O Palácio do Planalto divulgou nota nesta quarta-feira (30) na qual afirmou que o governo vai “preservar” a política de preços da Petrobras. A política de preços da Petrobras é um dos pontos criticados pela greve dos caminhoneiros. Desde julho do ano passado, a estatal promove os reajustes com base na variação do dólar e dos preços do petróleo no mercado internacional.
A nota oficial desta quarta-feira informa que o governo “tem compromisso com a saúde financeira da Petrobras”. O texto cita também que a redução no preço do óleo diesel, como foi acordado entre o governo e grevistas, não altera a política de preços da estatal.
SÓ O DIESEL – “As medidas anunciadas pelo governo para garantir a previsibilidade do preço do óleo diesel, que teve seu valor reduzido ao consumidor, preservaram, como continuaremos a preservar, a política de preços da Petrobras”, disse a nota.
Na terça (29), durante entrevista à emissora oficial TV Brasil, Temer havia dito que poderia reexaminar a política de preços da Petrobras.
A fala do presidente deixou dúvida se ele disse “não podemos reexaminá-la” ou “nós podemos reexaminá-la”. Consultada, a assessoria de comunicação do Planalto informou que Temer disse “nós”.
DISSE TEMER – “Convenhamos, a Petrobras se recuperou ao longo destes dois anos. Estava em uma situação, digamos, economicamente desastrosa há muito tempo. Mas nós não queremos, digamos, alterar a política da Petrobras. Nós podemos reexaminá-la, mas com muito cuidado”, declarou o presidente na entrevista.
O trecho da fala do presidente na entrevista provoca dúvida de compreensão, mas segundo assessoria da Presidência, ele disse: ‘Nós podemos reexaminá-la, mas com muito cuidado’.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Depois saiu a nota desmentindo a possibilidade de examinar a política de preços da Petrobras. Quer dizer, o Palácio do Planalto emite nota desmentindo o próprio presidente da República. Reina a esculhambação no governo e la nave va, cada vez mais fellinianamente. (C.N.)
31 de maio de 2018
Guilherme MazuiG1, Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário