"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 19 de novembro de 2016

CACIQUES DO PMDB DERRUBAM O MINISTRO QUE OUSOU FAZER AUDITORIA NA LEI ROUANET


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Calero pensou que podia moralizar o Ministério da Cultura
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República anunciou na noite desta sexta-feira (18) que o deputado Roberto Freire (PPS-SP) será o novo ministro da Cultura. Freire assumirá o cargo no lugar do diplomata de carreira Marcelo Calero, que pediu demissão do cargo por “divergências” com integrantes do governo (leia a íntegra da carta de demissão mais abaixo).
Quando Michel Temer assumiu o Palácio do Planalto, ainda como presidente em exercício, em maio – após o afastamento da então presidente Dilma Rousseff –, o presidente decidiu extinguir o Ministério da Cultura e transformá-lo em uma pasta vinculada ao Ministério da Educação.
TEMER RECUOU – Diante da reação negativa de setores culturais e de artistas, com diversas manifestações pelo país, Temer optou por recriar a pasta. À época, Calero era o secretário de Cultura, convidado por Temer, e se tornou ministro com a recriação da pasta.
Segundo o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, Roberto Freire, antes mesmo de Temer assumir como presidente em exercício, já havia sido sondado para comandar o Ministério da Cultura. A Gerson Camarotti, Freire disse na noite desta sexta que seu objetivo à frente da pasta será “pacificar os ânimos”, retomando o diálogo na área.
Em maio, Freire chegou a elogiar no microblog Twitter uma postagem de um usuário que citava países sem um ministério exclusivo para a área da Cultura (veja na imagem abaixo).
Procurado pelo G1, Freire disse que, ao fazer a postagem, quis dizer que “não haveria problemas” em juntar a pasta da Cultura a outro ministério.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Calero é mais um ministro decente a ser perseguido pelos caciques do PMDB, que são hoje locatários do Planalto. A desculpa de que houve disputa de cargos é conversa fiada. Seu maior erro foi fazer auditoria nos projetos da Lei Rouanet. O ministério da Cultura tem tão poucos cargos que não existe disputa pelo que não existe. Em final de carreira, Roberto Freire, que é suplente de deputado federal, entrou na jogada. É uma pessoa séria e ingênua. Certa vez, na Câmara, discutiu comigo dizendo que o deputado-banqueiro Ronaldo César Coelho iria apoiar na Constituinte as teses da esquerda. Acredite se quiser. (C.N.)   


19 de novembro de 2016
Luciana Amaral
Do G1, em Brasília

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