"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

MAIS TRÊS NA DISPUTA PRESIDENCIAL




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Charge do Duke (dukechargista.com.br)
Começa a germinar uma nova leva de candidatos a candidato para 2018, mais uma evidência de inexistir alguém ocupando a pole-position. Amplia-se o plantel das especulações, até agora circunscrito a Aécio Neves, Geraldo Alckmim, José Serra, Ciro Gomes, Marina Silva, Ronaldo Caiado, Jair Bolsonaro, Roberto Freire, Alvaro Dias, Lula e outros menos lembrados.
Acabam de entrar na lista das especulações fugidias Rodrigo Maia, Moreira Franco e Carmem Lúcia, hipóteses geradas pelos acontecimentos mais recentes e, como as demais, simples exercícios pálidos e especulativos. Mas destacam-se na rearrumação das hipóteses geradas pela ambição, o acaso e a falta do que fazer.
Rodrigo Maia destacou-se quando Eduardo Cunha mergulhou nas profundezas. Elegeu-se para seis meses de insignificante presença na presidência da Câmara, mas ocupou a vice-presidência de fato da República, acoplando-se ao projeto de reformas de Michel Temer e atropelando a Constituição. Durante os próximos dois anos, tentará dividir com o atual presidente a liderança de mudanças estruturais e conjunturais, contando com o apoio sempre maior da bancada governista. Caso não cometa erros fundamentais, está no páreo.
Moreira Franco entra na equação como possível alternativa para o PMDB, até hoje marginalizado pela decisão anunciada mas não confirmada de Michel Temer abrir mão de disputar a reeleição. Elevado à condição de ministro detentor do poder palaciano, tendo alijado a influência do chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o ex-governador do Rio precisará enfrentar a lista da Odebrecht, como tanto outros, mas resume-se hoje na opção do maior partido nacional. Evolui como o gato ancorá batizado por Leonel Brizola, cauteloso e macio.
Por último, uma estrela que vem de outro firmamento, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia. Fica evidente sua disposição de ocupar espaços além do Judiciário.
Em suma, ampliou-se o quadro das hipóteses remotas, capaz de mudar ainda muitas vezes, e, para concluir, sem entusiasmar ninguém…

05 de fevereiro de 2017
Carlos Chagas

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