor, ódio e despeito, como sói ocorre quando falamos da extrema-esquerda.
Em estilo boca-do-lixo, Lula disse o seguinte em uma plenária da CUT ao falar da analista do Santander:
Essa moça que falou [isso] não entende porra nenhuma de Brasil e de governo Dilma Rousseff. Manter uma mulher dessas em cargo de chefia é sinceramente… Pode mandar embora e dar o bônus dela pra mim, que eu sei como é que eu falo.
Não há palavras para descrever o quão baixo esse sujeito desceu. Mais uma vez, diga-se de passagem. Ele foi mais grosso que papel de enrolar prego.
Antes, é preciso lembrar que todos os petistas criaram a seguinte regra para lançar um shaming contra aqueles que mandaram um VTNC para Dilma na abertura da Copa do Mundo: (1) Quem xinga uma mulher e (2) Usa de palavrões é [escreva todos os adjetivos de shaming que conseguir, incluindo "cretino", "mal-educado" ou coisas do tipo], e demonstra a falta de educação da elite branca.
Mas foi exatamente isso que ele acabou de fazer contra a analista do Santander. A diferença é que as vaias contra Dilma ecoavam uma posição de grande parte dos brasileiros, enquanto as baixarias do PT contra a analista do Santander atendem aos interesses dos líderes do partido.
E agora eles não podem dizer que “se enganaram” nas palavras. Mais uma vez um líder petista pede a demissão de uma funcionária do Santander apenas por ela ter apontado os fatos. Estão agindo como a escória do governo venezuelano.
Não podemos deixar de mencionar a piada involuntária, onde um sujeito sem estudos (mesmo que tenha tido todas as oportunidades do mundo para estudar) diz entender mais de economia do que um profissional que estudou por muitos anos sua área de atuação. E tudo isso sem dizer os erros cometidos pela analista. Foi só na gritaria “não entende porra nenhuma, não entende porra nenhuma, eu entendo mais, eu entendo mais” que parece discurso de hospício.
É hora de superarmos a baixaria petista e encararmos de frente esse totalitarismo típico de ditadores cubanos e russos.
Como sabemos, os petistas também foram atrás da Empiricus, empresa de consultoria independente que também foi censurada pelo partido ao divulgar os fatos.
Pelo menos, o cofundador da Empiricus, Felipe Miranda, e autor do relatório “O Fim do Brasil” (que fez o PT babar de ódio), deu uma entrevista ao InfoMoney mostrando a extrema gravidade de toda situação de opressão governista à livre expressão.
Leia a entrevista:
 
IM – Depois destes episódios recentes e particularmente com a decisão da Justiça de mandar tirar a campanha do ar da Empiricus, você acha que a liberdade de expressão, de forma geral, está ameaçada?
FM: Sim, com certeza. O que você viu com o Santander e com a gente foi uma censura muito grave. Agora os bancos, em geral, já estão adotando novos procedimentos para se relacionar com seus clientes a respeito de eleições. Então a liberdade de expressão já está prejudicada gravemente. Isso é algo muito sério e preocupante para o nosso país.
IM – Era essa a intenção do governo em sua opinião? Você acha que tem um terror que inibe as pessoas e instituições a fazerem críticas?
FM: Esse é um governo que já provou não aceitar críticas. E quem não aceita críticas não caminha para frente. Só ouvindo elogios e censurando as críticas, como eles terão um bom diagnóstico da situação? Tem que ouvir e admitir os erros, afinal, ficar só se elogiando e barrando o resto é fácil.
IM – O que você tem a dizer da declaração em que o Lula diz que “a analista do Santander não entende porra nenhuma do Brasil”?
FM: Eu sabia que o Lula sabe tudo sobre o país, sobre o continente, sobre o planeta e sobre a galáxia, mas não sabia que ele entende mais de ações do que uma analista que estudou isso a vida inteira.
IM – Há boatos (não confirmados pelo banco, mas sim vindos do PT) de que uma pessoa, que foi a responsável pelo relatório, foi demitida. Se for verdade, o que você acha disso?
FM: Um grande absurdo. A analista não fez nada. O que estava escrito no relatório era uma simples decorrência lógica do que tem acontecido e que todo o mercado já sabe. Se o banco a demitiu, isso prova que a instituição é governada por outros interesses, e não apenas em prol dos clientes. O cliente agora ficou na mão e não foi priorizado. A analista teve uma atitude louvável e se ela foi demitida eu poderia até estudar sobre ela vir trabalhar aqui. Claro que uma contratação não passa apenas pela boa ética, que ela já mostrou ter, mas sou totalmente simpático a esta ideia.
IM – Você considera toda a repercussão que deu o caso positiva para vocês? É uma espécie de mídia espontânea bem-vinda ou vocês estão preocupados com alguma atitude mais rígida por parte do governo?
FM: De forma alguma. Eu não acho nada disso bem-vindo. Eu fiquei decepcionado e triste em ter a liberdade expressão cerceada por um governo que não aceita críticas. Pelo que parece, hoje é proibido dar opinião. Muito ruim e muito triste tudo isso.
IM – Vocês estão se sentindo pressionados pelo PT? Se sim, a Empiricus pode se curvar à essas pressões em algum momento?
FM: Jamais. Não vamos nos curvar a ninguém, a não ser que seja na marra. Mas, neste caso, já estaremos caminhando rumo a uma Venezuela, de fato. No momento que eu parar de dar as minhas opiniões eu acabo com a empresa, afinal, ela nasceu para isso. No caso do Santander é diferente.
IM – Agora mais voltado ao relatório que você escreveu. O PT disse que vocês tentam assustar as pessoas para vender consultoria. Você acredita no que escreveu? Você realmente acha que o Brasil vai acabar?
FM: Quem está assustando as pessoas são eles, com a estagflação. Inflação acima de 6,5% e crescimento abaixo de 1%. Isso sim assusta. No meu texto houve uma metáfora, não é o fim do Brasil de forma literal. Quem leu o relatório sabe disso, então isso que o PT falou não faz o menor sentido. O que eu falo é o fim do Brasil que foi construído em 1994 com o Plano Real e consolidado em 1999 com a criação do tripé econômico. É esse Brasil que está acabando, afinal tudo isso está sendo ignorado. Tudo que foi construído está sendo destruído. Essa afirmação do PT é descabida. E outra coisa. Essa é a minha análise. Quem concordar compra a ideia, quem não concordar não compra, mas eu tenho o direito de escrevê-la.
IM – A Justiça mandou tirar a campanha do ar, mas, ao abrir o site de vocês, a primeira coisa que aparece é justamente a campanha. Por que ela não foi tirada do ar?
FM: Há uma liminar concedida pela Justiça falando das campanhas pagas envolvendo eleições. Então o TSE mandou tirar os banners que tinham menções positivas sobre o Aécio Neves e a que falava “como se proteger da Dilma”. No entanto, a análise econômica “O Fim do Brasil” não tem nada a ver com isso. O link dava para ela, mas é apenas uma análise econômica. O problema foi só os banners envolvendo o nome dos políticos. Sobre o “Fim do Brasil”, eles podem até tentar tirar do ar, mas seria algo descabido, afinal, é uma análise econômica.
IM – Vocês esperavam toda essa repercussão?
FM: Não. Quer dizer, eu esperava uma grande repercussão sim, mas não essa censura e esse terrorismo todo. De jeito nenhum. O que nós e o Santander fizemos foi algo totalmente natural.

