"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

VEM AÍ A DELAÇÃO DE LÉO PINHEIRO, QUE SE RELACIONAVA COM MINISTROS DOS TRIBUNAIS

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Pinheiro conseguiu se tornar “amigo” de ministros 
A colaboração premiada da construtora OAS, que tinha sido negociada como uma megadelação com mais de 50 envolvidos, foi desidratada e agora cerca de 20 pessoas, entre acionistas e executivos, devem assinar o compromisso para confessar delitos da empreiteira. Os outros 30 funcionários da companhia que participavam das tratativas agora serão incluídos como testemunhas ou lenientes, que são pessoas que prestam informações no processo, mas não respondem judicialmente por um crime.
A decisão de enxugar a delação da OAS foi tomada porque a força-tarefa da Lava Jato quer fechar a colaboração da empreiteira antes da saída de Rodrigo Janot do cargo de Procurador-Geral da República, em 17 de setembro.
FALTAM PROCURADORES – Segundo pessoas envolvidas na negociação do acordo, a Procuradoria não teria número de procuradores suficiente para dar conta do volume de trabalho em tão pouco tempo. Não está descartado que o número de delatores diminua ainda mais, de acordo com um dos envolvidos.
No início das reuniões, a Procuradoria determinou que a OAS juntasse tudo o que havia sobre pagamento de propina. Em fevereiro do ano passado, começou um garimpo na empresa para juntar histórias de corrupção.
Agora a Procuradoria resolveu descartar histórias que eles julgaram menos importantes e se concentrar nos casos de maior repercussão. Com essa mudança, dezenas de funcionários que ocupavam cargos intermediários na hierarquia da empresa, como gerentes de obras, deixaram de ser candidatos a delação e agora dão suporte em episódios contados pelos futuros delatores.
ANDAMENTO – Há três semanas, executivos da OAS foram até a Procuradoria-Geral da República para confirmar à força-tarefa o teor dos documentos fornecidos pelos advogados da empresa. Eles assinaram, na ocasião, uma ata formalizando a reunião.
Os últimos relatos de corrupção da empreiteira foram entregues para a Lava Jato há mais de dois meses. Os próximos passos são a definição das penas dos colaboradores e depois a assinatura e homologação do acordo.
O principal candidato a delator é o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, que fazia o contato da empreiteira o poder. Parte dele as principais histórias envolvendo políticos, como o ex-presidente Lula e os senadores tucanos José Serra e Aécio Neves.
OS HERDEIROS – Os herdeiros do grupo empresarial, César Mata Pires Filho e Antonio Carlos Mata Pires, também estarão entre os colaboradores. Filho deverá delatar governadores e Antonio Carlos vai falar sobre a relação da empresa com a Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal.
Também entregaram relatos e estão na lista de possíveis delatores os ex-diretores financeiros Alexandre Tourinho e Sérgio Pinheiro e o diretor de relações institucionais do grupo Roberto Zardi.
Agenor Franklin Medeiros, que já depôs como testemunha no processo contra Lula sobre o tríplex do Guarujá, e Paulo Gordilho, responsável pela reforma do apartamento no litoral, também negociam colaboração.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A delação de Léo Pinheiro é da maior importância, não apenas em função de sua intimidade com políticos influentes dos mais diversos partidos, mas também pelo seu relacionamento com ministros dos tribunais superiores, inclusive do Supremo(C.N.)


14 de agosto de 2017
Wálter Nunes e Flávio Ferreira
Folha

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