"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

BRASIL, UM PAÍS SEM FUTURO



Pode trocar tudo. O Brasil é o país sem futuro. Poucas nações, no mundo, tem um futuro mais assustador. Estamos vivendo uma crise sem precedentes na economia: PIB desabando, juros extorsivos, inflação rumando para os dois dígitos, assim como o desemprego, real desvalorizado e todos, sem exceção, todos os indicadores retornando aos anos 80. São 14 milhões de família vivendo de Bolsa Família, outros tantos milhões de seguro-desemprego, 25,6% de jovens entre 15 e 24 anos que não estão estudando e nem procurando emprego. E o que estamos assistindo no campo político é ainda mais desesperador.

Uma presidente da República comete crimes fiscais e é condenada pelo Tribunal de Contas da União. Abre um rombo de R$ 120 bilhões nas contas públicas manipuladas criminosamente. Antes de ser condenada, coloca a máquina do governo a tentar desqualificar o relator e o próprio tribunal, mentindo, enganando, maquiando, concedendo entrevista coletiva através de seus ministros como último lance para pressionar àquela Corte. Não bastando, ingressa no Supremo Tribunal Federal contra o TCU, perdendo a ação porque a decisão foi monocrática e não do plenário. Ou teria vencido. E o povo, onde estava o povo? O cidadão. O eleitor.

No Tribunal Superior Eleitoral, esta mesma presidente, tendo contra si pilhas de provas de que fraudou a eleição usando fornecedores falsos, a maquina pública e dinheiro das propinas do Petrolão, passa a ser alvo de ação que julgará novamente as suas contas, com o poder de cassar o seu mandato. O que faz esta presidente? Novamente coloca seus asseclas a buscar as altas cortes para tentar provar que roubar, burlar, falsificar, nada disso é crime eleitoral. Isso não antes sem mandar que uma das ministras do TSE, que foi sua advogada de campanha, peça vistas ao processo e suma de uma das sessões para impedir o julgamento. Truques. Chicanas. Mentiras.

A presidente da República, por tudo isso, está à beira do impeachment. Melhor: estaria, se do outro lado, o Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, responsável pela sua instauração, não fosse acusado com provas de crimes ainda piores. Contas no exterior com dinheiro do petrolão e despesas de quase um milhão de dólares contraídas por sua esposa com a bufunfa desviada para a Suíça. Indefensável. Vergonhoso. Motivo de chacota nacional.

Eduardo Cunha, no entanto, ainda tem o poder de encaminhar o processo de impeachment, antes de ser cassado ou renunciar. O bandido pode pegar a bandida. E aí o país olha embasbacado: um presidente da Câmara suspeito de crimes inaceitáveis e uma presidente da República estelionatária eleitoral e criminosa fiscal. Os dois se digladiando. Os dois medindo força. O mal contra o mal. O diabo contra satanás. Um temendo a reação do outro, traçando estratégias de mistificação nas madrugadas de Brasília.

E o Congresso Nacional? Diante de tantos crimes, faz apenas o jogo político. Há mais de 150 parlamentares no mínimo que roubaram junto no Petrolão. Há mais 150 parlamentares do outro lado que se beneficiaram do estelionato eleitoral. A grande maioria tem as mãos sujas e não tem moral para liderar absolutamente nada.

E os juízes das altas cortes? O STF virou um puxadinho do PT ao ponto da presidente da República afirmar a um governador, em tom ameaçador: " eu tenho cinco ministros no STF". Algum ministro reagiu a tamanha ofensa moral? O TSE é comandando por Toffoli, que foi assessor do PT durante a vida inteira e que deve sua nomeação sem méritos única e exclusivamente a Luiz Inácio Lula da Silva.

E aí vem alguém e diz que o Brasil é o país do futuro? Com esta formação moral? Com esta noção de ética? Com esta responsabilidade pública?  Neste momento, dizem que futuro talvez retorne em 2017, devido a extensão da crise econômica. Nosso futuro está sempre prorrogado, levando consigo gerações e gerações. Muita pena desta geração de hoje, que não sabe o que todos passamos antes do Plano Real e da estabilização econômica. Muita pena do Brasil e do seu futuro que nunca chega.

12 de outubro de 2015
in coroneLeaks

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