"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

PT DIVIDE O PAÍS E VAI ARCAR COM AS CONSEQUÊNCIAS. DIÁLOGO, UMA OVA!!!


O artigo abaixo, de Luiz Felipe Pondé, intitulado "Diálogo ou secessão" , foi publicado na Folha de São Paulo de hoje.

"A presidente bolivariana reeleita abriu seu novo reinado falando em diálogo. Gato escaldado tem medo de água fria: seria este o mesmo tipo de diálogo oferecido à "Veja"? Ou às depredações que a militância petista fez à Editora Abril? Ou às mentiras usadas contra Marina Silva e Aécio Neves durante a propaganda política? Ou às perseguições escondidas a profissionais de diversas áreas que recusam aceitar a cartilha petista, fazendo com que eles percam o emprego ou fiquem alijados de concursos e editais? 

Sei, muitos ainda negam a ideia de que exista um processo de destruição da liberdade de pensamento no Brasil. Mas, uma das razões que fazem este processo ser invisível é porque a maior parte dos intelectuais, professores, jornalistas, artistas e agentes culturais diversos concorda com a destruição da liberdade de pensamento no Brasil, uma vez que são membros da mesma seita bolivariana. O "marco regulatório da mídia", item do quarto mandato bolivariano, é justamente o nome fantasia para a destruição da liberdade de imprensa no país. 

Diálogo? Sim, contanto que se aceite a truculência petista e seus abusos de poder. Deve-se responder a este diálogo com uma política de secessão. Não institucional (como nos EUA no século 19 entre o norte e o sul), não se trata de uma chamada à guerra, mas sim uma chamada à continuidade da polarização política.
 
A presidente ganhou a eleição dentro das regras e, portanto, deve ser reconduzida a presidência com soberania plena. Mas nem por isso ela deve se iludir e pensar que representa o Brasil como um todo: não, ela representa apenas metade do Brasil. A outra foi obrigada a aceitá-la. Precisamos de uma militância de secessão: que os bolivarianos durmam inseguros com o dia seguinte, porque metade do país já sabe que eles não são de confiança. Que fique claro que a batalha foi ganha pelos bolivarianos, mas, a guerra acabou de começar, e começou bem. 

O Brasil está dividido. Esta frase pode ter vários sentidos. O partido bolivariano venceu de novo, completando em 2018 16 anos no poder --o que já dá medo a qualquer pessoa minimamente inteligente ou sem má-fé política. A divisão do Brasil hoje é fruto inclusive da própria militância bolivariana que insiste em falar em "nós e eles". 

O fato da eleição para presidente ter sido decidida por alguns poucos votos a favor dos bolivarianos não implica que o lado derrotado veja a vencedora como sua representante legítima, ainda que legal. O PT ensinou bem ao Brasil o que significa ódio político e agora corre o risco de provar do próprio veneno. Falo de uma secessão simbólica, e que, creio, deve ser levada mais a sério pela intelligentsia (normalmente a favor do projeto bolivariano, mesmo que, às vezes, com sotaque e afetação francesa ou alemã). 
 
Os intelectuais não estão nem aí pra corrupção. Seu novo slogan é "rouba, mas faz o social". Não, não estou dizendo que aqueles que votaram contra o projeto bolivariano de domínio totalitário do país devam recusar institucionalmente o resultado das eleições. Estou dizendo que devem levar a fundo uma política de recusa sistemática da lógica de dominação petista. 
 
Os bolivarianos virão com sua "democratização das mídias", outro nome fantasia pra destruir a autonomia institucional, demitir gente "inadequada", tornar a mídia confiável aos projetos do "povo deles" --o único que aceitam. Na verdade, fazer da mídia refém do movimento MTSM (os "trabalhadores sem mídia"). Esta recusa deve ser levada a cabo nas salas de aula das escolas de ensino médio (onde professores descaradamente pregavam voto na candidata petista), nas universidades, nos bares, nos empregos, nas redes sociais. 

