O PT de Minas Gerais deve mesmo lançar a candidatura de Dilma Rousseff ao Senado. A intenção da ex-presidente de concorrer ao Parlamento este ano já havia sido anunciada, mas o partido cogitava a possibilidade de ela não concorrer em troca do apoio do MDB para barrar o processo de impeachment contra o governador Fernando Pimentel (PT). Agora, os petistas mineiros devem tentar salvar o mandato de Pimentel vencendo a votação no plenário da Assembleia Legislativa.
Na quinta-feira à noite (17/5), o lançamento em Belo Horizonte do filme O processo, documentário sobre o impeachment de Dilma, ganhou ares de pré-campanha. O mote “Dilma senadora” foi usado em faixas e cartazes pelos petistas que lotaram a sessão.
SEM ACORDO – Segundo uma fonte ligada a Pimentel, o governo já entendeu que não há mais possibilidade de acordo com o MDB, partido do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes. Assim, vai partir para a eleição com uma chapa forte, com Dilma concorrendo para o Senado. Para o governo mineiro, a oposição não deve aprovar o impeachment de Pimentel.
“Não tem mais nenhum tipo de possibilidade de acordo. Eles querem manter o processo de impeachment só para aumentar o desgaste do governo. Sabem que não têm força para aprovar”, disse a fonte.
O governo, por sua vez, vai usar as armas de que dispõe para derrotar o impeachment. Nos bastidores, cargos e liberação de emendas estão sendo negociados com os aliados e possíveis novos apoiadores. A conta é que Pimentel só precisa de 26 votos a seu favor para impedir que o processo de impeachment se instaure. A diferença de articulação entre ele e a ex-presidente Dilma, que perdeu seu mandato, é gritante. Pelos cálculos do governo, Pimentel tem pelo menos 40 votos garantidos.
DILMA FOI O ESTOPIM – A crise surgiu devido à pré-candidatura de Dilma ao Senado, com a transferência do título dela para Belo Horizonte. Foi o estopim para uma briga com o MDB, que sustentou o governo Pimentel no Legislativo. O presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, esperava ser o único nome forte a concorrer na chapa do PT ao Senado, apesar de este ano duas vagas estarem em disputa.
Nessa quarta-feira, o emedebista deu mais uma mostra de que vai seguir com o pedido de impeachment apresentado pelo advogado Mariel Marra. A Mesa aprovou o rito do processo, que foi publicado nesta sexta-feira no Diário Legislativo.
Na Assembleia, o primeiro-secretário da Casa deputado Rogério Correia (PT) participou do ato de apoio à candidatura de Dilma. Ele minimiza, porém, a situação de rompimento com o MDB e diz ainda acreditar em uma aliança. “Havendo aliança do PT com o MDB, na minha opinião, a candidatura do Adalclever ao senado pode vir junto. Não há impedimento nisso e acho que até reforça a Dilma. Ele (Adalclever) alavanca as duas candidaturas e o segundo voto do PT certamente seria dele”, disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A notícia da volta de Dilma é auspiciosa. O povo precisa de diversão e a ex-presidente é uma atração à parte, com uma rara “mulher sapiens” que realmente sabe usar a oratória para divertir as massas.(C.N.)
20 de maio de 2018
Juliana Cipriani
Estado de Minas
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A notícia da volta de Dilma é auspiciosa. O povo precisa de diversão e a ex-presidente é uma atração à parte, com uma rara “mulher sapiens” que realmente sabe usar a oratória para divertir as massas.(C.N.)
Juliana Cipriani
Estado de Minas
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