"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

BOLSONARO DIZ EM PORTO ALEGRE QUE "NÃO VAI SER O JAIRZINHO PAZ E AMOR"


Jair Bolsonaro, candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou em painel realizado na tarde desta quarta-feira, 29, que não terá como estratégia, se chegar ao segundo turno, ser “Jairzinho paz e amor”. O candidato também disse que o País está “cansado do politicamente correto”. 

Bolsonaro rebateu as críticas à sua participação no Jornal Nacional, na noite de terça, e criticou Marina Silva e a chapa Alckmin/Ana Amélia. O candidato esteve no painel “Brasil de Ideias”, promovido pela revista Voto, com a presença de empresários e políticos, na capital gaúcha. 
À imprensa, Bolsonaro afirmou que sua entrevista “quase que garantiu sua presença no segundo turno”. “A entrevista me deu uma exposição enorme, já que não vou ter tempo de TV”, disse. Perguntado pela organização do evento sobre qual seria sua estratégia para o segundo turno “quase garantido”, ele criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: “Não vou ser o Jairzinho paz e amor. 
As cartas estão na mesa. O FHC reiterou que num possível segundo turno, se aliaria ao PT”, criticou. O candidato do PSL cobrou “posição” de Marina Silva (Rede) sobre assuntos polêmicos como o aborto e o porte de armas. 
“Ela deu uma entrevista em março e foi perguntada se já tinha sofrido alguma violência sexual na infância. Ela falou que não, porque ‘eu e minhas irmãs menores tínhamos uma espingarda’. Ela mudou de idéia, ela é evangélica, ela tem que ter posição em alguns assuntos”, afirmou. 

Perguntado sobre fala de Geraldo Alckmin (PSDB), que chamou a candidatura de Bolsonaro de “inviável” e disse que o deputado federal “perderia para qualquer um no segundo turno”, o candidato do PSL ironizou. “Ele podia ficar tranquilo já que não vou chegar a lugar nenhum”. 
Bolsonaro também afirmou que “tem respeito” por Ana Amélia (PP), candidata a vice na chapa de Alckmin, mas que ela se “desgastou ao ir ao Centrão”. “Parece que ela perdeu muito aqui no Rio Grande do Sul, que ela foi na contramão do que ela pregou”, disse. 

Sobre a polêmica acerca do livro ‘Aparelho sexual e cia’, o candidato afirmou que o Ministério da Educação “mente”. “São uns canalhas. Esses livros peguei em bibliotecas no Vale do Ribeira”, disse ele, mostrando a obra aos presentes. 
O MEC, no entanto, reiterou em diversas ocasiões que "não produziu e nem adquiriu ou distribuiu o livro" citado. Bolsonaro também criticou quem afirma que ele defende salários distintos entre homens e mulheres e sugeriu que uma suposta diferença salarial entre William Bonner e Renata Vasconcellos fosse apurada pelo Ministério Público do Trabalho. 
“Pelo que sei, a Renata recebe R$ 200 mil e o Bonner, R$ 800 mil. Tinham que procurar o Ministério Público do Trabalho para denunciar essa questão”, disse. 
Perguntado sobre sua rejeição, Bolsonaro afirmou que “deveria ter assaltado uma estatal”. 
“Tenho mais rejeição do que o Lula? Eu deveria ter metido a mão em fundo de pensão, ofendido as mulheres, como no caso do grampo. Não acredito em pesquisa. Não tenho tanta rejeição assim”, afirmou. 
O candidato chegou ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, por volta das 10 horas, onde foi recebido por centenas de entusiasmados apoiadores. 
De um carro de som, Bolsonaro agradeceu os presentes e afirmou que, se eleito, irá “varrer a corrupção do Brasil”. “Eles podem me chamar de tudo, menos de corrupto”, disse.

30 de agosto de 2018
vide versus

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