"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 25 de abril de 2017

BEZERRA DA SILVA, O PROFETA: "SE GRITAR PEGA LADRÃO..."

Brasília - O cantor Bezerra da Silva profetizou o Brasil há mais de uma década quando teve a felicidade de compor a música “Se gritar pela ladrão, não fica um meu irmão”. Pois é, pelo que se viu até agora na Lava Jato parece mesmo que não escapa ninguém. Quase 200 políticos, presidentes e ex-presidentes, empresários, lobistas, marqueteiros, executivos e donos de empreiteiras todos estão envolvidos no maior escândalo de que se tem notícia no país. O PT, liderado por Lula e seus pelegos sindicais, transformou o Brasil em um gueto da corrupção, em um depósito de bandidos. Os bilhões roubados dos cofres públicos fazem falta na educação, na saúde e na infraestrutura em um país com a economia destroçada.

As delações dos donos das empreiteiras são de um cinismo atroz. Os empreiteiros falam com riqueza de detalhes como os petistas criaram a organização criminosa e dela se beneficiaram para permanecer mais de uma década no poder. As ordens saiam do Palácio do Planalto, onde a quadrilha se organizou para saquear o país. De lá, Lula e Dilma comandaram os gângsteres que depenaram a Petrobrás, até então uma das empresas mais saudáveis financeiramente do país.

E, infelizmente, tudo iria continuar se não fosse a ousadia de uns abnegados procuradores e do juiz Sérgio Moro que não titubeou em usar a caneta para prender os delinquentes, que agora decidem abrir o bico com receio de mofarem na cadeia. Palocci, o todo poderoso ex-ministro da Fazenda, é a bola da vez. Implorou, quase de joelhos, ao juiz Sérgio Moro para que lhe conceda o direito de delatar. Que horror!

Mas, nós, os brasileiros, queremos mais. O Brasil quer saber, por exemplo, por que as contas de todos esses políticos foram aprovadas pelos tribunais eleitorais. Alguma coisa está errada. Das duas uma: ou os tribunais são refratários, incompetentes e lenientes com o crime, ou todos os políticos envolvidos são inocentes e o juiz Sérgio Moro os persegue a troco de nada. Acho que a primeira versão é a mais correta. A exemplo dos tribunais de contas, os TREs dificilmente desaprovam contas de políticos. Muitos dos seus juízes estão sempre a serviço deles. Vivem pendurados em favores. Empregam amigos e parentes nos estados e municípios como cafetões do dinheiro público.

Dizer que teve as contas aprovadas pelo TRE virou uma mania de todos os políticos que são denunciados na Lava Jato. É uma espécie de salvo conduto que os protege diante dos escândalos de corrupção. Por que, então, o TSE não pede uma varredura nas contas desses políticos que se dizem probos? Dificilmente isso ocorrerá até porque o próprio Tribunal Superior Eleitoral, em outros momentos, também foi leniente com prestação de contas de campanhas nas últimas décadas.

Político roubar no Brasil é coisa antiga. O novo mesmo no país é um juiz com a marca de Sérgio Moro e procuradores que decidiram ir fundo no combate à corrupção. Sem medo de cooptação e das ameaças, esse grupo, que tenta higienizar o Brasil desses malfeitores, já está sendo rotulado até de extrema direita pela esquerda corrupta e raivosa que o acusa de estar a serviço da CIA.

Outra novidade dos petistas enraivecidos é contar o tempo em que as redes de TV dedicam ao escândalo do partido. Eles acham que a imprensa deveria ficar calada diante de tanta indecência e que o Lula, coberto da lama da Lava Jato, não deveria ter tanto destaque na mídia. O engraçado é que a censura ao noticiário sobre o ex-presidente é de jornalistas que até pouco tempo estavam nas redações de jornais, antes de se revelarem fervorosos defensores das maracutaias petistas em seus blogs.

Agora, se me permite, curta um pouquinho da música do Bezerra da Silva:


Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão

Se gritar pega ladrão, não fica um

Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão

Se gritar pega ladrão, não fica um



25 de abril de 2017
jorge oliveira

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