Perfeitas palavras. Esse ao menos não abaixou a cabeça para um bando de censores que representam o maior atraso possível para uma democracia.
Eu não li o relatório da Empiricus (e vou fazê-lo em breve), mas defendo até a morte o direito deles se expressarem. Em termos de defesa da liberdade de expressão, eu e os ultra-esquerdistas estamos em pólos opostos.
 
31 de julho de 2014
Luciano Ayan

MAU NEGÓCIO

 

E o Pizzolato, hein? Alguém se lembra dele? É aquele condenado no processo do Mensalão que, julgando-se mais esperto que os outros, escapou do país com passaporte forjado ― emitido em nome de um parente morto havia décadas.
Sentenciado a quase treze anos no xilindró, valeu-se da dupla cidadania ítalo-brasileira e correu para a pátria-mãe. Por certo, imaginou ser acolhido de braços abertos, como bom filho que a casa torna.
 
Prisioneiro 3
 
Enganou-se. Apanhado pela polícia peninsular, está encarcerado em regime fechado há quase seis meses, longe de parentes e amigos, sem perspectiva de sair tão já. Protocolarmente, o governo brasileiro requereu sua extradição, mas não se tem notícia de que haja profundo empenho em trazê-lo de volta tão cedo.
 
Na verdade, a presença em território nacional de um provável detentor de detalhes incômodos poderia ser embaraçosa para antigos companheiros.
No Brasil, como se sabe, todos dão entrevista, desde presidente e juíz até traficante, arruaceiro e prisioneiro. Já pensou se o homem, ressentido, dá com a língua nos dentes e revela tenebrosas transações?
Quanto mais tarde voltar, melhor.
O cidadão binacional fez mau negócio. Enquanto seus companheiros de infortúnio já tiveram suas multas quitadas e estão a caminho da liberdade, signor Pizzolato ainda pode bem amargar longos meses de cadeia italiana. Anos até. E sem os privilégios da Papuda.
 
Interligne 18b
 
Obs: Artigo da Folha de São Paulo deste 31 de julho informa que ― será coincidência? ― os petistas condenados no Mensalão foram os primeiros a quitar sua dívida para com a Fazenda Nacional. Já o fugitivo ausente do território ainda carrega o peso da multa estipulada no ato condenatório.
 
31 de julho de 2014
José Horta Manzano

CINISMO, DESACATO... POUCA VERGONHA.

“Se juntar todos eles, não dá uma pessoa tão honesta que nem eu”.

Ex-presidente Lula, comparando a sua honestidade com a dos membros da oposição

31 de julho de 2014

A REORGANIZAÇÃO DO FUTEBOL

A estrutura arcaica do futebol brasileiro, que compromete a gestão de clubes e federações e praticamente todas as atividades ligadas ao esporte, está sob pressão dos maiores interessados em mudanças. Os atletas são os líderes de um movimento nacional contra a precariedade das administrações, as falhas nos calendários de competições e o desprezo até mesmo por direitos trabalhistas.

Mas suas atitudes, que em síntese pregam a democratização do futebol, não são de interesse apenas dos diretamente envolvidos nas questões em debate. São do interesse da sociedade e de todos os que sustentam o futebol como entretenimento, como paixão e como patrimônio cultural do país.

Todos arcam com os custos da incompetência, mantida invariavelmente por dirigentes que se perpetuam nas entidades, repetindo erros, acumulando dívidas e maltratando o mais popular dos esportes. N

esse contexto, é inaceitável que o débito total dos clubes com o setor público tenha chegado a fantásticos R$ 4 bilhões. É uma conta paga pela população, pois os danos são compartilhados entre todos.
Os clubes devem impostos, recolhimentos previdenciários, Fundo de Garantia e outras contribuições, como se fizessem parte de um grupo protegido pela impunidade. A irresponsabilidade, agora denunciada com ênfase pelo Bom Senso Futebol Clube, vem fragilizando as entidades e suas relações com atletas, torcedores, patrocinadores e comunidades.

Não há como confiar em clubes que mantêm, em alguns casos por décadas, os mesmos dirigentes. Estes mandatários, por sua vez, são os que eternizam os mesmos nomes no comando de federações regionais e da CBF. É ilusório pensar que os desmandos daí decorrentes prejudicam apenas o futebol.

A desorganização, muitas vezes sob a suspeita de irregularidades graves, conspira contra os interesses do público, das empresas e das instituições que sustentam, de alguma forma, as atividades esportivas.

Também é enganoso almejar mudanças a partir das federações e da confederação nacional. As transformações, que poderão desencadear reformas nas estruturas da ponta da pirâmide, devem começar pela base, pelos clubes de todas as divisões, que são o verdadeiro patrimônio do futebol.

São os clubes que investem na formação de jogadores, nas categorias de base, e tentam preservar vínculos com torcedores.
A maioria depende agora da solução de questões imediatas, como a renegociação das dívidas com o governo, desde que se submetam também a obrigações.

Entidades que não cumprirem exigências elementares da boa gestão devem ser responsabilizadas. É a vez de também os mantenedores do futebol se submeterem a penalidades impostas a qualquer atividade. A democratização, que exige igualmente maior participação dos associados dos clubes nas decisões, além de reformas nos critérios de escolha dos dirigentes da CBF, poderá finalmente sepultar um corporativo, que busca muito mais a perpetuação de poder nas entidades do que a prosperidade do futebol.

 
30 de julho de 2014
Editorial Zero Hora

POLÍTICA DO COTIDIANO, DO JORNALISTA CLAUDIO HUMBERTO

“Se juntar todos eles, não dá uma pessoa tão honesta que nem eu”Ex-presidente Lula, comparando a sua honestidade com a dos membros da oposição


JANOT OPERA PARA NOMEAR AMIGO

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot opera, nos bastidores, para nomear Eugênio Aragão ministro do STF na vaga que será aberta com a aposentadoria de Joaquim Barbosa. Janot anda com prestígio em alta no Planalto após ter arquivado representação que pedia investigação do Conselho de Administração da Petrobras, chefiado pela presidente Dilma na compra superfaturada da velha refinaria de Pasadena (EUA), em 2006.

VAPT-VUPT

Logo que tomou posse na Procuradoria-Geral, Rodrigo Janot nomeou o amigo Eugênio Aragão no cargo de vice-procurador-geral eleitoral.

FEZ AQUELA MÉDIA

Foi bem visto por Dilma o recálculo sobre planos econômicos apresentado por Janot, que rasgou parecer de 2010 de Roberto Gurgel.

JUNTOS NA CAUSA

O parecer de Rodrigo Janot vai ao encontro da tese do governo, favorável aos bancos. O julgamento do caso no STF deve ficar para depois da eleição.

PRETERIDO

Eugênio Aragão, que circula bem entre núcleos petistas, já tentou virar ministro no Superior Tribunal de Justiça, mas acabou preterido para vaga.

DILMA TENTA SE DESCOLAR

O governo “plantou” nos jornais de ontem correção importante no seu discurso sobre o Oriente Médio: destacou que a presidente Dilma qualifica de “massacre” e não “genocídio” o que ocorre em Gaza, em razão da ofensiva israelense. Dilma isola e se descola do aspone lulista Marco Aurélio “Top-Top” Garcia – que usou a expressão “genocídio”, provocando reação de Israel e fazendo do Brasil motivo de chacota.

