Por outro lado, apesar de ter confirmado a pena perpétua, o tribunal italiano manteve aberta a possibilidade de medidas alternativas.
A Corte de Apelação de Milão rejeitou nesta quarta-feira (22) um pedido da defesa do terrorista Cesare Battisti para comutar sua pena de prisão perpétua em pouco mais de 20 anos de cadeia.
Battisti foi condenado na Itália por quatro homicídios cometidos nos anos 1970 quando ele pertencia ao grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
Durante quase quatro décadas foragido, Battisti passou por França, México e Brasil, sempre alegando inocência, mas, após ser repatriado pela Itália, admitiu que foi o autor material de dois assassinatos e participou do planejamento dos outros dois.
A defesa de Battisti alegava que ele foi expulso pela Bolívia com base em um acordo de extradição firmado por Brasil e Itália em outubro de 2017, que previa transformar sua pena em 30 anos de prisão, máximo estabelecido pela legislação brasileira.
No entanto, segundo a Corte de Apelação de Milão, se quisesse fazer valer o acordo de extradição entre Brasil e Itália, Battisti não deveria ter fugido voluntariamente para a Bolívia, que era “livre para expulsar um estrangeiro que entrara ilegalmente em seu território”, informa a ISTOÉ.
22 de maio de 2019
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