"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Judiciário colabora para o caos criminoso?



Tudo indica que a Câmara dos Deputados e o Senado devem referendar o temerário Decreto de “Intervenção Federal” na Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, mesmo que o ato seja inconstitucional, pois a Constituição-Vilã de 1988 não prevê a figura jurídica da “intervenção setorial”. A explosão incontrolável da violência, na verdade, forçou Temer a quebrar um paradigma. Assim, a urgência da resposta política e militar ganhou mais relevância que os aspectos formais de legalismo...

No entanto, o vício do ato legal falho e a conjuntura criminosa infernal permitem uma indagação provocadora: até quando e até que ponto o Poder Judiciário colabora ou é conivente com o caos criminoso, caracterizado pelo desrespeito à lei e pelo descontrole da violência? Antes mesmo da “Intervenção Temerária”, o presidenciável Jair Bolsonaro já colocou o dedo em uma ferida aberta por decisões erráticas do Conselho Nacional de Justiça – órgão chefiado por quem presidir o Supremo do Supremo Tribunal Federal.

Em conversa séria com a excelentíssima entrevistadora Leda Nagle, gravada no dia 1º de fevereiro, o deputado Jair Bolsonaro condenou uma aberração. Bolsonaro reclama que o Conselho Nacional de Justiça “inventou” a audiência de custódia – que não é lei. Segundo o presidenciável, o CNJ não pode legislar. Bolsonaro reclama que em 90% dos casos, os marginais são soltos, e 20% dos policiais que os prenderam acabam processados por “tortura psicológica”. Bolsonaro não aceita que a palavra do policial valha menos que a palavra do bandido.

Bolsonaro lembra que o maior temor dos policiais e militares escalados para a missão de combater o crime é responder ao Judiciário por mais de dois tiros que eventualmente dê em um bandido, durante um confronto. Bolsonaro critica “a interpretação romântica” das leis feitas por alguns magistrados “influenciados ideologicamente”. Em resumo, Bolsonaro reclama da falta de uma legislação segura que proteja o policial ou o combatente militar. Ele defende que o policial bem treinado tenha o direito de matar, se preciso for.

Vale insistir até a maioria do povo tomar vergonha na cara e cair na real. A única saída para o Brasil é a Intervenção Institucional que redigirá uma nova Constituição, focada no Federalismo Pleno e baseada na Liberdade, Justiça e Prosperidade, para impedir o centralismo que mantém o Brasil sob ditadura do Crime Institucionalizado. O País precisa de Segurança do Direito – a verdadeira Democracia exercida através do exercício consciente da razão pública, respeitando deveres e direitos do indivíduo.

É correta a visão de que a hegemonia do Crime Institucionalizado não é apenas uma questão de segurança pública. Precisamos de uma reformulação social e cultural, junto com uma mudança radical nas práticas políticas. Até quando aceitaremos perder a guerra cultural para criminosos de toda espécie, incluindo os bandidos ideológicos?

O povo não pode ser assassinado pela ação delitiva ou pela omissão estatal diante de criminosos. Se alguém tem que morrer e ser reinventado é Estado-Ladrão-Capimunista-Rentista. Não demora, até os donos da Rede Globo serão forçados a aceitar tal verdade... Eles já pararam de avacalhar os militares, e apoiam a intervenção federal na insegurança do Pezão...

Crítica do Bolsonaro

Veja a íntegra das críticas de Bolsonaro ao CNJ

Crítica da Jacqueline

Pouco importa se a especialista em segurança da Universidade Federal Fluminense, a professora e consultora Jacqueline Muniz, tenha sido assessora dos governos Garotinho, Benedita, Cabral e Paes.

A sócia fundadora da Rede de Policiais e Sociedade Civil na América Latina e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública fez críticas contundentes e bem fundamentadas ao processo de Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Às vezes, importa menos a ideologia de quem analise, e pode valer muito mais a qualidade da avaliação, principalmente na perspectiva Histórica.

Muniz chama atenção para “o risco de todo um tipo de arranjo político para salvar políticos, beneficiando o crime organizado, os falsos profetas da segurança pública e os mercadores da profissão, em uma temporada de abertura das chantagens corporativas e das negociatas da segurança”...

Rotina macabra

A certeza da impunidade é gigantesca em Bruzundanga...
Releia o artigo de Domingo: Estado-Ladrão rasga de novo a Constituição-Vilã
E reveja o de Sábado: A maquiavélica intervenção temerária dará certo?

Enquanto isso... No Paraguai...

Nossos vizinhos sempre esculachados pelos brasileiros, agora dão um show de prosperidade, produtividade e crescimento... E a gente patina








Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

20 de fevereiro de 2018
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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