ANÃO É O ‘TOP-TOP’

O governo de Israel chutou o pau da barraca e chamou de “anã” a diplomacia brasileira por saber que “Top-Top” Garcia a lidera de fato.

VERGONHOSO

Estreito, atrasado, trapalhão, Marco Aurélio Garcia jamais foi diplomata, mas define a política externa desde o governo Lula.

MEDO CÚMPLICE

Subservientes, os diplomatas assistem Marco Aurélio Garcia esfacelar o prestígio construído pela Itamaraty ao longo de mais de cem anos.

USO DA MÁQUINA

A Coligação Muda Brasil representou no TSE contra a presidente Dilma por bate-papo com internautas sobre Mais Médicos no Facebook, em horário de expediente e feito do Palácio da Alvorada, com críticas a Aécio Neves.

QUEM SABE

O presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), que levou “bolo” ontem do deputado André Vargas, ainda tem esperanças em um depoimento do ex-petista: “Ele ainda pode depor a qualquer momento”.

HABEMUS PAPA

O papa Francisco, que apelou com veemência por paz no Oriente Médio, poderia tentar negociar com Israel e Hamas. Difícil, mas não impossível: com Lech Walesa, João Paulo II foi decisivo pra derrubar o Muro de Berlim.

FICHA-SUJA

O TRE-DF tem até 10 de agosto para responder pedido de impugnação, impetrado pelo PSOL, contra José Roberto Arruda, acusado na Operação Caixa de Pandora, da PF. A sigla exige aplicação da Lei da Ficha Limpa.

BRIGA ELEITORAL

No Amazonas, aliados do governador Omar Aziz (PSD) não desistiram de tentar retirar o adversário Francisco Praciano (PT) da disputa ao Senado. O petista foi o deputado mais votado do Estado nas eleições de 2010.

CONTRA BENESSES

O Comandante Adonis (PSD-RJ), mais conhecido por pilotar a aeronave na ação que matou o traficante “Matemático”, diz não ter se candidatado a deputado para obter vantagens: “Minha história está associada a trabalho e honra”.

CORRIDA DO CADEIRANTE

Apesar de anunciar agendamento de horário no site, a Shalom rádio-táxi, em Brasília, negou reserva para levar cadeirante ao hospital para consulta. Atendente disse que reserva é só para aeroporto e rodoviária.

DENÚNCIA

O MPF investiga a contratação pela Assembleia Legislativa, por dispensa de licitação, de veículos de comunicação que seriam vinculados a Edivan Amorim (PR), irmão do candidato ao governo Eduardo Amorim (PSC-SE).

POÇO DE MÁGOAS

Apesar do apoio de Luiz Fernando Pezão à reeleição da presidente Dilma, o PMDB no Rio de Janeiro garante que o rompimento com o PT é definitivo.


PODER SEM PUDOR

PALESTRANTE PROLIXO

Vice-governador de Pernambuco nos tempos da ditadura, Barreto Guimarães foi convidado a fazer um perfil de Duque de Caxias pelo Clube de Diretores Lojistas do Recife, que sempre homenageava o Exército Brasileiro na sua reunião na última semana de agosto. Advertido da prolixidade do convidado, o presidente da entidade cercou-se de cuidados: abriu a reunião cedo, aprovou os assuntos da pauta por silêncio dos presentes e dispensou a leitura da ata da reunião anterior.

E mandou servir o almoço assim que Guimarães começou a falar. Mas cometeu o erro de subestimar o apreço do palestrante pelos holofotes. Já estava sendo servido o cafezinho, quando o vice-governador parou, tomou um gole d'água e prosseguiu:

- E, então meus amigos, era Luiz Alves de Lima e Silva, alferes...

Neste dia, teve loja do comércio do Recife que só reabriu às 15h.

 
31 de julho de 2014

UM MILAGRE, PAPA FRANCISCO!

Novalis, poeta e teórico político conservador do século 19, afirma que a Igreja foi o modelo de todas as sociedades. Segundo ele, as pessoas comuns encontravam na vida católica "proteção, respeito, escuta". De fato, em milênios ela inspirou povos e governantes, nem sempre de modo esplêndido (a Inquisição, no setor judiciário).
Não existe poder moderno sem que os hierarcas tenham indicado as vias e as técnicas de comando. Max Weber adianta que os processos burocráticos de governo nasceram na Cúria, com a centralização do mando pelo papa. Carl Schmitt, discípulo conservador de Weber, mostra que a catolicidade instaura a hegemonia do mando executivo, portador da suprema decisão (plenitudo potestatis papae) acima dos bispos.
A máquina jurídica e religiosa, construída racionalmente, venceu as doutrinas conciliaristas que davam aos pastores reunidos peso maior do que ao romano pontífice.

A tenaz oposição ao absolutismo papal, sobretudo após Lutero, inspirou as lutas contra o mando irrestrito dos reis e gerou as teses sobre a monarquia limitada. Exemplo dessa campanha temos na Franco Gália, tratado calvinista de François Hotman (1574). O parlamentarismo sempre foi avesso ao Executivo, combatendo-o na figura católica ou na tese laica do direito divino dos reis.

O cardeal Caetano (Auctoritas Papae et Concilii sive Ecclesiae Comparata, 1511) exemplificara a dificuldade de conduzir os cristãos ao acordo entre papa (iudex ordinarium omnes, juiz comum de todos) e bispos. Um defensor da Igreja contra o Estado civil, o cardeal Bellarmino (ele causou longas digressões de Hobbes no Leviatã) pondera que "a monarquia temperada é melhor do que a pura" (De Summo Pontifice).
O poder petrino sobre as igrejas é reforçado em 1870, no dogma da infalibilidade. Weber nele enxerga a base da organização curial, cujos diplomatas modelaram o acordo entre a Santa Sé e Mussolini, mais a desastrosa Concordata de Império com Hitler.

O absolutismo do papa sofre quebras no Vaticano II, mas é refeito pela mente cálida de João Paulo II e mostra sua fragilidade sob Bento XVI, o que possibilita a eleição de Bergoglio.

Marco Politi, respeitado na academia e na imprensa, acaba de publicar um estudo sobre os desafios do novo líder (Francesco tra i Lupi - Il Segreto di una Rivoluzione). Ele expõe o pontificado de Bento XVI e narra a conduta de Bergoglio à frente da Igreja argentina.

No argentino ressalta o trabalho do bispo com seus padres e leigos. Após sumarizar os eventos que abalaram o trono pontifício, Politi descreve com saber maquiavélico o que chama de "golpe de Estado" cometido por Ratzinger. Maquiavélico: poucos cientistas políticos perceberam, com semelhante acume, os atos de um papa contra a Cúria tingida pela corrupção, sede de poder, baixa cortesania.
Ao perder o controle, Bento XVI, no sigilo e com frio cálculo do tempo (O Príncipe teoriza esses elementos de modo ímpar), aplica o golpe perfeito. Se o Vaticano está dividido entre potentados da púrpura, terminemos as escaramuças entre eles e o trono. Com a renúncia, todos devem entregar os cargos, o que permite ao novo líder administrar a guerra intestina.

Após a descrição do golpe papal, digna de Gabriel Naudé, Marco Politi analisa a rede das Igrejas nacionais e seus líderes no conclave. Ele expõe o desejo dos hierarcas de atenuar o centralismo católico. Capítulo importante é o quinto, O fim da Igreja imperial.

