"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

BULA, OU BURLA?

O Brasil é um país de tradições esquecidas.
Não temos memória histórica, mas somos hábeis em fabricar
mitos, que são ensinados nas escolas, convicções falaciosas, contrariando os fatos verdadeiros, e que repetidos à exaustão, tornaram-se verdades que moldaram a cultura e o caráter de uma nação inteira.
Não temos mais a memória da nossa história, temos uma bula. A bula prescrita pelos 'poderes constituídos'.
Uma bula que nos adverte dos efeitos colaterais que podem ocorrer com a democracia, por exemplo. 
Os perigos decorrentes do uso excessivo dos direitos de cidadania. O cuidado que devemos tomar, para evitar a liberdade de expressão, um problema contagioso que pode infectar uma nação inteira. 
A bula nos diz da importância saudável do autoritarismo, da equidade do voto obrigatório, da justiça do foro privilegiado, do benefício da falta de informação, posto que informação não é uma boa coisa e de hábito é causa muitas vezes de febres que levam a estados delirantes e perigosos.
A bula conta a história mítica de heróis que salvaram a pátria do obscurantismo, que os pósteros jamais levaram à sério, não obstante a louvação em seus excessivos discursos. além das narrativas gloriosas nas datas das efemérides.
A bula adverte dos danosos perigos do excesso de educação, do uso demasiado de lamúrias da desigualdade social, e do quanto é perigoso a justa distribuição de renda, consequência muitas vezes da mudança na distribuição dos poderes, algo extremamente perigoso!
Termina por exemplificar os bons resultados alcançados com o uso regrado, metódico, e sobretudo pacífico, deixando a
silenciosa infecção não curada, ir destruindo o 'lindo pendão da esperança e o símbolo augusto paz', preservando, no entanto, o berço esplêndido em que todos adormecemos em sonhos de futuro... O grande sonho do país do futuro!
m.americo


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