"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 26 de novembro de 2016

VEJA EXIBE A CORRUPÇÃO DOS CACIQUES TUCANOS E PREVÊ DEMISSÃO DE PADILHA E MOREIRA


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Delação da Odebrecht incrimina Serra, Aécio e Alckmin
A revista Veja que começou a circular este sábado ataca pesadamente o governo do presidente Michel Temer. A reportagem de capa, sob o título “Era uma vez três ministros”, disseca a demissão de Geddel Vieira Lima e anuncia que a delação dos quase 80 executivos da Odebrecht vai derrubar os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Além dessas informações explosivas, a Veja também denuncia que o esquema de corrupção beneficiava também os tucanos José Serra (atual ministro do Exterior) o governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves. Os títulos são reveladores: “Como a Odebrecht operava a propina de Serra na Suíça”, a respeito do envolvimento do chanceler, e “O santo nas planilhas da empreiteira é ele mesmo: Alckmin”, sobre o governador de São Paulo, confirmando o codinome dele no listão da Odebrecht.
“A queda do ministro Geddel Vieira Lima foi a quinta de um titular da Esplanada de Michel Temer em seis meses de mandato — uma média de uma a cada quarenta dias. Mas a demissão de Geddel, que usou todo o peso de seu cargo para tentar liberar a construção de um prédio no qual tinha comprado um apartamento, está longe de representar o fim dos problemas do governo. A delação da Odebrecht e denúncias de tráfico de influência prometem novas turbulências para o governo Temer”, diz a chamada da reportagem, no site da Veja.
TUCANOS INCRIMINADOS – Segundo a Veja, o esquema de propinas para favorecer Geraldo Alckmin se intensificou em 2009, quando ele lançou sua pré-candidatura e começou a se movimentar dentro do PSDB para concorrer à Presidência da República.
O então deputado pernambucano Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB já morto, foi quem sugeriu usar as contas do ex-deputado, empresário e banqueiro Ronaldo Cezar Coelho para camuflar a propina da Odebrecht. Os pagamentos obedeciam um cronograma. Cerca de R$ 6,5 milhões foram usados para cobrir gastos da campanha de 2010. A revista informa que Ronaldo Cezar Coelho aderiu ao programa de repatriação de recursos.
Ainda segundo a reportagem da Veja, nenhum dos delatores até agora disse ter discutido repasses diretamente com o governador de São Paulo, o que indica que a negociação era feita diretamente por Marcelo Odebrecht ou até pelo pai dele, o patriarca Emilio Odebrecht.
ALCKMIN É O “SANTO” – O codinome “Santo”, referente ao envolvimento de Alckmin com a facção radical católica Opus Dei, está associado ao pagamento de um percentual de 5% sobre obras da rodovia Mogi-Dutra, em 2002, num total de aproximadamente R$ 3,4 milhões. Há referência também ao pagamento de R$ 500 mil em propinas na Linha 4 do Metrô.
Por fim, a Veja diz ainda que Aécio Neves recebeu “repasses vultosos” por meio de uma agência de publicidade registrada em nome de Paulo Vasconcelos, um de seus marqueteiros. Segundo um dos investigadores citado pela reportagem, “está tudo muito bem documentado”.
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PS  – De uma só vez, a Veja conseguiu destruir o que restava da imagem dos três pré-candidatos tucanos à Presidência da República. E a política nacional mergulha numa grande incógnita. (C.N.)

26 de novembro de 2016
Carlos Newton

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