A escolha de Francisco significa a retomada do colégio eclesiástico, porque não é mais possível admitir que os "bispos sejam meros prefeitos, subordinados a um pontífice monarca".
Politi mostra o projeto, assumido por Bergoglio, de refazer o programa conciliar, estabelecendo comissões de consulta às Igrejas locais na busca de apurar temas da fé, da disciplina, costumes. Questionários foram distribuídos pelo mundo católico para ouvir os fiéis e sua hierarquia. O autor exagera a novidade de tais procedimentos.

Em texto publicado na Revista de Economia Mackenzie (Reflexões sobre Impostos e Raison d'État, 2003), exponho o caso dos questionários presentes no Livro do Estado de Almas, feito sob a égide de Carlos Borromeu (1538-1584). Neles a Igreja tem um guia para saber a condição econômica, higiênica, social e religiosa dos católicos.

As fichas são bem elaboradas e, diz um especialista de hoje, "só falta o computador" para sintetizar rapidamente os resultados. Depois, a técnica dos questionários serve aos soberanos civis como instrumento de sondagem para fins de impostos, controle e segurança, etc.

Mesmo com a crise do Dictatus Papae, mudar o sentido do mando é difícil. Como observa Politi, "a ideia de uma hierarquia onipotente, que nunca erra, está profundamente enraizada na autocompreensão da Igreja Católica. Pio XII, no exercício do seu poder, gostava de enunciar: 'Não quero colaboradores, quero executores'".

É a dura realidade que analiso em minha tese de doutoramento, Brasil, Igreja contra Estado (1979), odiada pela direita e pela esquerda eclesiásticas. Ainda em 2014 haverá um Sínodo com agenda precisa e, nele, emissários das conferências episcopais, "vindos de vários continentes, poderão exprimir-se com clareza sobre pontos específicos".

Francisco deve responder, com atos e doutrina, ao repto do conservador De Maistre: "Se não há centro nem governo comum, não pode existir unidade nem, por conseguinte, Igreja universal (ou católica), pois nenhuma igreja particular tem o meio constitucional de saber se ela está em comunhão de fé com as outras"(Du Pape). O pastoreio deve manter a universalidade da Igreja, protegendo as nações e os indivíduos. A Igreja é modelo de toda sociedade.

Caso Francisco seja bem-sucedido, talvez Brasília, demoníaca cúria sem Deus nem lei, bastião do absolutismo centralizador, escute os povos que habitam suas terras. Então, poderemos falar em democracia e federalismo. Por tal milagre, Francisco mereceria a glória dos altares...

 
30 de julho de 2014
Roberto Romano, O Estadão

DILMA E SEUS FANTASMAS

Presidente volta a culpar 'pessimistas' por economia ruim, mas não dá nome a bois nem trata de motivos

"ESTÁ HAVENDO o mesmo pessimismo que aconteceu com a Copa com a economia brasileira. E com a economia é mais grave, porque economia é feita com expectativa", disse a presidente na sabatina promovida por esta Folha.

Quem é pessimista? Falta um sujeito na afirmação. Dilma Rousseff jamais deu nome aos bois ou a seus fantasmas desde que essa sua queixa se tornou recorrente, no ano passado.

O que é pessimismo? No discurso de final de ano de 2013, a presidente insinuou que pessimistas promovem "guerra psicológica", "instilam desconfiança, especialmente desconfiança injustificada" no país.

Desde o final do ano passado, cerca de 60% dos eleitores entrevistados pelo Datafolha estimam que a inflação vai aumentar. São "pessimistas", acreditam que o futuro será pior do que é razoável esperar?

Caso se aceite a hipótese do "pessimismo", o eleitorado teria sido influenciado por campanhas de "setores" que promovem "guerra psicológica"?

Os principais disseminadores de estimativas são economistas de consultorias e bancos, uma centena deles ouvidos semanalmente pelo Banco Central (aliás, precisam acertar seus chutes informados a fim de ganhar a vida). A previsão mediana deles é de ligeira queda da inflação em 2015. É verdade que, desde o início do ano, o pessoal cortou a estimativa de crescimento pela metade, perto de 1%, neste 2014.

De certo modo, pode-se dizer que, na mediana, os economistas estavam mais "otimistas" em janei- ro. Aliás, é o que ocorreu nos anos Dilma, a cada início de ano: os economistas subestimaram a infla- ção e superestimaram o crescimento do PIB.

Pode-se não gostar desses economistas "do mercado" por motivos teóricos, políticos, estéticos ou sabe-se lá. Mas está difícil de dizer que suas estimativas difundam pessimismo. Sim, a maioria deles, os mais vocais, atribui parte dos maus resultados a Dilma. Essa, porém, é outra história (a "culpa"). O fato é que a realidade é ruim.

O grosso do eleitorado ficou inseguro com a economia, temendo mais inflação, depois de anos de alta do nível de preços de comida e bebida, em especial depois do pico de 14% de inflação desses itens, em abril de 2013. É mais fácil acreditar que o brasileiro sentiu na carne o efeito da carestia do que imaginá-lo deprimido com o noticiário econômico.

Redução da expectativa de lucro (devido a alta de custos) e tabelamentos de preços e ameaças de fazê-lo, fatos do Brasil dos últimos três anos, são assombrações para empresários. Baixo crescimento, fatos de 2011 e 2012, quando não havia "pessimismo" (ou queixas da presidente a respeito), também assustam.

Quando o Brasil crescia a 4%, anos Lula, mesmo a elite que detesta o PT (larga maioria) sorria ou ficava quieta em relação ao governo do partido. Dinheiro (quase) não tem cheiro. Aliás, mesmo nas internas do "empresariado", pouco se ouvia falar mal de Dilma até fins de 2012. O humor azedou em 2013.

Obviamente, muita gente quer aproveitar a má ocasião para dar cabo político do PT. Mas acreditar que houve surto de histeria coletiva ou conspiração é desprezar as durezas da vida e a inteligência da maioria da população.

 
30 de julho de 2014
Vinicius Torres Freire, Folha de SP

DRAMA ARGENTINO

As últimas horas foram de tentativa desesperada de evitar o calote argentino. O país pagou antecipadamente os US$ 650 milhões da primeira parcela devida ao Clube de Paris, organismo que reúne os representantes dos governos credores. É uma forma de provar que não quer ficar inadimplente. O gesto de alguns credores privados, de abrir mão da cláusula que os favorece, ajuda a negociação, mas não resolve.

É mais importante continuar a negociação em Nova York do que tentar conseguir em Caracas mais uma declaração do Mercosul a favor do país. Mas é isso que a presidente Cristina Kirchner tentará hoje. E seu ministro da Fazenda não foi a NY. Há algumas saídas para a Argentina evitar a terceira moratória de sua história recente, mas ela tem poucas horas.

Concretamente, esse grupo de credores que acenou com a possibilidade de abrir mão da cláusula que obrigaria a Argentina a dar a eles as mesmas vantagens que tiverem os fundos abutres não representa a totalidade da dívida reestruturada. Além disso, os fundos que atualmente ganharam na Justiça americana o direito de receber o valor total dos títulos que têm em mãos são apenas 10% dos que ficaram de fora da dívida reestruturada. Ou seja, a vitória deles incentiva esses outros credores a exigir o mesmo na Justiça. Explicando melhor: 93% da dívida foram renegociados, 7% ficaram de fora e, desses, 10% são os fundos que venceram na Justiça.

