"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

JUIZ QUEBRA SIGILO DA OPERAÇÃO ARARATH, QUE ENVOLVE GOVERNADOR DO MATO GROSSO, SENADOR, PREFEITO E OUTROS POLÍTICOS

   

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O juiz federal Jeferson Schneider, de Cuiabá (MT), abriu o sigilo da Operação Ararath – investigação da Polícia Federal sobre desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro por meio de instituição financeira clandestina.

A medida foi tomada nesta terça feira, 27. “O Brasil constituiu-se em uma república por meio da qual os agentes políticos devem desempenhar suas funções públicas em público”, assinala o magistrado. “Em uma república não há espaço para a atuação do poder público de forma oculta ou velada, dando azo ao mistério, à dúvida, à desinformação”, alerta Jeferson Schneider.

A Ararath é uma missão da PF desencadeada em cinco etapas, a mais recente há duas semanas, quando o juiz Schneider autorizou prisões e buscas, inclusive em repartições públicas.

A investigação mira importantes personagens do cenário político do País, o governador Silval Barbosa, do Mato Grosso, o senador Blairo Maggi, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes e o maior financiador da campanha do senador Pedro Taques.

GESTÃO DE MAGGI

Também nesta terça feira, 27, o juiz recebeu denúncia criminal contra Éder de Moraes, ex-secretário de Estado da Fazenda, gestão Blairo Maggi. Ele é acusado por operar instituição financeira sem autorização do Banco Central.

“A atuação do poder público deve dar-se às claras, sob a luz do sol, de forma transparente, para que todos os cidadãos interessados e preocupados com o destino da república possam ter pleno e irrestrito acesso às informações necessárias para, com independência, realizar o seu juízo de valor”, assinala o juiz Jeferson Schneider.

Para o magistrado da Operação Ararath, “a publicidade da atuação do poder público é pressuposto de legitimação dos atos estatais, os quais são expostos ao conhecimento de toda a cidadania para fins de controle do poder público pelo público”.

28 de maio de 2014
Fausto Macedo
Estadão

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