"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de março de 2018

DEPOIMENTO DE FUNARO É INCLUÍDO NO INQUÉRITO CONTRA TEMER, PADILHA E MOREIRA

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Fachin autorizou e Raquel incluiu o depoimento
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge,  incluiu nesta terça-feira (20) um depoimento do doleiro Lúcio Funaro no inquérito que investiga o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral) dentro da Operação Lava Jato. A inclusão foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Lava Jato no Supremo.
O depoimento de Funaro incluído no inquérito trata da relação do doleiro com políticos do MDB. Procurado, o Palácio do Planalto informou que não irá comentar.
PROPINAS – O inquérito, aberto em março do ano passado com base na delação de executivos da Odebrecht, busca indícios de pagamento de propina pela empreiteira na Secretaria de Aviação Civil, que já foi comandada por Padilha e Moreira Franco entre 2013 e 2015.
No depoimento, Funaro, delator do esquema, relata que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) pediu a ele, em 2014, que retirasse R$ 1 milhão no escritório do amigo e ex-assessor especial do presidente José Yunes, em São Paulo, e enviasse o dinheiro para Salvador. Yunes, por sua vez, afirmou, em mais de uma ocasião, que Eliseu Padilha pediu a ele em 2014 para receber um documento em seu escritório.
Funaro declarou que, segundo Geddel o havia informado, o montante precisava ser enviado para Salvador, cidade onde o ex-ministro tem residência.
DA ODEBRECHT – Ainda conforme o operador financeiro, esse dinheiro era referente a doação, via caixa 2, da construtora Odebrecht. Ele acrescentou que, de acordo com Geddel, o repasse foi acertado com Temer e Eliseu Padilha. O acerto, segundo delatores da Odebrecht, teria sido firmado em um jantar no Palácio do Jaburu no qual teria sido discutida a divisão de valores destinados ao PMDB.
A assessoria do presidente Michel Temer informou que não irá comentar. A defesa de Moreira Franco disse que não tem conhecimento dos documentos juntados aos autosm, mas que, “de forma reiterada o ministro Moreira Franco já esclareceu que não tem qualquer relação com referida pessoa, hoje delator”. E o advogado de Eliseu Padilha afirmou que “a menção indireta e genérica ao nome do ministro apenas deixa claro que não existe participação de sua pessoa em qualquer dos fatos investigados pela Operação Lava Jato”.
DIZ O ADVOGADO – Em setembro, quando o depoimento de Funaro veio à tona, o advogado de José Yunes, José Luis Oliveira Lima, divulgou a seguinte nota:
“Lúcio Funaro apresentou várias versões sobre esse fato e mais uma vez faltou com a verdade. José Yunes, advogado com mais de 50 anos de militância profissional e com uma reputação ilibada, tão logo tomou conhecimento dos fatos procurou a PGR e elucidou os acontecimentos. Lúcio Funaro jamais recebeu de José Yunes qualquer valor. Ele esteve no escritório de Yunes, entregou um envelope e deixou o local. É importante registrar, que José Yunes além de não conhecer Funaro, não tinha conhecimento do que continha o envelope. Essa é a verdade dos fatos”

22 de março de 2018
Vladimir Netto
TV Globo, Brasília

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