A boa notícia é que esse calote não tem o poder de contágio. Em outras crises da dívida, havia sempre uma fila de países em situação similar e, portanto, ocorria o efeito dominó. Agora, a situação da Argentina é isolada.

Por outro lado, o fato de um juiz distrital dos Estados Unidos ser capaz de levar um país à moratória cria em torno do caso argentino um interesse que vai muito além das suas fronteiras. Está em jogo também a confiança nos Estados Unidos como foro para a discussão judicial em acordos de reestruturação de dívida soberana. Como a Suprema Corte decidiu que não é tema para ser levado à última instância, os países ficam ao sabor de decisões de juízes regionais.

Em qualquer renegociação de dívida, um grupo sempre fica fora do acordo de renegociação. Ele, em geral, é formado por investidores que compraram os papéis quando o valor estava no fundo do poço, apostando no confronto. Se a Justiça lhes der ganho de causa, eles têm alto lucro. Tradicionalmente, a Corte de Nova York tem sido escolhida nos processos de renegociação de dívida em que há conflito.

O caso da Argentina cria insegurança jurídica para qualquer renegociação de dívida soberana, porque o que o juiz está determinando é o pagamento imediato e pelo valor de face à minoria que apostou na briga judicial. Os credores que brigaram terão mais benefício. O precedente criado pelo juiz Thomas Griesa pode fazer com que credores e devedores, em futuros processos de negociação, fujam da Justiça americana como foro de eventuais conflitos.

O lado tranquilizador da dívida é que o calote não será o estopim de uma crise regional. Seu peso recairá sobre os argentinos e pode também afetar a Venezuela, que tem muitas vulnerabilidades econômicas, mas não há motivo para que seja uma crise regional.

O Brasil terá mais dificuldades de exportar para a Argentina, o que reduzirá ainda mais a venda de manufaturados, aumentando a recessão da indústria. Mas o efeito será limitado a isso. Nós temos um déficit em transações correntes de quase 4% do PIB, mas US$ 370 bilhões de reservas cambiais e uma conjuntura econômica totalmente diferente daquela na qual se encontra o nosso parceiro e vizinho.

A Argentina está na kafkiana situação de tentar pagar aos credores privados americanos com os quais renegociou a dívida e a Justiça de Nova York bloquear o dinheiro, ameaçando arrestá-lo para o pagamento dos credores que não negociaram. O pagamento ao Clube de Paris está fora desse risco porque é em outra jurisdição. O risco de Default continua alto nas próximas horas. No cenário do calote, a situação da economia argentina piora mais um pouco, mas ela já é ruim o suficiente com uma inflação acima de 30% e o PIB estagnado. O governo argentino tenta uma saída para esse labirinto.

 
31 de julho de 2014
Miriam Leitão, O Globo

PENÚLTIMA BADALADA

Ainda há quem acredite que, antes da última badalada, a Argentina possa fazer um acordo com os credores que recusaram os termos da renegociação da dívida e, assim, escapar de novo default (calote), que, desta vez, pode ser mais desastroso; Mas essa hipótese é difícil de acontecer, pela camisa de força que o próprio governo argentino se impôs

Ainda há quem acredite que, antes da última badalada, a Argentina possa fazer um acordo com os credores que recusaram os termos da renegociação da dívida e, assim, escapar de novo default (calote), que, desta vez, pode ser mais desastroso. Mas essa hipótese é difícil de acontecer, pela camisa de força que o próprio governo argentino se impôs.

Apenas para quem está chegando agora, nesta quarta-feira, 30 de julho, vence o prazo imposto pelo juiz Thomas Griesa, de Nova York, para que a Argentina pague US$ 1,6 bilhão aos holdouts, os credores que recusaram as condições das renegociações da dívida que começaram em 2005. Correspondem a menos de 7% dos credores. Os demais aceitaram a troca de títulos que impôs perdas de 63% sobre o total devido.

Esses holdouts, que o governo Argentino chama de fundos abutres, recorreram à Justiça para serem pagos pela totalidade da dívida.

A presidente Cristina Kirchner avisou que não há concessão a fazer aos abutres e, nesta segunda-feira, uma nova delegação argentina viajou para Nova York com o recado de que só vai conversar com o mediador, Daniel Pollack, nomeado pelo juiz, e não com os credores.

A restrição original é a de que toda emissão de títulos de dívida deve definir um tribunal para dirimir eventuais conflitos de interesse. Nesse caso, foi acertado que o foro para isso é o de Nova York. Poderia ser outro, como o de Londres, Frankfurt ou de outra capital financeira.

Argumentar que o juiz Griesa, designado para presidir esse processo, violou a soberania do Estado Argentino ou tomou decisões inaceitáveis, implica exigir que a Justiça americana só profira sentenças favoráveis à Argentina e, nesse caso, não seria necessário juiz.

Não há, para casos de dívidas soberanas, nenhum acordo internacional que preveja procedimentos judiciais e critérios de prioridade de pagamento para casos de incapacidade de resgate de títulos, como acontece em casos de falência ou de recuperação judicial de empresas.

O próprio contrato dos títulos da Argentina inclui a cláusula Rufo (Right Upon Future Offers) com validade até 31 de dezembro de 2014. Ela determina que qualquer benefício acertado com uma parcela de devedores deve ser estendido para os demais. Os próprios advogados da Argentina vêm garantindo que não cabe flexibilidade na aplicação dessa cláusula.

Se concordasse em pagar mais aos abutres, como determinou o juiz, a Argentina estaria sujeita a um dilúvio de processos judiciais dos outros credores, que exigiriam igualdade de tratamento. Nesse caso, os termos da renegociação da dívida perderiam validade. Além de problemas com a nova quebra (default), a Argentina teria de enfrentar outro processo de renegociação.

As trancas a um acordo com os abutres não terminam aí. A Lei Ferrolho (Ley Cerrojo), aprovada pelo Congresso argentino, tratou de fechar todas as portas para um entendimento. Impede pagamentos a credores que não aceitassem a reestruturação da dívida. Além disso, o governo argentino está proibido, também por lei, de oferecer quaisquer benefícios não previstos na renegociação anterior.

Essas razões sugerem que não há nem saídas fáceis nem saídas rápidas. Mas ainda não soou a última badalada.


31 de julho de 2014

Celso Ming, O Estadão

CARNES VIVAS

Casais devotam aos filhos a mesma atenção obsessiva que um pesquisador dedica aos seus ratinhos de laboratório

Tive uma infância de príncipe. Passei longas horas na rua, sem supervisão parental, a fazer coisas que não lembram ao diabo. Isso na cidade.

No campo, o cardápio era melhor: torturava bichos, primos, vizinhos. Parti o braço (uma vez) e o pulso (idem). Tudo porque teimava em subir nas árvores, como um Tarzan de nove anos.

E, por falar em árvores, cheguei a construir uma casa rudimentar no cimo de uma oliveira --o supremo cliché, tirado de um romance de Mark Twain-- que aguentou apenas duas horas. Findas as duas horas, já eu estava no chão, com os joelhos em carne viva.

Às vezes pergunto o que aconteceria aos meus pais se o pequeno selvagem que eu fui pudesse reaparecer agora, neste 2014, sem freio nem controle. Provavelmente, seria exibido em uma jaula, como um King Kong pré-púbere, só para horrorizar a burguesia.

"Minhas senhoras e meus senhores, vejam com os próprios olhos, uma criança que gosta de brincar!"

