"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 28 de setembro de 2014

POLÍTICA E POLÍTICOS


 
A política é parte integrante da atividade humana.
 
Invariavelmente, grupos de pessoas dispostas a formular projetos que visam ao benefício comum, confrontam ideias e decidem ações para o atingimento dos respectivos objetivos.
Num processo dito democrático, obtém-se o consenso pela manifestação da maioria dos presentes. Tal dinâmica é desenvolvida com facilidade quando o número de participantes é pequeno.
 
Se, porém, as questões envolvem países e populações, adotam-se variações nas quais a sociedade, desde que não submetida a regimes de exceção, é chamada a se pronunciar através de eleições a fim de escolher representantes, já que é impossível conferir diretamente o ponto de vista de cada cidadão, como ocorria na velha Grécia, berço da democracia.


É aí que entra o político profissional que deveria funcionar como uma espécie de corretor das aspirações da coletividade.
 
Mas essa linearidade acaba quando se verifica que o eleito quase nunca exerce a esperada corretagem.
 
Observa-se, ao contrário, que passa a trabalhar em proveito próprio, colocando os anseios de quem os escolheu no retrovisor e aumentando a velocidade do carro, não só para manter o emprego conseguido, muito bem remunerado, mas também para continuar a gozar o poder, que é gostoso e prazeroso.
 
Ou seja, tão logo diplomado, o político deixa de fazer política.
 
É assim que funciona, e o pobre do eleitor continua a achar que o voto é a sua arma.
 
É razoável afirmar que o quadro descrito reproduz com exatidão o que ocorre num certo pais abaixo do equador?
 
28 de setembro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

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