"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

TCU RESPONSABILIZA GABRIELLI POR PREJUÍZOS DA PETROBRAS



Sérgio Gabrielli também sujou as mãos junto com Lula















Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta prejuízo de R$ 1,27 bilhão nas obras da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, rateadas pelo cartel de empreiteiras investigado na Operação Lava Jato. Relatório da área técnica da Corte, obtido pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, responsabiliza o ex-­presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e outros seis executivos por parte do sobrepreço, entre eles o ex-­diretor Renato Duque (Serviços) e o ex-­gerente da Diretoria de Serviços Pedro Barusco, ambos investigados por envolvimento nos desvios.
O tribunal analisou itens de oito contratos firmados para modernizar o sistema de produção da refinaria paranaense. Ao todo, esses componentes custaram à estatal R$ 3,8 bilhões. O valor inflado irregularmente corresponde a um terço do montante.
Os técnicos do TCU pontuam que as perdas podem ser mais vultosas, pois ainda não foi feita avaliação sobre a maior parte dos materiais e serviços que compuseram o orçamento. Após uma série de aditivos e repactuações, as obras, iniciadas em 2006, consumiram R$ 10,7 bilhões em recursos públicos.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O TCU vai julgar os resultados da auditoria, obtidos a partir de material compartilhado pela Justiça Federal, responsável pela Lava Jato no Paraná. Os auditores também pleiteiam documentos para apurar eventual responsabilidade do Conselho de Administração daPetrobras, que, entre 2003 e 2010, foi chefiado pela ex-­ministra da Casa Civil e atual presidente Dilma Rousseff. Essa análise já é feita em outros casos, como o da Refinaria de Pasadena.
Quase todo o dano ao erário já apurado é referente a três contratos com o chamado “clube” de empreiteiras. Nas obras a cargo da Camargo Corrêa e da Promon Engenharia (Consórcio CCPR), o prejuízo foi de R$ 551 milhões e pode crescer, pois só 65% do valor do contrato (R$ 2,7 bilhões) foi alvo da auditoria.
GORDURAS
O contrato executado pela da MPE Montagens com a Mendes Júnior e a SOG Óleo e Gás (Consórcio Interpar) tinha “gordura” de R$ 460 milhões. Nesse caso, foi avaliado 40% do valor pactuado (R$ 3 bilhões). Já nos serviços a cargo de Odebrecht, OAS e UTC (Consórcio Conpar), foi achado sobrepreço de R$ 184 milhões em amostra de 20% do contrato (R$ 2,4 bilhões).
Para o TCU, a Diretoria Executiva da Petrobras, presidida por Gabrielli de 2005 a 2012, usou estratégias que restringiram a competição em licitações como “estratégia corporativa”. As empresas foram contratadas por valores até 19% acima do inicialmente estimado pela estatal.
“Julga-­se pertinente a atribuição de culpa não apenas ao presidente da companhia da época (Gabrielli), mas também aos então diretores de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, e de Serviços, Renato Duque, e ao ex­-gerente executivo Pedro Barusco”, declaram os auditores.
A área técnica pede também que se avaliem sanções contra Sérgio dos Santos Arantes, Sandoval Dias Aragão, Fernando Almeida Biato e José Paulo Assis, então gerentes da estatal.

27 de agosto de 2015
Deu no Estadão

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