Imagino a plateia, horrorizada, tapando os olhos dos filhos --ou, melhor ainda, ligando os tablets e anestesiando-os com a dose apropriada de pixels.

E a minha mãe, a única sobrevivente da minha biografia juvenil, estaria obviamente presa. Exagero? Não creio. Conta a "Economist" dessa semana que Debra Harrell, da Carolina do Sul, foi detida por deixar a filha de nove anos brincar no parque sem vigilância apurada.

Engraçado. Na década de 1950, uma criança tinha cinco vezes mais possibilidades de morrer precocemente (por doença, acidente etc.) do que uma criança do século 21. Mas os pais da "baby-boom generation" deixavam as suas crianças à solta, talvez por entenderem que uma criança é uma criança. Esses pais não eram, como diz a revista, "pais-helicóptero".

Expressão feliz. Conheço vários: casais que devotam aos filhos a mesma atenção obsessiva que um pesquisador dedica aos seus ratinhos de laboratório. Gostam de saber onde estão os filhos. O que fazem. Em casa de quem. E com quem. Como os helicópteros, estão constantemente a planar sobre a existência dos petizes.

E quando finalmente descem à terra, é a desgraça: correm com eles para aulas de música, caratê, natação, matemática, talvez física quântica. No regresso à casa, é ver esses pequenos escravos arrumados a um canto, mortificados e exaustos, antes de se recolherem aos quartos e as luzes serem apagadas como nos presídios.

Não sei que tipo de crianças os "pais-helicóptero" estão a produzir. Deixo essas matérias para os especialistas. E, confesso, a minha selvageria juvenil não é exemplo para ninguém: também eu já estou corrompido pelos ares do tempo e um filho meu jamais subiria a uma árvore sem eu chamar de imediato a associação de bombeiros para o tirar de lá.

Digo apenas que a profusão de "pais-helicóptero" é uma brutal amputação da infância e da adolescência. Para além de corromper a relação entre pais e filhos.

Sobre a amputação, não sei que adulto eu seria se nesses primeiros anos não houvesse a sensação de liberdade, mas também de percepção do risco, que me acompanhava todos os dias. Apesar dos ossos que quebrei, dores foram compensadas pela confiança que ganhei e pela intuição de que o mundo não é uma ameaça constante, povoado por sequestradores, pedófilos ou extraterrestres.

Mas os "pais-helicóptero" corrompem a relação essencial entre eles e os filhos. Anos atrás, o filósofo Michael Sandel escreveu um magistral ensaio contra o uso da engenheria genética para produzir descendências perfeitas.

O ensaio intitula-se "The Case Against Perfection". Dizia Sandel que se os pais pudessem manipular os fetos para terem superfilhos, estaria quebrada a qualidade essencial da parentalidade: o fato de amarmos os filhos incondicionalmente. Sejam ou não perfeitos. Os filhos são "dádivas", escrevia Sandel; não são um produto que obedece aos nossos caprichos.

Igual raciocínio é aplicável aos "pais-helicóptero": é natural desejar o melhor para os filhos. E um professor particular de matemática nunca fez mal a ninguém.

Não é natural ter com os filhos a mesma relação que existe entre um treinador e o seu atleta, como se a vida --acadêmica, pessoal, emocional-- fosse uma mini-Olimpíada permanente.

Na minha infância, as únicas medalhas que colecionei são as cicatrizes que trago no corpo. Não as troco por nada.

P.S. - Essa coluna sai de férias. Regressa a 26 de agosto

 
31 de julho de 2014
João Pereira Coutinho, Folha de SP

MEMÓRIAS DO FUTURO

Estou na clínica especial do Nada aqui neste ano remoto do futuro. Futuro de quê? Futuro de um futuro que o Brasil esperava havia vários séculos. Essas clínicas são chamadas hoje de “zonas de esquecimento”; viraram “hype” há mais de um século e hoje abundam.
 
31 de julho de 2014
Arnaldo Jabor, O Globo

QUANDO O ESQUEMA MIDIÁTICO DO TERRO ISLÂMICO CONTRA ISRAEL COMANDA O JORNALISMO GLOBAL.

ENTENDA POR QUE OS PINÓQUIOS DO HAMAS FAZEM SUCESSO NO BRASIL.


 
O professor Luiz Nazario, da Universidade Federal de Minas Gerais, publicou em seu blog, uma matéria muito interessante que revela por inteiro como funciona a máquina de propaganda do terror islâmico contra Israel e o povo judeu, mais precisamente no que se refere à reação do Estado de Israel contra os terroristas do Hamas que dominam a Faixa de Gaza e sua população.
 
Trata-se de informação preciosa que é escamoteada pela grande mídia internacional  dominada pelos esquerdistas (todos antissemitas) sabujos do terrorismo islâmico. O que se lê na grande mídia no Brasil e em qualquer lugar do mundo corresponde aos interesses do terrorismo criminoso contra o Estado de Israel e o povo judeu. E quem faz isso é a maioria dos jornalistas militantes da causa do movimento comunista do século XXI em sua cruzada suicida contra a civilização ocidental. Inclui-se aí, como não poderia deixar de ser, o governo lazarento de Lula, Dilma e seus sequazes do PT.
 
Transcrevo a parte inicial do texto do professor Luiz Nazario que também foi publicado pelo site Pletz, com link ao final para leitura completa. Leiam que vale a pena, pois isto é uma informação fundamental para compreender porque Israel vence a guerra contra o terrorismo do Hamas e perde a batalha da opinião pública que é moldada pelos meios de comunicação, ou seja, pelas mentiras veiculadas pelos grandes jornais e redes de televisão. O título original do texto de Nazario, é: “Os pinóquios do Hamas fazem sucesso no Brasil”. Leiam:
 
O MEMRI [The Middle East Media Research Institut] traduziu do árabe para o francês (que verto aqui para o português) um documento de extremo interesse para quem acompanha o conflito entre o Estado de Israel e os terroristas do Hamas, que controlam o território de Gaza, fazendo do povo palestino uma vítima das conhecidas barbáries perpetradas pelo fundamentalismo islâmico travestido de “resistência”:
 
MENSAGEM PARA OS ATIVISTAS DO FACEBOOK NO SITE DO MINISTÉRIO DO INTERIOR DO HAMAS
EXCERTOS DAS DIRETRIZES DO DEPARTAMENTO:
 
- Toda pessoa morta ou caída como mártir deve ser chamada de “civil de Gaza ou Palestina”, antes de especificar o seu papel na Jihad ou posto militar. Não se esqueçam de sempre acrescentar as palavras “civis inocentes” ou “inocentes”, referindo-se às vítimas dos ataques de Israel em Gaza.
 
- Comecem [seus relatórios sobre] as ações de resistência pela expressão “em resposta ao cruel ataque israelense” e concluam com a frase: “essas numerosas pessoas são mártires desde que Israel lançou sua agressão contra Gaza.” Sempre se certifique de manter o princípio: “o papel da ocupação é atacar, e nós na Palestina estamos sempre no modo reativo.”
 
- Tenham cuidado para não espalhar boatos de porta-vozes israelenses, especialmente aquelas que afetam o front interno. Cuidado para não adotar a versão [dos acontecimentos] da ocupação. Vocês devem sempre emitir dúvidas [sobre a versão deles], refutá-la e considerá-la como falsa.
 
