"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

FALA DO GENERAL MOURÃO REVELA ENTROSAMENTO ENTRE MAÇONARIA E FORÇAS ARMADAS

Resultado de imagem para general mourão na maçonaria
O general se apresentou usando o uniforme de gala
Um dos aspectos mais interessantes do imbroglio envolvendo o general de Exército Hamilton Mourão é o fato de seu pronunciamento ter sido feito na sede do Grande Oriente do Brasil, perante dirigentes de lojas maçônicas de diversos Estados, conforme já foi destacado aqui na “Tribuna da Internet” em artigo exclusivo do advogado e economista carioca Celso Serra, que viajou a Brasília especialmente para participar do evento. Ou seja, não se tratou de uma simples “palestra numa loja maçônica de Brasília”, como tem sido noticiado, mas de um pronunciamento perante o Grande Oriente, que congrega mais de 2 mil lojas espalhadas pelo país.
Caso não se tratasse de um pronunciamento de caráter oficial, feito na condição de militar da ativa e membro do Alto-Comando do Exército, o general Mourão teria se apresentado à paisana, mas ele fez questão de usar o uniforme de gala, com todas as condecorações.
AÇÃO CONJUNTA – Essa deferência do chefe militar ocorreu porque existe um forte relacionamento entre as Forças Armadas e a Maçonaria, uma instituição que no Brasil sempre defendeu os interesses nacionais, foi fundamental na independência do país, na proclamação da República, na abolição da escravatura e em outras importantes iniciativas políticas e sociais.
Recentemente, por iniciativa da Loja Dous de Dezembro, uma das mais tradicionais e ativas do país, fundada há 177 anos, as Forças Armadas e a Maçonaria atuaram em conjunto na defesa dos interesses nacionais no tocante à chamada questão indígena, para evitar o risco de desmembramento do território brasileiro, em função da declaração de independência política, administrativa e social das 505 nações indígenas, que ocupam 12,5% das terras do país,  e ainda falta delimitar muitas outras extensas áreas na Amazônia, habitadas por tribos arredias em locais de fronteira.
NAÇÕES INDÍGENAS – A possibilidade de independências das chamadas nações indígenas, que se dividem em 305 etnias e falam, pelo menos, 274 línguas ou dialetos, surgiu no governo Lula, em 2007, quando a delegação brasileira assinou na OIT e na ONU dois tratados internacionais cujo objetivo expresso é desmembrar os territórios indígenas. Justamente por isso, o tratado não foi assinado por outros países que têm muitos territórios de populações nativas, consideradas indígenas, como Estados Unidos, Argentina, China e Rússia.
A assinatura desses tratados pelo Brasil chegou a ser comemorada pelas milhares de ONGs estrangeiras que atuam na Amazônia, mas depois houve uma intensa atividade da Maçonaria e das Forças Armadas para impedir esse golpe contra o país, especialmente porque nos territórios indígenas existem importantes reservas de minerais estratégicos.
ENGAVETAR – Como o Brasil não podia passar a humilhação de retirar a assinatura dos Tratados da OIT e da ONU, a solução encontrada pelas Forças Armadas, com apoio da Maçonaria, foi evitar que os Tratados fossem ratificados pelo Legislativo brasileiro, condição indispensável para que pudessem entrar em vigor. Ou seja, os dois acordos internacionais foram engavetados pelo governo brasileiro, que jamais os enviou ao Congresso, e já se passaram dez anos.
Na época, fui o único jornalista brasileiro que deu cobertura ao importante tema, com uma série de artigos publicados na Tribuna da Imprensa. Estive em Brasília, contatei os mais importantes parlamentares da Amazônia, como Artur Virgilio, Mozarildo Cavalcanti e Tião Viana, nenhum deles tinha conhecimento da assinatura dos Tratados. Procurei Jair Bolsonaro, ele também não sabia de nada, vejam a que ponto chega a incompetência de nossos políticos.
###
P.S.
 – De toda maneira, é importante saber que civis e militares podem se unir em defesa dos interesses nacionais, quando isso se faz necessário. Quanto ao então presidente Lula e o chanceler Celso Amorim, que fizeram a lambança, os dois cometeram um verdadeiro crime de lesa-pátria, e não sofreram a menor crítica. Isso é Brasil. (C.N.)


22 de setembro de 2017
Carlos Newton

Nenhum comentário:

Postar um comentário