Dito de outra forma: a polarização do debate deve continuar, e se aprofundar. Sem trégua. Do contrário, o PT ficará no poder mil anos. Pacto institucional, governabilidade, vida normal dentro das instituições democráticas, sim. Mas secessão política cotidiana em todo lugar onde algum bolivariano quiser acuar quem recusar a cartilha totalitária petista"

03 de novembro de 2014
in coroneLeaks

2 comentários:

  1. "Presidente bolivariana"? (Quem é essa? Isso é uma mente criativa ou forçada?)
    "Gato escaldado"? (Acho que somos nós, por esses séculos todos sob a "Direita".)
    "Depredações"? (Aquilo? Foi muito mais que isso a rasteira da Veja..)
    "Mentiras"? (Não, de jeito nenhum. Aécio não fez ou faz isso!)
    "Perseguições"? (Esse rapaz ou está sendo perseguido ou está com síndrome do pânico.)
    "Membros da mesma seita bolivariana"? (Eita, todo mundo foi abduzido!)
    "Liberdade de imprensa"? (O que é isso? É o 4º poder? Sem Contrapesos? Sem Eleições?)
    "Representa apenas metade do Brasil"? (Sugestão de outro processo? Ela é meia-presidente?)
    "Eles não são de confiança"? (Quem é? Vc? A Direita? O PSDB? Aécio? FHC?)
    "Dá medo a qualquer pessoa"? (Mais da metade deve estar morrendo de medo...nossa mãe!)
    "Minimamente inteligente"? (Mais da metade é totalmente burra...vc, "obviamente", está na outra.)
    "Ou sem má-fé política"? (Nossa...só tem "gente boa" no outro time.)
    "A divisão do Brasil hoje é fruto..."? (Dos anos, e anos, e anos de descaso com o povo.)
    "Poucos votos a favor"? (3 Milhões e Meio...)
    "Representante (i)legítima"? (Democracia, conhece? Quer tirar na marra? Derrubar? Vá em frente...)
    "O PT ensinou bem ao Brasil o que significa ódio político"? (Não diga? Será? Qual a real fonte disso?)
    "Não estão nem aí pra corrupção"? (Em alguns governos, engavetados...para sempre.)
    "'Rouba, mas faz o social'"? (Slogan bom é "Rouba, e ainda lasca o povo".)
    "Dominação Petista"? (Onde esse rapaz estava(ao menos sua cabeça) nesses 500 anos?)
    "Autonomia institucional"? (De quem? Dos oligopólios? Dos parcialistas? Dos que usam e abusam dela pra manter o status quo?)
    "Pregavam voto na candidata"? (Acho que esse rapaz é Deus, Onipresente. Sabe de tudo que se passa em todos os lugares.)
    "Acuar quem recusar a cartilha"? (Meu caro...quem estava acuado era o povo. Esses poucos 12 anos são reação natural.)

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  2. Seria interessante "svol", se você não fizesse uma "secessão" no pretenso arrazoado que garimpa palavras, descontextualizando-as. Seria interessante que você, contraditasse o texto do Pondé, conceitualmente, e não usando recursos artificiais que não se costuram para mostrar o seu argumento.
    Uma crítica que mais parece um sarapatel, com a reunião de tantos miúdos, que não mostram nenhuma coerência, e pior, não apresentam sabor nem aroma.
    Que não concorde com o post, tudo bem! Mas não force com desusado humor a essência do que fica explícito. Pediria, caso se aventure a critica-lo, que o faça com seriedade, deixando de lado essa história de "direita" e "esquerda", maniqueísmo que já não ajuda a compreender o momento por que passa o país. Trata-se de um projeto de poder nascido nas entranhas do Foro de São Paulo, que a pratica a corrupção, a desfaçatez, a mentira, e que transformou uma eleição na guerra mais suja que a república já assistiu.
    Mais uma vez, não trate o texto com sofismas, mas com fatos, com seriedade.
    Publico seu comentário por ser política do blog não omitir opiniões, nem mesmo palpites, ainda que despropositados, e travestidos de anonimato.
    Informe-se um pouco mais e verá que não se trata de nenhum "rapaz", o autor do texto.
    m.americo

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