"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A RAINHA DE SABÁ

 

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  Era uma vez uma rainha muito negra e muito bela, soberana do antigo reino de Sabá, “o mais poderoso da Arábia Feliz”, que incluía a Etiópia, o Egito e a Arábia. Os etíopes a chamavam de Makeda. Os árabes de Balkis ou Bilkis. Flávio Josefo, historiador romano judeu, de Nikaula.

Viveu no século X antes de Cristo. Arqueólogos da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, descobriram os restos do palácio da rainha de Sabá em Axum, cidade sagrada da Etiópia. Segundo o Velho Testamento ela teria ouvido falar na grande sabedoria do rei Salomão, juntou quatro toneladas e meia de ouro, cruzou os desertos da Arábia, através da Etiópia e do Egito, pela costa do mar Vermelho, até chegar a Jerusalém, onde se encontrou com ele.

O rei também já tinha ouvido falar em um reino governado por uma rainha negra, muito bela e muito rica, cujo povo venerava o sol. Mandou-lhe uma carta convidando-a para visitá-lo. Recebeu-a com presentes “e tudo que ela desejou”. A tradição etíope garante que Salomão realmente seduziu e engravidou sua convidada e teve com ela o filho Menelik I, primeiro imperador da Etiópia.

Os afrescos de Piero della Francesca (1466), que estão no Batistério de Florença, contêm dois painéis sobre a visita da rainha de Sabá a Salomão. Giovani Boccaccio, em seu livro “Sobre as Mulheres Famosas” (“De Mulieribus Claris”) conta que ela era não só rainha da Etiópia e do Egito como também da Arábia. “Tinha um palácio luxuoso numa ilha muito grande chamada Meroé, localizada em algum lugar próximo ao rio Nilo, praticamente no outro lado do mundo”.

DILMA

As enciclopédias, todas elas, contam essa história com o charme que a rainha de Sabá mereceu. Seria um mítico quem quisesse comparar a presidente Dilma à Rainha de Sabá. Dilma não viaja com o ouro, as joias e a comitiva da rainha da Etiópia. Nem tem o rei Salomão esperando-a na sua corte. É só um bacalhauzinho em Lisboa e Fidel Castro em Havana. Os tempos e os reinos são outros. Até por isso ela não tem o direito de esbanjar pompas e grandezas por ai, raspando o baú de ossos da Presidência. Para que hospedar mais de 50 assessores nos dois mais caros hotéis de Lisboa?

Tem razão a cada dia mais brilhante Eliane Cantanhede  (Folha):
– “ Enquanto discutimos a passadinha da Presidente para comer bacalhau em Lisboa, o que deve estar chateando mais a própria Dilma é aquela foto de cara lavada. Com umas olheiras medonhas. É claro que presidentes têm direito a folga, a lazer, a bacalhau bom e a hotel melhor ainda. Muito justo.
Mas, pera lá, às escondidas? E reservando 45 suítes (!) nos dois hotéis mais caros? Aliás, para que viajar com meia centena de funcionários? Não precisava exagerar”.
Salomão nunca disse que a rainha de Sabá tinha “olheiras medonhas”

HELENA
 
O PT devora seus melhores filhos. A exemplar Helena Chagas, como jornalista e como ministra da Comunicação, acabou sentindo na pele o horror de trabalhar com um partido gangsterizado. Ela se negou a distribuir  verbas de propaganda do Governo para o jornalismo sujo da “mídia suja” do PT em seus blogs sujos, seus sites sujos. E foi covardemente derrubada.
O insuspeito “Globo” contou :a guerra suja pelos “capilés” públicos:

- “Em uma das reuniões do presidente do PT, Rui Falcão, com a bancada e integrantes do Diretório Nacional, para discutir saídas para a crise depois das manifestações de junho, houve um debate sobre pontos fracos na equipe ministerial, com críticas à comunicação do governo e da Presidente. A reclamação era em relação à pequena margem de financiamento dos chamados “blogs sujos”, que fazem o enfrentamento com a mídia tradicional e atacam a oposição”.

- “A comunicação do governo é uma porcaria! O governo não tem a estratégia de comunicação nas redes sociais. O Lula mantinha uma canalização de recursos para alguns blogs, mas a Dilma cortou tudo, – reclamou naquela reunião o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PR), segundo petistas presentes”.

- Na época, Vargas desmentiu as críticas. Mas, diante da notícia da saída de Helena Chagas, disse ao GLOBO: – “Não gosto dela. A Helena foi pro pau! Beleza”.
Os olhos são o espelho da alma. A Helena pode dormir e acordar em paz, vingada. Jamais se dirá que ela tem “olheiras medonhas”.

05 de fevereiro de 2014
Sebastião Nery

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