- Evitem postar fotos de ataques de foguetes sobre Israel a partir dos centros da cidade de Gaza. Isso [serviria] de pretexto para atacar áreas residenciais da faixa de Gaza. Não publiquem ou não partilhem fotografias ou clipes de vídeo mostrando locais de lançamento de foguetes ou [as forças] do movimento de resistência na faixa de Gaza.
 
- Para os administradores de páginas de informações no Facebook: não publiquem fotos de homens mascarados com armas pesadas em grande plano, para que sua página não seja fechada [pelo Facebook] sob o pretexto de incitamento à violência. Em suas informações, certifique-se de especificar: “os obuses localmente manufaturados usados pela resistência são uma resposta natural à ocupação israelense que deliberadamente dispara foguetes contra civis na Cisjordânia e em Gaza”…
 
- Além disso, o Ministério do Interior preparou uma série de sugestões destinadas aos ativistas palestinos que interagem com os ocidentais através das mídias sociais. O Ministério sublinha que essas conversas devem diferir das trocas com outros árabes:
 
- Quando vocês falam para o Ocidente, devem usar um discurso político, racional e convincente e evitar o palavreado emotivo choramingas da empatia emocional. Alguns ao redor do mundo estão dotados com uma consciência; vocês devem manter contato com eles e usá-los em benefício da Palestina. O papel deles é provocar vergonha pela ocupação e expor suas violações.
 
- Evitem entrar numa discussão política com um ocidental para convencê-lo de que o Holocausto é uma mentira e uma enganação; por outro lado, associe-o aos crimes de Israel contra civis palestinos.
 
- A narrativa da vida em comparação com a narrativa do sangue: [falando] para um amigo árabe, comecem com o número de mártires. [Mas falando] para um amigo ocidental, comecem com o número de mortos e feridos. Certifiquem-se de humanizar o sofrimento palestino. Tentem retratar o sofrimento dos civis em Gaza e na Cisjordânia durante as operações da ocupação e seus bombardeios de cidades e vilas.
 
- Não postem fotos dos comandantes militares. Não mencionem seus nomes em público, não louvem os sucessos deles nas conversas com amigos estrangeiros! [1]
 
A “Mensagem para os ativistas do Facebook” postada no site do Ministério do Interior do Hamas revela com clareza que esse grupo terrorista possui uma estratégia de propaganda digna de um Josef Goebbels, mesclada, contudo, a uma ingenuidade que chega a ser infantil (Goebbels jamais divulgava publicamente suas estratégias de propaganda), que a torna ainda mais fascinante para os que sofrem de esquerdismo, essa “doença infantil do comunismo” (nas famosas palavras de Marx) e que adotam a estratégia proposta pelos terroristas islâmicos mesmo sabendo tratar-se de mentiras puras, distorções da verdade e falsificação dos fatos.
 
Especialmente no Brasil a estratégia perversa do Hamas alcançou um alto índice de popularidade junto à população letrada, sendo adotada por toda a esquerda idiotizada pela ideologia (a “falsa consciência”, na célebre definição de Marx), pelas “mídias independentes” e muito frequentemente pelas mídias de consumo, e agora até pelo próprio governo. Numa nota divulgada a 23/07/2014, o Itamaraty fez um de seus pronunciamentos mais lamentáveis, igualmente digno de Josef Goebbel.

Clique AQUI para ler a matéria completa no blog do Professor Luiz Nazario
 
30 de julho de 2014
in aluizio amorim

FELIPE MIRANDA, CO-FUNDADOR DA EMPRESA EMPIRICUS E AUTOR DO RELATÓRIO "O FIM DO BRASIL", PODERIA CONTRATAR FUNCIONÁRIA QUE O PT OBRIGOU SANTANDER A DESPEDIR

O que segue é parte do texto do site InfoMoney, que entrevistou o co-fundador da Empiricus Research, o autor do relatório analítico da economia brasileira intitulado "O Fim do Brasil", que pode ser lido e ouvido na íntegra aqui. Leiam
 
As ofensivas do PT e do governo contra o Santander e a Empiricus Research são o tema mais comentado no mercado financeiro nos últimos dias.
Os bancos e as casas de análise estão assustados com toda a repercussão dos casos e agora não se sentem mais confortáveis em falar sobre o governo, com medo de represálias.
Por ordem da Justiça Eleitoral, a campanha da Empiricus que envolvia Dilma teve que ser tirada do ar. Já petistas dizem que a funcionária responsável pelo relatório do Santander sedrá demitida.
 
Felipe Miranda, co-fundador e analista da Empiricus e autor do relatório “O Fim do Brasil”, que gerou toda a polêmica com o governo, afirmou, em entrevista ao InfoMoney, que tudo isso que está acontecendo é muito grave e ameaça a liberdade de expressão no país. “Eu fiquei decepcionado e triste em ter a liberdade expressão cerceada por um governo que não aceita críticas.
Pelo que parece, hoje é proibido dar opinião. Muito ruim e muito triste tudo isso”, diz.
 
O analista afirmou ainda que, caso a funcionária do Santander seja mesmo demitida, ela pode ir fazer uma entrevista para trabalhar na Empiricus - afinal, ela já teria mostrado ser corajosa e ética.
“Claro que uma contratação não passa apenas pelo boa ética, que ela já mostrou ter, mas sou totalmente simpático a esta ideia”, afirmou.

Felipe Miranda, o co-fundador da Empiricus Research e autor do relatório 'O Fim do Brasil', agora perseguido pelo PT. Foto InfoMoney
Confira trechos da entrevista e ao final clique no link para leitura completa:
 
IM - Depois destes episódios recentes e particularmente com a decisão da Justiça de mandar tirar a campanha do ar da Empiricus, você acha que a liberdade de expressão, de forma geral, está ameaçada?
 
FM: Sim, com certeza. O que você viu com o Santander e com a gente foi uma censura muito grave. Agora os bancos, em geral, já estão adotando novos procedimentos para se relacionar com seus clientes a respeito de eleições. Então a liberdade de expressão já está prejudicada gravemente. Isso é algo muito sério e preocupante para o nosso país.
 
IM - Era essa a intenção do governo em sua opinião? Você acha que tem um terror que inibe as pessoas e instituições a fazerem críticas?
 
FM: Esse é um governo que já provou não aceitar críticas. E quem não aceita críticas não caminha para frente. Só ouvindo elogios e censurando as críticas, como eles terão um bom diagnóstico da situação? Tem que ouvir e admitir os erros, afinal, ficar só se elogiando e barrando o resto é fácil.
 
IM - O que você tem a dizer da declaração em que o Lula diz que "a analista do Santander não entende porra nenhuma do Brasil"?
 
FM: Eu sabia que o Lula sabe tudo sobre o país, sobre o continente, sobre o planeta e sobre a galáxia, mas não sabia que ele entende mais de ações do que uma analista que estudou isso a vida inteira.
 
IM - Há boatos (não confirmados pelo banco, mas sim vindos do PT) de que uma pessoa, que foi a responsável pelo relatório, foi demitida. Se for verdade, o que você acha disso?
 
FM: Um grande absurdo. A analista não fez nada. O que estava escrito no relatório era uma simples decorrência lógica do que tem acontecido e que todo o mercado já sabe. Se o banco a demitiu, isso prova que a instituição é governada por outros interesses, e não apenas em prol dos clientes. O cliente agora ficou na mão e não foi priorizado.
A analista teve uma atitude louvável e se ela foi demitida eu poderia até estudar sobre ela vir trabalhar aqui. Claro que uma contratação não passa apenas pela boa ética, que ela já mostrou ter, mas sou totalmente.

