"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 5 de março de 2018

CABRAL É CONDENADO PELA QUINTA VEZ NA LAVA JATO E PENA SOMA 100 ANOS

BRETAS PROFERIU SENTENÇA DE 13 ANOS DE PRISÃO POR LAVAGEM

SÉRGIO CABRAL E SUA MULHER SÃO CONDENADOS POR LAVAGEM DE DINHEIRO DE R$ 4,5 MILHÕES EM JOIAS (FOTO: DIVULGAÇÃO)

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) foi condenado pela quinta vez, nesta sexta-feira, 2, na Operação Lava Jato. Com a nova sentença do juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, o emedebista chega agora a 100 anos de prisão. Ele já havia sido condenado a 87 anos em outros quatro processos.

O magistrado aplicou ao emedebista 13 anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro de R$ 4,5 milhões em joias. Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador, também foi condenada. A pena a ela é de 10 anos e 8 meses de prisão. Bratas registrou que a ex-primeira-dama foi ‘parceira de crime’ de Sérgio Cabral e ‘a principal beneficiária da lavagem de dinheiro por meio da aquisição das joias.

A denúncia da força-tarefa da Lava Jato, no Rio, apontou que o dinheiro que bancou as joias ‘era oriundo de propinas pagas por empreiteiras entre os anos de 2007 e 2014, em contratos para obras do metrô, reforma do Maracanã, PAC das Favelas e do Arco Metropolitano’.

De acordo com Bretas, a culpa de Sérgio Cabral "se mostra bastante acentuada". Para o magistrado, o ex-governador é o principal idealizador do esquema de lavagem de dinheiro revelado a partir da operação Calicute, deflagrada em novembro de 2016.

"A magnitude de tal esquema impressiona, sobretudo pela quantidade de dinheiro movimentado. Especificamente no caso dos autos, foram “lavados” mais de quatro milhões de reais em apenas 5 operações de compra de joias. Não bastasse isso, a lavagem de dinheiro que tem como crime antecedente a corrupção reveste-se de maior gravidade, por motivos óbvios, merecendo o seu mentor intelectual juízo de reprovação mais severo", escreveu Marcelo Bretas em sua decisão.

Marcelo Bretas fixou a quantia de R$ 4.527.590,00 – equivalente ao da lavagem das joias – para reparação dos danos causados, ‘de forma solidária entre os condenados’. O magistrado reafirmou a necessidade de prisão preventiva de Sérgio Cabral e de Carlos Miranda.

Tembém foram condenados nesta sexta-feira, 2, Carlos Miranda, operador de Sérgio Cabral (8 anos e 10 meses de prisão) e Luiz Carlos Bezerra, chamado de "homem de mala", do ex-governador (4 anos de prisão).

05 de março de 2018
diário do poder

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