Clique AQUI para ler a entrevista completa
 
30 de julho de 2014

ECONOMISTA CONCLAMA OS EMPRESÁRIOS A REAGIR CONTRA O PT

CASO SANTANDER FOI A GOTA D'ÁGUA E ACENDEU A LUZ VERMELHA!

https://www.youtube.com/watch?v=ZUqbup8NIZA&feature=player_embedded

Neste vídeo o economista e colunista de Veja, Rodrigo Constantino, conclama os empresários brasileiros a reagir contra a escumalha do PT, que trouxe de volta a inflação, detonando a economia brasileira.

Constantino, que também já foi analista de mercado e é palestrante constante de cursos de Economia e MBA e autor do best-seller "Privatize Já", alerta os empresários brasileiros que a mesma coisa aconteceu na Venezuela, onde os empresários aderiram ao chavismo cavando a sua própria sepultura empresarial. Muitos já tiveram que fugir daquele país depois que foram achacados pela bandalha comunista que, como é do conhecimento de todos, é irmã siamesa do PT.

Aliás, ao lado de Lula e Fidel Castro, o defunto caudilho Hugo Chávez, que cirou o "socialismo bolivariano", um foi um dos fundadores do Foro de São Paulo, organização comunista transnacional cujo objetivo é aplicar em todo o continente latino-americano o regime cubano.

30 de julho de 2014
in aluizio amorim
 
Recomendo e encareço, especialmente aos empresários, que vejam este vídeo.

"AGENDA" - O DOCUMENTÁRIO-BOMBA, AGORA COM LEGENDAS EM PORTUGUÊS

A REVELAÇÃO DE COMO AGE O COMUNISMO DO SEC. XXI. QUEM VÊ ESTE VÍDEO JAMAIS VOTARÁ EM CANDIDATOS DO PT!

https://www.youtube.com/watch?v=I0Aq5SQrIEg&feature=player_embedded

O famoso filme-documentário intitulado Agenda, agora está disponível com legendas em português e vale muito a pena ser visto. Mostra como o comunismo, como já afirmei em artigos aqui no blog, não desapareceu com o esfacelamento da ex-URSS e a queda do Muro de Berlim, apenas mudou radicalmente sua forma de ação. A guerra contra a democracia e a liberdade é travada de forma sutil e silenciosa, sem armas e sem bombas, por meio de uma doutrinação sistemática que se utiliza das próprias instituições democráticas para subvertê-las. É denominado "marxismo cultural".

O filme mostra como isso ocorreu e continua ocorrendo nos Estados Unidos. Entretanto, ao ver este documentário se constata que a mesma coisa acontece no Brasil aqui e agora, bem como em toda a América Latina e na Europa.

A ver este documentário vocês constatarão de forma absolutamente clara e evidente como tudo que é relatado coincide com o discurso e a prática dos governos do PT.

Por tudo isso, esse filme é imperdível. Não deixe de ver e compartilhar com todos os seus amigos e familiares.

http://lorotaspoliticaseverdades.blogspot.com/2014/07/agenda-o-documentario-bomba-agora-com.html


30 de julho de 2014
in aluizio amorim

FORAM ELES QUE INVENTARAM OS FOGOS

QUALQUER DIA NA METRÓPOLE

A tia o presenteara com o filhote de policial que ele batizou como "Tubarão". O menino brincava de subir mais alto nas mangueiras e goiabeiras. Lá de cima ele viu a cobra verde movendo-se  na grama em direção ao cachorro. Gritou então:

- Corre Tubarão! - acenando com a mão e perdendo o equilíbrio para a queda de uns dois ou três metros.

Zefinha, que catava feijão, ouviu o grito, olhou e viu a queda. Gritou alertando aos outros - "Julinho caiu da mangueira, socorro gente!" e saiu na carreira para acudir. Ele nem notou a queda.  O braço doía muito e estava torto. Percebeu e assustado, gemeu - "Quebrou!!" - quando Zefinha chegou consolando.

Tubarão nem notou a cobra. Estava a salvo e continuava rosnando, agitado, pulando em volta de um garrancho, logo ali, feliz como um filhote de bem com a vida, sem ligar pra mais nada.

- Pode andar? 
- Posso...
-Então levante... Eu ajudo.

A mãe, o pai, a tia estavam chegando e ele resolveu que não ia chorar. Que era um homem aos nove anos e podia aguentar a dor do braço quebrado. Contou da cobra verde... Tubarão... E tudo girou, ficou escuro quando o pai o abraçou para que o tio, puxando o braço quebrado, pusesse o osso no lugar, para  imobilizar com uma tala de madeira e ataduras.

Lembrava aqueles dias enquanto ouvia as bombas, tiros e gritos, sirenes lá embaixo, na praça. Dali podia observar quase tudo, como se estivesse no alto de uma mangueira, sem entender ainda por que a gente sempre estava brigando, dizendo ser em defesa do Brasil. 

Parecia brincadeira: contara até a entrada daquela 
"presidenta", a mais incompetente e enrolada dos 13 presidentes que  haviam dirigido a nação desde o "armistício" da II Guerra, isto é, se o dicionário não estiver errado, "suspensão da briga, sem por fim à guerra". A guerra continuava, picada, espalhada pelo mundo. Um dos milhares de atos estava ali, diante do seu nariz que sentia do fedor da pólvora e gazes.

Era patético ver, ouvir, ler as declarações daquela senhora, que aparecia na televisão apertando a mão de um trabalhador e logo a seguir limpando  a mão (do suor? do pó ou da fuligem? com nojo da aspereza, dos calos?) - daqueles que estavam na "linha de frente da batalha produtiva..."

Um discurso partido, ôco, sem sentido, sem casar com a realidade, brutalizando as leis e ignorando o senso de justiça comum às gentes... Um discurso que parecia coisa de pessoa em estado alterado de consciência... A droga era o Poder, prestígio, grana, roupas e jóias, carros e avião, segurança, viagens internacionais... Vaidade própria dos pobres de espírito.

O mundo aquele da infância estava bem ali na sua cabeça, como um filme ou uma lição distante, amorosa. Era o mesminho. Mas agora representado de forma caótica, longe dos ritmos naturais, longe dos sabores e cheiros agradáveis, diferentes do cheiro de pólvora e gazes. Um mundo onde os gritos, as sirenes e os tiros haviam substituído os murmúrios do vento, dos grilos, das cigarras.

Um mundo onde as palavras haviam perdido o sentido. A fé estava dividida. O dever, o respeito e o mérito sumidos... Passou as mãos nos cabelos brancos e pensou que não sairia à rua naquele dia. Era preferível  ouvir um pouco de música para alinhar os pensamentos com o sublime, o transcendental, enquanto ainda era possível.

Buscou o cd. Ligou o aparelho. Sentou-se relaxado tomando um tempo para si mesmo e deixou-se embalar pelos acordes que possivelmente poderiam ser proibidos  dali a alguns dias, como já proibiam a manifestação de pensamentos contrários ao pensamento coletivista.  

https://www.youtube.com/watch?v=OQpBQSOOups&feature=player_embedded

Quando ouviu as palmas, enxugou as lágrimas. Cochilou...
 
31 de julho de 2014
visão panorâmica